CAPÍTULO XI

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LALISA MANOBAN (CAPO)

— Você só pode estar ficando maluca, como você quer ter uma aliança com essa mulher e ao mesmo tempo fazer isso? — Jisoo praticamente grita, ainda incrédula com meu plano.

— Jisoo, tem momentos em que sua burrice supera até seu tamanho físico, e olha que você tem uma cabeça grande. — Jungkook diz, rindo.

— Só se for a cabeça da minha... — antes que ela termine essa frase, eu a interrompo.

— Não ouse terminar essa frase. — falo com raiva daquela conversa.

Estávamos no meu escritório desde que voltamos do cemitério. Os dois começaram a me bombardear com perguntas e eu estava tentando explicar meu plano, mas a Jisoo estava atrapalhando.

— Como eu disse para vocês, vou simular um atentado contra Andrea Caputo, como se fosse algo ordenado por Sellitto. Como mencionei, Roma é um lugar perigoso para ela agora. — repito novamente. — Não posso correr o risco de ser descoberta, então vocês vão fazer o trabalho sujo. Depois, vocês matarão as pessoas contratadas para realizar esse serviço.

— Quer que a gente comece a se preparar? — Jungkook pergunta.

— Sim, mas não executem o plano hoje, esperem pelo menos dois dias. Nós a encontramos hoje e coincidentemente isso aconteceu com ela, não seria mera coincidência. Não podemos arriscar. — Jisoo e Jungkook concordam com um aceno de cabeça.

— Como quiser, Capo... — Jisoo responde.

— A casa é de vocês, fiquem à vontade se quiserem. Mas eu não dormi nada esta noite e estou morta de cansaço. — digo para ambos. — Vou dormir agora, bom dia para vocês...

Saio dali, subindo as escadas. Jennie não estava em casa, o que já estava se tornando rotina e preocupante. Ela era vigiada 24 horas por dia, 7 dias por semana dentro daquela casa, enquanto morava com Paolo, mesmo ele não sabendo. Tudo era feito a meu mando, mas Jennie tinha saídas repentinas e secretas. Eu nunca conseguia descobrir para onde ela ia, mas acredito que Paolo tenha obtido essa informação e de alguma forma fez com que Jennie não pudesse mais sair.

O foco não era a Kim, mas confesso que com o tempo ela começou a despertar minha curiosidade...

Entrei no quarto e fui ao banheiro para tomar um banho e tirar todo aquele cheiro de enxofre de mim. Eu odiava cemitérios por várias razões, mas a principal era porque um dia seria eu quem estaria debaixo da terra, e não queria que fosse por vontade própria, por isso evito esse local. Me joguei na cama, sentindo todo meu corpo relaxar com o contato, meus olhos já pesados se fecharam e, a partir desse momento, eu dormi.

3 dias depois...

— Já matei os dois soldados dos Vareses que fizeram o trabalho sujo. — Jungkook fala ao telefone que estava no viva-voz. — Eles me garantiram que deram um ótimo susto nela. Implantaram duas bombas terrestres no jardim da casa e enviaram duas cabeças de lembrança para ela, junto com um cartãozinho que eu mesmo fiz questão de escrever. Deixei claro que o Sellitto não queria somente a cabeça do seu pai, mas também a dela.

— Ótimo. Estou com Jisoo na casa do papà, discutindo sobre a situação das cargas roubadas e sobre a máfia russa. — digo para ele e logo encerro a ligação.

Estávamos no escritório do meu pai, Jisoo sentada na poltrona à esquerda e eu à direita.

— Papà, pode me responder algo? — pergunto ao meu pai.

— Claro, mia figlia.

— Você e a mamma, quando fizeram a Jisoo, esqueceram de colocar inteligência na cabeça dela? — papai não se aguenta e explode na risada.

𝗖𝗔𝗣𝗢 (𝗚!𝗣) - 𝐉𝐄𝐍𝐋𝐈𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora