POV RAFAA festinha do meu pequeno estava impecável, tudo foi feito com muito cuidado e amor, contratei um buffet de uma amiga e eu sabia que ela faria tudo com muito carinho. Meu filho estava amando tudo e isso me enchia de amor no coração. Os convidados iam se acomodando no decorrer da festa e só faltava a outra mãe dele chegar para ficar tudo completo.
Estava distraída limpando o rostinho do Theo, quando vi Gizelly e os amigos se aproximando. Ela tinha um leve sorriso no rosto e logo vi ela e Juliette de mãos dadas, a confirmação que faltava pra ter certeza que as duas estavam juntas, senti algo estranho, pois Juliette era minha amiga, sempre soube da nossa história, mas eu também não posso ditar com quem Gizelly se relaciona ou não, tratei de não ficar pensando nisso e foquei na festa do Theo.
Não permiti bebida alcoólica no local, mas por insistência de Deborah eu acabei deixando ela levar vinho pra ela e minha mãe, que bebiam enquanto conversavam sobre a promoção dela no hospital. Revirei os olhos, e deixei isso pra lá, ultimamente eu ando pisando em ovos com ela, eu nunca sei qual vai ser a próxima reação dela.
-Amiga, meu afilhadinho ta muito lindo. – Theo brincava com uma embalagem de bala e Manu e eu babavamos nele. – Sério, que coisa mais fofa.
-Meu filho é uma obra de arte. – Manu deu um sorriso.
-Tô doida pra ver esse aqui. – Minha amiga alisou minha barriga. – Já marcou a consulta?
-Marquei, preciso avisar Gizelly sobre o dia. – Olhamos em direção onde ela estava com o tio e o meu pai. – Mas preciso comunicar a Deborah também, ela quer ir.
-Por qual motivo? – Manu perguntou confusa. – As mães do bebê são você e Gizelly.
-Eu sei, mas são as condições dela. – Suspirei enquanto Manu negava com a cabeça.
-Rafa, eu nunca me intrometo nas suas relações, quero sempre te ver bem. – Ela se virou. – Mas tome cuidado, não se aprisione em uma ilusão de relacionamento perfeito, pois isso não existe.
Não respondi, apenas acenei com a cabeça em afirmação. Continuamos conversando até Gizelly se aproximar pegando nosso filho, ela cumprimentou a mim e Manu e se afastou com o Theo no colo, meu filho ficou ainda mais contente quando viu a outra mamãe dele.
-Por que não me disse que essa mulher estaria aqui? – Deborah segurou meu braço me levando até a área da cozinha.
-Achei que fosse óbvio. – Falei soltando a mão dela. – Deborah, não crie caso. Gizelly é a mãe do Theo e tem todo direito de estar aqui.
-Você é inacreditável Rafaella. – Era visível que o vinho já fazia efeito. – Essa mulher te deixou plantada feito besta no altar e você arruma argumentos pra defender ela, até seus pais concordam comigo.
-Não quero discutir. – Suspirei passando a mão no rosto. – E dá uma segurada no vinho, isso é uma festa infantil.
Me afastei e deixei Deborah ali com cara de poucos amigos, hoje não era o dia de discutir isso, principalmente com ela alcoolizada.
Voltei para o salão central dando atenção para alguns amigos e familiares presentes, vez ou outra eu olhava para onde Gizelly estava, e seu sorriso ao lado do nosso filho me fazia ter certeza que esse bebê aqui também seria muito amado. Estava distraída quando senti Juliette se aproximar.
-Oi Rafa. – Me virei e ela tinha um sorriso amarelo nos lábios. – Podemos conversar um pouquinho?
-Oi Juliette. – Dei os ombros esperando que ela falasse.