POV NARRADORRafaella era levada para atendimento acompanhada de Sebastião, enquanto os outros tentavam entender o que havia acontecido ali. Deborah sentia raiva de si propria, por ter sido pega dessa forma tão idiota, mas sentia odio de José, pois se ele não tivesse insistido nessa conversa, nada disso teria acontecido.
-Alguém me explica o que aconteceu aqui? – Genilda estava aflita, precisava entender o que aconteceu. –Deborah o que houve?
-Conta pra tua sogra quem é você. – Bianca já não suporta mais a pediatra. – Eu tô indo ligar pra Gi.
-Genilda, eu posso explicar. – Deborah tentou se defender.
-Vai falar o que? Vai assumir que tentou desviar dinheiro da obra, vai contar que se aproximou de Rafaella pra tentar sua promoção. – Marcio sabia da história, e não ia deixar que a mulher contasse outra mentira.
-O que? Isso é verdade Deborah? – Genilda parecia não acreditar.
-Já que tá todo mundo descobrindo seus podres, posso falar também. – Brielle estava adorando a situação. – Recentemente descobri os desvios de verbas que os dois faziam, tenho tudo documentado, pra quem quiser ver.
-Você não fez isso. – José veio raivoso pra cima da enfermeira, mas foi impedido por Marcio e doutor Carlos.
-Eu sabia que vocês dois não prestavam, mas ninguém acreditaria em mim, uma mera enfermeirinha. – Ela estava disposta a acabar com os dois. – Não era assim que você me chamava, doutor Lorota?
-José isso é verdade? – O diretor do hospital estava surpreso com tantas informações.
-Vocês vão acreditar nessa conversa furada? – Deborah e José estavam encurralados, mas mesmo assim tentavam se defender.
-Eu acabei de chamar a polícia, vocês vão ter que explicar a eles. – Marcio se aproximou com telefone na mão. – E pode ter certeza, se acontecer algo com o bebê ou com a Rafa, Gizelly vai acabar com você.
Marcio saiu em busca de notícias sobre Rafaella, encontrou Bia falando ao telefone e provavelmente ela falava com Gizelly.
-Eu confiei em você Deborah. – Genilda estava arrasada, ela de fato acreditava que Deborah era a melhor escolha para Rafaella. – Eu abri minha casa pra você, eu dei minha palavra para te conseguir uma cadeira no conselho, Carlos confiou em mim.
-A vida é feita de oportunidades, Genilda. – Mesmo com a casa caindo a mulher continuou com sua arrogância. – Saiba que foi um sacrifício aturar você o mala do seu marido e a Rafaella por todo esse tempo, sem contar aquela criança chata no meio disso.
-LAVA A BOCA PRA FALAR DA MINHA FAMÍLIA. – Genilda foi pra cima, mas seguraram ela antes.
-A polícia chegou, deixe que eles resolvam isso. – Doutor Carlos conteve a amiga. – Vai ver como sua filha está, eu resolvo daqui pra frente.
{...}
No Rio de Janeiro, Gizelly brincava com o filho na borda da piscina, apesar de estar gostando de estar ali, algo em seu íntimo apontava que algo não estava bem. Juliette tomava sol na cadeira de descanso observando os dois com um sorriso no rosto.