Só amigos.

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Segunda feira de novo, todos estamos de folga por conta de alguma coisa aí que tem na cidade e que se alguém abrir as empresas leva multa, e como ninguém quer ser multado, eles não muito o que fazer a não ser despachar os funcionários. Porém, escolas e universidades continuam abertas, estamos livres do trabalho, mas não da faculdade. Vance quis aproveitar esse belo dia de sol pra instalar uma mesa nova na nossa varanda, era uma mesa de madeira, muito grande inclusive, a trouxeram agora de manhã da loja de móveis, meu irmão que inventa as coisas mas não consegue fazer sozinho, teve que recorrer ao Bruce pra ajudar a colocar a mesa na varanda.

Vance: Bora, bora, joga de lado, joga de lado. - Creio eu que ele tava falando pra pôr a mesa de lado, mas ao invés disso, Bruce soltou a mesa e fez a jogadinha com a cintura. - Assim não, filho da puta.

Bruce: Eu não tenho culpa se você não explica direito.

Foram 20 minutos pra conseguir colocar a mesa na varanda, eu tempo de eu fazer o café da manhã enquanto eles colocavam a mesa lá. Vance quis inaugurar a mesa nova, então foi lá que tomamos café da manhã.

- Acho que não vou pra faculdade hoje.

Vance: E por que ? - Ele arqueia a sobrancelha.

Bruce: Eita Mirello.

- Tenho dois trabalhos pra entregar hoje, eu não fiz e nem vou fazer, depois eu pego um atestado e entrego o trabalho.

Vance: Já que é assim, por que nós três não faltamos ?

Bruce: A gente só anda junto, acho que ia ficar meio na cara que a gente tá matando aula.

Vance: Eu sou irmão da S/n, posso dizer que fiquei pra cuidar dela. E você pode dizer que teve que fazer uma viajem de última hora, sei lá, inventa alguma coisa japonês. Usa esse seu cérebro asiático.

Bruce: Eu sou americano, porra.

*Quebra de tempo*

Começamos uma discussão sobre línguas, tudo porque Bruce disse que achava japonês uma língua fácil.

Vance: Claro, que japonês é esse que não vai achar a própria língua fácil ?

Bruce: Me ofenderia se eu fosse japonês, mas advinha, EU NÃO SOI JAPONÊS.

- Mas já que voce acha fácil, por que não pronúncia alguma palavras.

Bruce: Tá, claro, eu posso fazer isso, é...ixinik backan boizebu tango balangango, salangotango.

Vance: BOIZEBU, EU ENTENDI ISSO, TÁ INVOCANDO O CAPETA NA MINHA CASA.

- Tango balango.. - Tava cantando a musiquinha quando ouvimos a campainha tocar.

Vance: O CAPETA TÁ NA PORTA, tu chamou, tu atende e leva pra rua casa, japonês filha da puta.

Bruce se levantou pra atender, ele parecia meu desconfiado em abrir a porta, ele deu meia volta volver e voltou pro sofá.

Bruce: Eu não vou.

Vance: Frouxo. - Vance foi atender a porta, e parecia exitante também, não acredito que eles realmente acham que o capeta tá na porta, assim que Vance abre a porta, o Bruce dá o grito mais fino do mundo, eu e Vance o encaramos. - Grito de viado da porra. - Vance olha pra porta e se vira pra nós de novo. - Véi, o capeta é a cara do Robin, juro por Deus. - Ele se vira pra porta. - Com todo respeito, capeta.

Robin: Como é que é?

Vance: E ele fala nossa língua.

Robin: Vocês são estranhos. - Ele disse entrando dentro de casa.

Vance: Eu vou chamar o exorcista e já volto.

Bruce: Mas e aí, tá fazendo o que aqui ?

Robin: Vim chamar a S/a pra sair.

Vance: Hummmm. 😏

Bruce: Hummmm. 😏

- Vocês podem parar? Pra onde nós vamos ? - Me viro pro Robin.

Robin: É surpresa.

- Tudo bem...só me diz o estilo de roupa que eu tenho que o usar.

Robin: O que você mais gostar, hermosa.

Sorri e fui até o quarto me trocar, imagino que vamos agora, já que ele já estava arrumado mais do que o normal. Coloquei uma calça preta com uma blusa gola alta também preta, uma correntinha como destaque, um casaco creme e um coturno também dessa cor, e claro, fiz meu delineado.

- Tô pronta.

Robin: Você tá muito hermosa, S/a. - Ele me olhava com aquele olhar de quem estava mergulhando em meus olhos, esse olhar me trazia arrepios e sensações que eu gostaria de enterrar, somos só amigos amigos agora. Vamos ser, só amigos, apenas amigos, só amigos. ( Se não pegarem essa referência eu choro. )

- Vamos ?

Robin: Vamos. - Ele vem até mim e me estende o braço, acho que pra mim entrelaçar o meu, então foi isso que eu fiz.

Fomos conversando sobre uma coisa e outra no caminho até chegar em uma rua completamente deserta.

- Acho que você errou a rua.

Robin: Não, é por aqui mesmo. - Em outro momento eu já estaria apavorada, mas era o Robin, e eu confiava nele.

Estacionamos o carro e ele me levou pra um lugar que precisava até de senha secreta, quando entramos, nossa, era...uau. Aparentemente, era um lugar onde pessoas se reúnem pra tocar, sem nenhuma preocupação, apenas fazer música, tinha um parte pro bar, outra parte era o palco e o resto era pra nós sentar e aproveitar.

- Esse lugar é incrível, como achou isso?

Robin: Meu tio, ele vinha aqui quando era mais novo.

- Aqui é muito maneiro, a energia é tão boa.

Robin: Não é? - Ele sorri. - Topa me ver tocar ?

- E você ainda pergunta, é óbvio que eu topo.

Robin: Eu não toco muito bem, mas eu tô melhorando.

Robin pegou uma guitarra com um garoto que eu imagino que fosse um amigo ou pelo menos conhecido seu, ele volta pro sofá onde estávamos sentados e começa a tocar, ele tava tocando Swin de Chase Atlantic. Eu amava aquela música, eu viajei no som da guitarra e em como ele a manuseava, ele disse que não tocava bem, mas provou o contrário disso, ele toca muito bem sim.

- Você é tão talentoso.

Robin: Obrigada. KKKKK, assim eu fico até sem jeito.

- Deve estar feliz, você tem tudo, você é tudo, na verdade.

Robin: Eu tô feliz sim, mas eu não tenho tudo, me falta uma coisa, que eu já tive, mas acabei perdendo, e com ela foi um pedaço de mim, então eu também não sou tudo. - Ele diz enquanto se aproximava.

Mi gatito problemático - You and RobinOnde histórias criam vida. Descubra agora