fifteen

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O fone de ouvido de Younghoon estava no mais alto, mas ainda assim era possível ouvir os gritos que vinham da casa a frente.

— Já posso chamar a polícia? — sua mãe entrou em seu quarto abruptamente, sem bater na porta novamente, mas naquele momento o garoto não se importou.

— Mamãe, por favor, não se meta. — Younghoon pediu, indo até ela e a abraçando. — Eu sei que você está preocupada, mas não há nada que você possa fazer.

— Faz horas que elas estão brigando. — sua mãe suspirou, frustrada, e ele somente assentiu, beijando o alto da cabeça dela, que era bem mais baixa que ele.

— Quando as coisas se acalmarem você vai lá ver como elas estão, ok? — a apertou um pouco e logo soltou. — Agora eu vou voltar a dormir, tudo bem?

Hyunjin suspirou, mas voltou para seu quarto inquieta, tentando ignorar os gritos e o quebrar de coisas que vinham da casa de suas amigas, no entanto ela sabia que nada podia fazer a respeito. Seu marido saberia o que fazer e nesse momento sentiu uma saudade absurda dele.

Entrementes, Younghoon se encontrava observando a janela que tinha no lado inferior esquerdo da casa a frente e a luz estava acesa.

Era com Changmin que ele se preocupava.

•『 ♡ 』•


Changmin sentia um desespero profundo ao imaginar o divórcio de suas mães, e com tantas brigas e discussões ele sabia que era nisso que aquilo tudo resultaria. O que ele faria? Teria que se dividir ao meio ao vê-las se separando, logo elas... seu maior exemplo de amor, lealdade e respeito.

O travesseiro, onde seu rosto encontrava-se enterrado, abafava todos os seus soluços, devido as lágrimas incessantes.

— Como você está? — uma voz perguntou atrás dele, o assustando.

Sentou-se apressadamente e seu coração deu um salto ao ver quem era o dono da voz.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou ao ver Younghoon parado abaixo de sua janela, com os cabelos bagunçados, uma blusa branca e uma calça de moletom preta.

— Eu... eu ouvi os gritos e vim aqui saber se você estava bem? — ele deu dois passos em sua direção, hesitante.

— Agora você é um fofoqueiro de merda que fica ouvindo as brigas dos vizinhos, por um acaso? — Kyu se levantou e se aproximou dele com fúria.

— Só as suas brigas. — Younghoon suspirou, olhando para seus olhos inchados de tanto chorar.

— Sai da minha casa, seu filha da puta. — Kyu o empurrou, o fazendo recuar dois passos. — Vai embora da minha casa.

Esmurrou seu peito com as duas mãos e continuou a empurrá-lo, em uma tentativa frustrada de fazê-lo sair de seu quarto. Younghoon segurou suas mãos e o abraçou, mesmo este se debatendo.

— Eu só quero que você fique bem. — Younghoon sussurrou em seu ouvido, quando Changmin parou de se debater, e este começou a soluçar, enterrando o rosto em seu peito, se rendendo novamente as lágrimas.

Kyu, de forma espontânea, levantou o rosto e olhou nos olhos de Younghoon, estes que trasnpareciam toda a sua preocupação com o mais novo. Nem meio segundo havia se passado, quando Younghoon o puxou pela nuca e o beijou. O beijo foi com desejo e demonstrava pressa, necessidade daquilo. Como se fosse algo há muito reprimido, sendo quase lascívio.

Separaram-se por alguns segundos, ambos clamando por ar, dando tempo do mais velho retirar a blusa de Changmin, logo em seguida o empurrando em direção a sua cama, este que deitou e ajeitou-se sobre a mesma de bom grado, logo pôs-se a observar o outro garoto retirar a própria blusa. Younghoon deitou-se sobre o mais novo e passou a beijar seu pescoço, dando leve mordidinhas ali, o fazendo suspirar. Younghoon afastou-se minimamente para olhar o rosto de Kyu, que estava com os olhos fechados e com a boca entreaberta, suspirando. Ia voltar a beijá-lo, quando CRAC... ouviu-se o som de pratos quebrando no andar de cima.

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