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Amanda🧜🏾‍♀️

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Ele segurou meu braço apertando com força, Gemi é de dor baixinho negando com a cabeça.

Amanda: Por favor senhor não faz isso comigo

Ele desferiu um tapa em meu rosto.

— Eu comprei você, então eu faço oque eu quiser _me jogou na cama_ tira a roupa!

Neguei me abraçando.

— Então eu rasgo elas

Ele veio por cima de mim puxando meu vestido o rasgando ao meio, gritei de dor, logo ele me segurou pelos braços enquanto eu me contorcia tentando me soltar, ele se ajeitou entre minhas pernas e sem eu ao menos esperar ele penetrou, gritei tão alto que sentir minha alta sair do meu corpos, era uma dor horrível, eu me sentia um lixo, parei me contorcer pois era em vão, o velho penetrou algumas vezes e logo tirou derramando aquele líquido nojento nas minhas pernas, ele vestiu a roupa jogou os lençóis em cima de mim e saio do quarto, abracei meu próprio corpo enquanto chorava baixinho, era sem dúvidas a pior dor da minha vida.
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Acordei no susto e dei um pulo da cama, olhei ao redor nervosa e eu já não estava mais lá, suspirei aliviada sentando na cama, fechei os olhos respirando aquele ar puro, senti uma emoção tomar meu corpo e comecei a chorar, eu finalmente estava livre depois de meses com aquele homem, abusando de mim, me machucando fisicamente e verbalmente, me torturando e me fazendo de brinquedo sexual, eu finalmente sair do meu pior inferno.

Antes disso eu já vivia um inferno, mais conseguia fugir de lá as vezes, porém ela sempre me encontrava e eu sempre tinha que voltar por ser menor de idade.

Minha morreu quando eu tinha 3 anos, meu pai eu nunca conheci, quando ela morreu eu e meu irmão tivemos que ir morar com essa nossa tia que mora em um bairro pobre aqui do Rio de Janeiro, lembro que quando cheguei ela me tratava super bem, cuidou de mim e do meu irmão perfeitamente até certa idade, até que uma vez ela chegou muito bebada, e com vários homens em casa, eu e meu irmão estávamos no sofá da sala, lembro que os homens olharam pra nós como se fôssemos pedaços de carne, imediatamente meu irmão que era muito mais velho que eu me puxou e saímos correndo dali, passamos a noite na rua, em um barraco e no outro dia tivemos que voltar, quando chegamos em casa os homens já não estavam mais e minha tia malmente conseguia andar,

Depois desse dia tudo foi piorando, até que ela conseguiu um belo dinheiro depois de aplicar um golpe em um velho de um interior, ela investiu tudo em um bordel, reformou toda a casa e transformou em um verdadeiro cabaré, no começo ela me colocava apenas pra servir bebidas, meu irmão ela fazia ele de faxineiro, ele não aguentou muito tempo e fugiu prometendo que voltaria pra me buscar, mais isso nunca aconteceu.

Meu inferno começou quando eu fiz quinze anos, ela chegou um dia com uma lingerie muito bonita e pediu pra eu vestir, assim que ela viu em meu corpo os olhos dela brilharam, ela me obrigou a desfilar pelo local com aquela lingerie, eu passei dias horríveis tendo que deixar homens me tocarem, até que aconteceu o pior dia da minha vida, fui abusada e a primeira vez nunca vai sair da minha cabeça, tenha pesadelos com aquele dia até hoje.

Atualmente eu tenho dezessete anos, daqui a um mês eu faço dezoito, já tentei fugir várias vezes mais nunca tive dinheiro suficiente, nunca conseguir ir muito longe, sempre eu tinha que voltar por conta da fome, parece falta de vontade mais não é, aqui no Brasil dificilmente as pessoas acreditam nas outras, e ninguém da oportunidade a ninguém, por isso eu sempre acabava voltando e quando eu não voltava ela me achava e me levava a força por eu ser de menor. Fui vendida faz duas semanas, o Richard pagou caro por mim, ele me levou pra uma casa muito longe de tudo, ele me obrigava a limpar cozinhar e a ser brinquedo sexual dele, isso quando ele não me espancava só por diversão.

Richard era um homem rico e pelo que vi em fotos ele era casado e tinha família, eu passava a maioria do tempo sozinha deixando as coisas limpa, mais ele estava lá todas noites apenas pra me maltratar, ele também me levava a restaurantes de luxo, mais reservados, onde ele me fazia fingir felicidade enquanto não me deixava nem se quer ir ao banheiro, ontem foi uma excessão ou realmente foi Deus, vou se eternamente grata por tudo que aquelas moças fizeram por mim.

Levantei da cama devagar,tirei o vestido que eu vestida e entrei no banheiro, entrei no box ligando aquela água morna e deixei cair sobre mim, fechei os olhos tentando esquecer tudo, me permitir sentir um pouco de paz pelo menos naquele momento ali, eu precisa de um tempo de descanso precisava ser feliz precisava me sentir viva, coisa que eu já não me sentia a um tempo.

Depois de um tempo eu saio do banheiro me enrolando na toalha, a Francinny havia me dito que eu poderia vestir as roupas que estavam lá até porque são roupas que ela já não usava mais ou nunca nem tinha usado, inclusive calcinhas novas, me vestir com um shortinho folgado e uma regata.

Desci as escadas e sentei no sofá ligando a tv, aqui não tinha nada pra comer, ela disse que viria aqui trazer algo pra mim, então resolvi assistir tv pro tempo passar um pouco mais rápido.

•••

Despertei ouvindo o barulho da porta, me remexo rápido abraçando meu próprio corpo.

Francinny: Calma somos nós _entrou com sacolas em mãos_

Yngrid: Nossa Você está muito traumatizada mesmo vou Amandinha _me abraçou_ relaxa isso tudo acabado!

Abracei ela de volta fechando os olhos.

Amanda: Obrigada

Uma moça entrou com bebê nos braços, ela me olhou e sorrio fraco.

— Oi sou a Maira _se aproximou_ e essa é a Maitê!

Sorri fraco.

Amanda: Prazer, sou Amanda!

Ela me abraçou de lado, a bebê me olhou nos olhos e sorrio.

Yngrid: A Maitê gostou de você!

Francinny: Crianças sentem a energia da pessoa de longe _sentou no sofa_ e a sua parece ser muito boa.

Sorri.

Yngrid: Olha Amanda, por mais que seja doloroso, eu preciso que você conte tudo pra gente, é por favor não me esconda nada, preciso disso pra conseguir te ajudar com a consciência tranquila!

Elas sentaram no sofá de frente pra mim, me ajeitei respirando fundo e comecei a contar.

•••

Yngrid: Calma _me abraçou_ não chora, acabou o sofrimento.

Francinny: Você vai ficar aqui, até completar dezoito anos, depois você resolve oque fazer, vamos te colocar no avião que você quiser, com passagem hospedagem tudo pago, mais antes fica aqui _sorrio segurando na minha mao_ você não tá sozinha!

Maira: Ou você pode ir pro morro com agem...

Ela parou de falar e ficou sem graça.

Yngrid: Precisamos conversa o Samurai primeiro!

Francinny: Vamos te levar lá pra conhecer no próximo baile, antes eu vou conversa com ele.

Assentir limpando o rosto.

Amanda: Eu já sou muito grata por tudo,!

Yngrid: Você não tá mais sozinha pequena!

Beijou minha bochecha.

~Personagem na capa~

Maldito MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora