Cheguei em casa bem mais tarde do que eu imaginava, já estava anoitecendo quando Finn e Gwen me deixaram em casa, entrei e dei de cara com o Vance, perguntei como foi o encontro com a nova gatinha, ele não deu muitos detalhes, mas porque eu pedi, se não, ele teria contado tudo e mais um pouco, dei a desculpa de estar cansada e subi pro quarto, tomei banho, vesti um shortinho folgado e uma camisa larga que era do Vance, deitei na cama e peguei o celular, fiquei cerca de 30 minutos só entrando e saindo de aplicativos aleatoriamente, minha cabeça estava na arquibancada hoje mais cedo, quando Robin...
*Plim*
Ouvi o barulho de notificação do celular e entrei no WhatsApp.
• Quarteto fantástico 🧚
Balinha fini: Ei, a Donna tá chamando pra uma festa do pijama na casa dela nesse sábado, quem topa?
Lacradora: Eu e o Billy vamos 🤗
Balinha fini: Claro né 😑
- Tá, por mim pode ser
William Wonka do Paraguai: Eu vou tbm
Conversei até meia noite e depois desliguei o celular, resolvi que ia dormir, mas ouvi um barulho vinda da janela...me aproximei devagar até ver aquela bandana cinza aparecendo, respirei fundo com alívio, ele sorriu ao me ver e bateu no vidro da janela, fui até lá e abri, voltei pra trás dando espaço pra que ele entrasse.
Robin: Já que você não tirou a corda.
- O que aconteceu? Ouviu barulhos estranhos em casa de novo ? - imaginei que fosse o mesmo motivo de ter aparecido da primeira vez aqui.
Robin: Não, nada disso. - ele respondeu entrando em meu quarto. Eu queria te ver. - ele falou com tranquilidade fechando o vidro da janela.
- E por que ?
Robin: Para de procurar motivo pras coisas acontecerem, eu só quis te ver. - ele se senta na cama.
- Já se sente em casa, né ? - Pergunto debochando.
Robin: Claro, mas se estiver achando ruim minhas visitas repentinas, eu paro.
- Não, tá tudo bem.
Respondo enquanto ia trancar a porta, por mais que seja de madrugada, se Vance entra aqui, estamos fodidos.
- Você precisa parar de vir aqui de madrugada, o caminho é perigoso, não é como se fossemos vizinhos.
Robin: Relaxa, até parece que não sabe como eu sou, e outra, quem se atreveria mexer comigo ?
- O Grabber ? - Foi assim que foi denominado o sequestrador que ronda pela cidade, aparentemente ele sumiu, mas não dá pra confiar, ele não foi preso, então não dá pra saber.
Robin: Esse carinha não é palho pra mim.
- Você não tem jeito. - ri. - Mas e aí? Vai fazer o que agora, ficar olhando pra minha cara ?
Robin: Pra mim isso é vantagem. - ele se aproxima.
- Joguinhos de novo, Arellano ? - sorrio.
Robin: Não sei do que tá falando. - ele da de ombros ainda vindo na minha direção.
- Ah não? - ele nega. - Você chega perto, mais perto do que o normal, finge me beijar, e quando eu estou quase sedendo, você se afasta.
Robin: Então ontem mais cedo você estava quase sedendo ? - ele segura meu queixo mantendo uma distância aceitável por assim dizer.
- Talvez eu estivesse.
Robin: Bom sabe disso, hermosa. - ele se aproxima cada vez mais, minha respiração fica pesada, o coração acelera, ele beija meu maxilar, minha bochecha, o canto da minha boca...ele se afasta.
- Até quando vai fazer isso ? - revirou os olhos com um sorriso sarcástico.
Robin: Se quer tanto, por que você mesma não toma a atitude e vem me beijar ?
- Você pode me seduzir a quantidade de vezes que quiser, mas eu jamais vou dar o gostinho de vitória pra você.
Robin: Não quero gosto de vitória, quero o gosto da sua boca, mas eu não tenho pressa. - ele se senta novamente na cama.
- Tudo bem então, é você quem sabe.
Robin: Agora eu vou indo, boa noite, Hermosa.
- Boa noite, Arellano.
Ele abre a janela e desce a corda, chegando lá embaixo acena pra mim e eu aceno de volta, fecho a janela e vou dormir, afinal já era bem tarde, e amanhã ainda tenho escola.
*Dia seguinte*
Vance me acordou muito mais cedo do que normalmente me acorda, e parecia nervoso, não entendi o que aconteceu, mas ainda estava sonolenta, e ele percebeu isso, pediu que eu fosse lavar o rosto pra acordar direito, porque queira conversar comigo.
- Pode falar agora. - Saio do banheiro secando o rosto com a toalha.
Vance: Sabe a sua antiga escola, o internato ?
- Hum, sei, o que tem ?
Vance: A diretora de lá, quer que você peça desculpas a pirralhada de lá, as professoras, a própria diretora, ou vão processar nossa mãe, ela tá lá embaixo e tá brava, então vamos ter que viajar pra fazer tudo isso, como é longe, a gente vai hoje, "cê" faz tudo isso aí amanhã, e na sexta a gente volta. Arruma suas coisas, rápido.
Agora eu entendi o porquê do nervosismo, quando se trata de mim e da minha mãe, Vance sempre fica nervoso, eu não ligo, mas ele sim, acaba mais com ele do que comigo os comentários que ela faz.
Arrumei minhas coisas, me arrumei e desci, mandei mensagem no grupo explicando toda a situação e entrei dentro do carro junto com Vance, e minha mãe.S/m: Você só me dá trabalho S/n, puta que pariu, não faz nada que preste e não sabe se virar sozinha, tá sempre precisando de alguém pra concertar suas merdas.
Vance: Mãe...
- A senhora tem razão, mas não coloca a culpa só em mim, já parou pra pensar que se eu tivesse sido criada na minha casa, com minha família ao invés de ter sido criada em um internato eu poderia ter sido uma pessoa muito melhor ? - Rebato e ela fica em silêncio o resto do caminho, não sei se foi por falta de argumento, se foi por culpa, o importante é que ela ficou quieta.
Chegamos ao aeroporto, Vance levou as malas pra que todo o processo lá fosse feito, espero cerca de uns 15 minutos no aeroporto até o nosso avião chegar, embarcamos, minha mãe ficou em uma cadeira atrás de minha poltrona e do Vance, de imediato ela dormiu, e eu só encostei a cabeça no ombro de Vance.
De volta ao sul da Califórnia.
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Mi gatito problemático - You and Robin
FanfictionS/n Hopper, acaba de chegar a cidade após ter sido expulsa do internato em que residia, muitas coisas acontecerão com essa ilustre presença, novas amizades, novos problemas. Eu, a autora, convido vocês pra embarcarem comigo nessa.