𝗖𝗔𝗣𝗢 (𝗚!𝗣) - 𝐉𝐄𝐍𝐋𝐈𝐒𝐀

CAPÍTULO LII

LALISA MANOBAN (CAPO)

O dia do enterro de Dimitri chegou com um céu cinzento e pesado, refletindo o luto que todos sentíamos. O cortejo funerário era impressionante, um espetáculo de respeito e reverência típico das famílias mafiosas. Carros negros luxuosos formavam uma longa fila, serpenteando pelas ruas da cidade até o cemitério reservado para os membros mais importantes da nossa organização.

Ao chegarmos ao cemitério, Jennie, Ella e eu saímos do carro, vestidos de preto e carregando a dor da perda em nossos corações. A multidão de famílias, amigos e aliados se reunia ao redor do túmulo, todos em silêncio respeitoso. Homens e mulheres que devotaram suas vidas à nossa causa estavam ali, ombros erguidos e rostos sombrios.

Alex, Rizzo, Jungkook, Jisoo e Andrea estavam ao meu lado, os olhos fixos no caixão de Dimitri, que estava coberto com uma bandeira da nossa organização, um símbolo do seu papel vital em nossas vidas. A música de uma gaita de foles tocava ao fundo, uma melodia triste que enchia o ar com um senso de despedida.

O padre, um velho amigo da família, começou a cerimônia. Sua voz grave e autoritária ressoava enquanto falava sobre a vida e os feitos de Dimitri, sobre sua lealdade e coragem. Cada palavra era um lembrete do homem que perdemos.

— Dimitri era mais do que um líder. — disse o padre, a voz embargada. — Ele era um pai, um mentor e um amigo. Sua sabedoria e sua força nos guiaram através dos momentos mais sombrios. Hoje, honramos sua memória e prometemos continuar seu legado.

Quando o padre terminou, era minha vez de falar. Caminhei até o púlpito, respirando fundo para controlar a emoção. Todos os olhares estavam sobre mim, esperando minhas palavras.

— Dimitri foi o pilar da nossa família. — comecei, a voz trêmula. — Ele me ensinou tudo o que sei sobre liderança, sobre coragem e sobre amor. Ele era um homem que sempre colocou nossa família e organização em primeiro lugar, que nunca hesitou em se sacrificar pelo bem de todos nós.

Parei por um momento, olhando para o caixão e sentindo uma nova onda de dor. — Prometo a você, Dimitri, que continuaremos a lutar. Não deixaremos que sua memória se perca. Cada passo que dermos será em sua honra. Sentiremos sua falta todos os dias, mas sua presença continuará a nos guiar.

Depois que terminei, Jennie se aproximou, segurando minha mão. Jennie começou a cantar uma antiga canção italiana, uma que Dimitri amava e que trazia lágrimas aos olhos de todos. Sua voz doce e triste ecoava pelo cemitério, tocando os corações de todos ali presentes.

Ao término da canção, cada um de nós colocou uma rosa vermelha sobre o caixão, um gesto final de respeito e amor. Ella, com seus olhos infantis cheios de lágrimas, foi a última a se aproximar. Ela olhou para mim, procurando permissão, e eu assenti, encorajando-a a se despedir.

— Adeus, vovô Dimitri. — ela sussurrou, colocando a pequena rosa sobre o caixão. — Vou sentir sua falta.

Enquanto o caixão era lentamente baixado à terra, todos se mantiveram em silêncio, refletindo sobre a perda e sobre o homem que havia significado tanto para todos nós. O som do caixão encontrando o fundo da cova era como um sino final, marcando o fim de uma era.

Alex se aproximou de mim, seu rosto sério e determinado. — Vamos continuar, Lisa. Faremos isso por ele.

Assenti, enxugando uma lágrima teimosa. — Sim, Alex. Faremos isso por ele. E por todos nós.