Tá tudo bem, Rafa?

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POV RAFA

Gizelly estava mais que empolgada com a nova investigadora, a mulher ouvia tudo com calma e anotava o que julgava ser necessário.

-Gizelly, você tem provas dos desvios que ele fez em sua empresa? – A mulher perguntou com calma.

-Tenho tudo documentado. – Minha namorada respondeu abrindo o documento no celular. – Aqui tenho algumas informações.

-Hoje é mais uma conversa informal. – Valentina leu por alto o documento. – Podemos nos encontrar amanhã?

-Claro, o quanto antes melhor. – Marcio se aproximou com uma bandeja em mãos. – Não vejo a hora de acabar com esse tormento.

-Vai acabar, eu vou acha-lo. – A mulher piscou com um sorriso ligeiro nos lábios. – Vou indo nessa, ainda preciso pegar meu filho na casa da mãe.

-Ainda está cedo. – Marcio serviu o café. – Não fazer desfeita com o meu café, né?

-Tudo bem, eu aceito o café.

A conversa a seguir foi amena, falávamos sobre assuntos banais, Valentina contou que tem um filho e nos parabenizou pela nossa menina. Depois de um tempo ela precisou ir, deixando nos três ansiosos para saber se ela é realmente boa no que faz.

-Senti confiança nela. – Gizelly foi a primeira a dizer algo. – Como você está se sentindo, tio?

-Não sei explicar, Gi. – Marcio abaixou a cabeça. – Meu filho é um criminoso, a minha mulher acobertou isso, não tem como esquecer isso.

-Eu sinto muito. – Passei a mão nas costas do homem. – Estaremos aqui com você, para o que precisar.

-Eu agradeço, Rafa. – Sorri enquanto ele secava algumas lágrimas. – Fico feliz em ter vocês aqui comigo.

Não demoramos muito a nos despedir, Theo havia ficado com Lúcia e já estava quase na hora do almoço. Antes de chegarmos em casa, Gizelly pediu no almoço pelo aplicativo, deixei que ela escolhesse, sabia que ela escolheria algo que eu gostasse.

-Marquei com a arquiteta amanhã. – Assim que ela finalizou o pedido se virou pra mim guardando o celular. – Gostaria que você ficasse para decidir junto comigo.

-Eu confio no seu bom gosto, meu amor. – Apertei sua perna enquanto ela dirigia pelo condômino. – Eu amo o quartinho do Theo.

-Quero na mesma pegada, decidi que vou me mudar para o quarto dos meus pais, e o meu será o da nossa filha. – A voz dela saia de forma tranquila. – Vai ser uma reforma completa.

-Fico feliz com isso, a lembrança sempre vai continuar, mas agora você está seguindo em frente. – Gi levou minha mão aos lábios, deixando um beijo casto.

-Eu só consegui, pois você está ao meu lado. – Sorri como uma boba apaixonada. -Eu te amo!

-Não mais que eu! – Gizelly estacionou em frente sua casa e desceu dando a volta no carro para abrir a porta pra mim.

Assim que entramos, Theo pediu o colo de Gizelly, Lúcia avisou que ele estava meio enjoadinho e chorou algumas vezes, brincamos com o nosso bebê, enquanto aguardávamos o almoço. Não demorou muito, comemos na cozinha mesmo e enquanto isso, Lúcia e Gizelly programavam a vinda dela pra cá.

-Quando a reforma começar o Theo não vai poder vir pra cá, amor. – Gizelly se pronunciou chamando minha atenção. – Mas irei vê-lo todos os dias.

-Sim, pois você ficará em minha casa. – Falei dando os ombros. – Quando eu disse que quero morar com você, eu falei Sério, Gizelly.

-Mas achei que ficaríamos aqui, esse é o motivo da reforma. – Ela apertava as sobrancelhas em confusão. – Quero que aqui seja a nossa casa, o nosso lar, quero construir novas memórias aqui, com a minha família.

Happier Than Ever 2 temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora