Meu coração tava tão acelerado que era só o que eu conseguia ouvir no momento, tudo a minha volta se calou, eu só ouvia o som do meu próprio coração batendo cada vez mais rápido, talvez eu tenha me enganado, talvez nem tudo tenha mudado, talvez eu não tenha superado, talvez eu não tenha me relacionado com outro garoto por conta que eu ainda quero ele.
Tudo isso passou tão rápido na minha cabeça quanto a batida do meu coração. Eu encarei seus olhos, olhos que não eram azuis como o céu, nem verdes como a floresta, são de um café, um café que me causa insônia, um café que quero desfrutar diariamente, aquele café que me trás nostalgia no momento em que se conecta com os meus. Robin tava a poucos centímetros de distância da minha boca, como se estivesse pedindo permissão para me beijar, mas eu não sabia o que fazer, eu não sabia se deveria ou não beijar ele, mas naquela hora, eu queria beijar ele, então só fechei os olhos como sinal de aprovação. Robin era sempre muito delicado quando o assunto era eu, ele colocou suas mãos na minha cintura me puxando pra mais perto iniciando um beijo, começou calmo e tranquilo e foi se tornando mais urgente com o passar do tempo, como se não pudéssemos nos beijar outra vez, paramos quando nos faltou fôlego. Ficamos com as testas encostadas até um de nós criar coragem pra levantar o rosto e se olhar nos olhos novamente.Robin: Eu estava com saudades, hermosa. - Ele passa as mãos nas minhas costas fazendo carícias.
- Eu também estava...
Robin: Eu sei que as coisas ainda estão meio estranhas em relação a nós, mas a gente não precisa ficar gatita, não fizemos nada de errado, terminamos por um engano.
- É, você tá certo, mas...eu não sei...
Robin: E se formos com calma ?
- É, pode ser. - Sorrio animada com a ideia.
Robin: Ótimo, vai dar certo. - Ele sorria tão animado quanto eu.
A noite foi maravilhosa, ele tocou pra mim várias músicas, eu até cantei, porque ele insistiu pra caralho, eu tenho muita vergonha, mas cantei, todo mundo era muito legal. Mais tarde saímos pra jantar em um restaurante mexicano muito bom.
Robin: A comida daqui é muito boa.
- Hum, é mesmo, mas eu prefiro a sua, tem mais sabor.
Robin: Obrigada hermosa, algum dia desses eu vou cozinhar pra você. - Ele ri.
- Eu aguardo.
Robin viu uma máquina de ursinhos e insistiu em pegar um pra mim, ele gastou 20 dólares na máquina, mas conseguiu pegar uma pelúcia gigante, que era um elegante, e eu dei o nome de Flurry. Por fim ele foi me deixar no apartamento, assim que chegamos, ele desceu, abriu a porta pra mim, me deu um abraço e mais um beijo, depois eu subi pro apartamento, eu me sentia no céu, quando fechei a porta, fui deslizando lentamente como em uma cena de filme, assim que eu cheguei no chão...
Vance: E aí, o que aconteceu ? 😏
Bruce: Conta pros maninhos.
Vance: EU sou irmão dela, você não.
Bruce: Sou de consideração.
Vance: Teu cu.
Bruce: Enfim, como foi o encontro.
- Ah gente...BABADO, ELE ME BEIJOU.
Vance: VOCÊS VOLTARAM. 🤓
- Deixa de ser precoce, também não é assim.
Bruce: Mas conta tudo.
Vance foi na cozinhar pegar café pra gente conversar a noite toda, contei tudo o que aconteceu e como me divertir na noite, Vance parecia mais feliz que eu, Bruce era tão fofo, já começou a dizer que ia convidar eu e Robin pra quando quisesse sair de casal.
*No dia seguinte*
Acordei com uma ligação do Robin, atendi e já comecei a sorrir, é muito bom acordar ouvindo a voz dele.
Robin: Oi gatita.
- Oi hermoso.
Robin: Tava pensando aqui, e se eu fosse dormir aí hoje?
- Claro, pode vim. Vou avisar ao Vance.
Robin: Ok, eu chego daqui algumas horas, vou levar coisas pra fazer comida mexicana.
- Uhhh, que rápido.
Robin: Claro.
Desliguei o telefone e fui fazer o de sempre, achei Vance e Bruce na mesa da varanda, o clima era bom e ventava bastante soprando nossos cabelos.
Vance: Bom dia.
Bruce: Bom dia.
- Bom dia, o Robin vem pra cá mais tarde.
Vance: Só soltou a informação e foda-se.
- Comigo é papum.
Vance: Tá, mas eu e o Bruce estávamos falando que, se uma pessoa não pode ser comprada com dinheiro, então ela não vale nada, você concorda ou discorda?
- Isso não faz sentido nenhum.
Bruce: Na minha opinião, uma pessoa que não pode ser comprada nem com dinheiro, tem o maior valor de todos, pois não pode ser comprada com nada.
- Achei filosófico.
Nossas manhãs eram assim, repletas de diálogos aleatórios e que na grande maioria das vezes não ia acrescentar nada na nossa vida.
Vance: E se Deus não existir e a gente estiver rezando só pra uma alucinação ou melhor, se Deus manda pro inferno quem não segue seus mandamentos isso não faz dele tão ruim quanto hittler ?
Bruce: Caralho, isso aí faz muito sentido.
Vance: Eu sei, cara.
- Pior que dessa vez eu tenho que concordar, isso faz completo sentido...
Vance não tinha uma religião específica, tinha algumas coisas que ele acreditava, tinha outras que ele não acreditava, ele meio que fez a própria religião dele, então ele sempre vinha com esses papos de vez enquanto.
- As vezes acho que você deveria cursar filosofia.
Vance: Não gosto, é faculdade de maconheiro. Se o japa fumar uma coisa descente que não seja pod, ele poderia muito bem fazer filosofia.
Bruce: Para de querer me levar pro mundo das drogas.
Vance: Sua própria vida já é uma droga, se já tá no inferno, abraça logo o diabo, da o cu pra ele se quiser, mas eu acho que não ia ser muito agradável não, eu já vi uns retrato do diabo sendo retratado com cabeça de bode, eu ia me sentir mal sabendo que tô cometendo zoofilia.
- Mano...
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Mi gatito problemático - You and Robin
FanfictionS/n Hopper, acaba de chegar a cidade após ter sido expulsa do internato em que residia, muitas coisas acontecerão com essa ilustre presença, novas amizades, novos problemas. Eu, a autora, convido vocês pra embarcarem comigo nessa.