S/n Hopper.

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Pov Robin

Passamos a madrugada inteira procurando a S/n, e ainda não a achamos, me sinto um babaca por não ter ido levá-la em casa, eu não deveria ter permitido que ela fosse sozinha, eu deveria estar com ela, tudo isso não estaria acontecendo se eu tivesse a deixado em casa, o que me atormenta e não saber com ela está, se está bem, se fizeram algo com ela...
Todos os outros que foram sequestrados, nenhum retornou a casa, o primeiro que sumiu já completou meses de desaparecimento.
Mas eu tô tentando não pensar de maneira negativa, eu só sei que vou te achar, e vamos executar todos nossos planos, porque eu vou te achar e acabar com a raça desse vagabundo que te sequestrou.

- Alô ?

Oi Robin, você precisa voltar pra casa, já são 7horas da manhã.

- Tio, eu só vou voltar quando achar ela.

Desliguei o celular.

Vance: Seu tio tá certo. Vou te deixar em casa, vou passar no posto e abastecer o carro, e daqui umas horas eu te busco de novo pra gente voltar com as buscas, passamos a noite acordados.

Eu não falei nada, só deixei que ele fizesse o que queria, ele me deixou em casa e assim que eu entrei no quarto desabei, nunca fui de chorar, ainda mais até o ponto de ficar com os olhos tão inchados, mas hoje foi o dia, passei um bom tempo chorando, toda vez que olhava pela janela me lembrava da cena e aí chorava mais ainda.
Meu tio me fez comer e me pediu pra tentar dormir, não consegui, não dava pra pregar os olhos, Finn me ligou pra saber se eu tinha notícias, todo mundo tava procurando ela, mas nada.
Mais tarde Vance me ligou avisando que já tava vindo me buscar pra gente continuar com as buscas, desci as escadas e trombei com meu tio.

Fica tranquilo, vão achar ela, não precisa se preocupar, você precisa dormir e comer Robin, como sua garota vai ficar quando te ver acabado quando vocês se reencontrarem.

A fala do meu tio colocou um sorriso fraco, mas que ainda sim era um sorriso, em meu rosto, sai pra porta de casa e fiquei sentado na calçada esperando que Vance chegasse, assim que ele entrou, ele também parecia acabado, é provável que também não tenha dormido, e talvez nem comido nada.

- O que a mãe de vocês disse?

Vance: Do que tá falando ?

- O que a mãe de vocês falou sobre o sequestro da S/a ? Ela já sabe, não sabe ?

Vance: Isso não é da sua conta.

Pov Vance

Ele ter perguntado isso me irritou de uma forma gigantesca, não porque foi ele que perguntou, mas porque isso me fez lembrar o que ela tinha dito, cheguei em casa, e minha mãe não disse nada, não perguntou nada, estava agindo normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu, a filha dela foi sequestrada, e ninguém sabe pra onde ela foi levada, a princípio, achei que talvez ela ainda não soubesse, achei muito pouco provável, toda a cidade sabia, como que ela não ia saber, mas eu achava uma atrocidade ela continuar agindo normalmente diante dessa situação. Então decidi contar pra ela, e ela só respondeu que já tava sabendo e que minha irmã não faria falta. Como alguém pode chegar a esse nível, de dizer que a própria filha não faria falta. Sinceramente, estou começando a pegar um pouco de ódio da minha mãe, beleza que ela tem os "motivos" dela, mas se continuar desse jeito, eu e a S/n vamos nos mudar daquela casa assim que eu fizer 18 anos.

Pov S/n

Pelo resto da madrugada eu não consegui dormir, sempre que eu fechava os olhos, eu tinha a sensação de que quando eu abrisse ele ainda estaria ali, me observando enquanto dormia.

Bom dia, flor do dia. - Ele diz aparecendo na porta.

- Dia. - Respondo.

Dormiu bem?

- Não muito, é meio complicado conseguir dormir quando tem um cara sinistro usando uma máscara sinistra te olhando enquanto você dorme.

Eu já disse, eu só tinha vindo buscar a bandeja.

- A bandeja não estava mais aonde eu tinha deixado, e você não segurava nada nas mãos, então se tinha vindo buscar, já tinha levado lá pra cima, por que voltou ?

Ele ri de maneira descontrolada, como se eu tivesse contado uma puta piada.

Você é realmente muito inteligente, eu não tinha vindo só buscar a bandeja, eu vim pra te ver, você é tão linda... - ele dá passos curtos e lentos na minha direção.

- Eu juro que se tocar em mim, isso vai ser a última coisa que vai fazer na sua vida.

Ah, você é brava. - Ele ri como se duvidasse da minha capacidade. - Se fosse tão fodona assim, já teria dado um jeito de sair daqui.

- Já parou pra pensar que eu só não quero sair daqui, ainda ? Pensa comigo, minha mãe me odeia, minha vida é uma porra quendo eu tô em casa com ela, fora isso, aqui eu ganho comida de graça, e ainda é a comida que eu gosto, e sei que não vai tocar um dedo em mim, porque não consegue.

Então é o que veremos, senhorita pode tudo. Pela sua malcriação, vai ficar sem café da manhã. - Ele retruca e volta a subir as escadas, porém, ele deixa a porta aberta.

Eu não sou nenhuma idiota, eu sei bem que isso é uma armadilha, provavelmente ele tá lá encima esperando que eu suba pra me levar pra segunda fase, mas eu não vou mover um dedo daqui, esse filha da puta que se roa, eu vou criar uma estratégia e sair daqui, eu sou inteligente e vou dar meu jeito.
Eu preciso continuar viva, preciso ir morar com meu irmão quando ele se formar, viajar com o Robin, dar conselhos pro Finn sobre o relacionamento dele, dar conselhos pra Gwen, fazer mais encontros com todos eles. Por eles, eu vou sair desse lugar, se não, eu não me chamo S/n Hopper.

Mi gatito problemático - You and RobinOnde histórias criam vida. Descubra agora