CAPÍTULO XXVI

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LALISA MANOBAN (CAPO)

— Calma, onde vocês estão? — pergunto para a mulher do outro lado da linha.

— No Brasil, estamos em São Paulo. — responde.

— Ok, me mande sua localização, mandarei alguém ir buscar vocês. Só tente prender seu irmão, ou eu juro que o mato com minhas próprias mãos. — falo e desligo. Olho para o espelho e vejo meu semblante sério. Passo as mãos pelos meus cabelos, tentando não pensar tanto nisso.

Volto até a mesa do restaurante. Não queria transparecer que estava preocupada com meus primos. Ela parecia aflita ao telefone. Fico em silêncio a maior parte do tempo, só falava algo quando era perguntado algo a mim.

Eu precisava falar com Alex, ele sempre resolve isso por mim. Jennie parece perceber que estou quieta demais e pergunta disfarçadamente se estou bem. Aceno para ela com um sorriso fraco no rosto e lhe dou um beijo na testa.

Todos já haviam terminado seus pratos. Eu estava ansiosa para ir embora dali, precisava falar com Jisoo e Alex. Jungkook e Jimin levaram Rosé até a sua casa. Andrea foi por conta própria, mas eu pedi que Jisoo ficasse e fosse comigo e Jennie. Pedi que ela ligasse para Alex e fosse ao nosso encontro na minha casa. Jennie subia as escadas de uma forma ligeira, ela parecia feliz por saber que poderia participar das nossas reuniões a partir de agora.

— Acha que Jennie consegue lidar com tudo isso? Ela é minha cunhada favorita... — corto Jisoo antes que ela fale algo.

— Ela é sua única cunhada, Jisoo. — falo para minha irmã.

— O que não deixa de ser a favorita. Me preocupo com ela e com seu psicológico, mas acho que antes de tudo ela deve saber dos perigos que corremos e ficar preparada para eles, afinal, ela é nossa consigliere. — Jisoo fala e eu concordo. — Já lhe entregou uma arma?

— Bem, da última vez aconteceu um pequeno acidente com Pablo Varese. Esqueci de devolver. — falo pegando uma das minhas melhores armas, um revólver 500 S&W Magnum. É a arma curta mais poderosa do mundo.

Jennie entrou e eu sorri para ela. Ela vestia um vestido solto, os cabelos soltos e sua pele macia, sem nenhum traço de maquiagem. Linda como sempre, não importava o que vestia, como estava seu cabelo, se sua pele estava suja, ela continuava a mesma pessoa perfeitamente linda por quem me apaixonei. Lhe entrego sua nova arma. Ela analisa o revólver e depois me olha, não parecia surpresa, apenas em dúvida.

— Da última vez, você me deu uma sem silenciador e essa parece que também não tem. Poderia me dar um silenciador? — pergunta irônica, e lembro do barulho dos tiros naquele dia.

A Lisa é burrinha assim mesmo, cunhada... Por isso que você devia ter se casado comigo, ainda dá tempo... — Jisoo fala, olhando Jennie e sorrindo.

— Sua talarica de irmã, cale a boca. — falo para Jisoo e procuro um silenciador para o revólver específico. — Meu amor, não precisa usar silenciador, pode matar à vontade.

— Fala isso porque para esse modelo de revólver não tem silenciador, e se existir é do tamanho do seu pau. — Jisoo fala na cara dura, fazendo Jennie corar.

Solto uma risada com aquilo, mas ouço duas batidas na porta do meu escritório. Dou permissão e logo Alex entra, passando pela porta.

— Me chamaram e aqui estou, qual o problema? — fala depois de beijar a cabeça da minha esposa.

— E eu não ganho um beijo também? — pergunto choramingando.

— Sua velha pedófila, não sou prostituto. — Alex, Jennie e Jisoo caem na risada.

𝗖𝗔𝗣𝗢 (𝗚!𝗣) - 𝐉𝐄𝐍𝐋𝐈𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora