POV GIZELLY-Gi, tenta se acalmar. – Entrei na minha casa cuspindo fogo e Bianca tentava me acalmar.
-Se aquela mulher fizer algo com os meus filhos eu juro que acabo com ela com as minhas próprias mãos. – Falei raivosa e Juliette me segurou pelos ombros.
-Gi, é isso que ela quer. – Tentava controlar minha respiração. – Ela quer te tirar do sério.
-Aquela mulher não presta, Ju. – Me joguei no sofá com as mãos no rosto. – Eu não quero pagar pra ver do que ela é capaz.
-Como assim? – Ela perguntou se sentando ao meu lado.
-Ela não vale nada, além de ser corrupta, ela está com a Rafa só pra se dar bem. – Juliette parecia surpresa com a notícia.
-Meu Deus, mas como você sabe disso?
-Ela era o contato do Talles em Penedo. – Bianca se apressou em responder. – O dois estavam armando mais desvios nas sombras do hospital, mas como a Gi descobriu os desvios o seu Márcio afastou ele e não conseguiram concluir o golpe nas notas.
-Sem contar que ela é casada. – Juliette levou a mão na boca espantada. – Ela tá enganando a Rafa esse tempo todo.
-Meu Deus, estou chocada. – Mordi o lábio irritada. – Coitada da Rafa, ela tem que saber gente.
-Você acha mesmo que ela vai acreditar em mim? – Suspirei derrotada.
-Gi, você tem que tentar. – Juliette colocou a mão em minha coxa. – Eu gostaria de saber se eu fosse ela.
-Eu também iria querer saber. – Bianca concordou.
-Preciso pensar em um jeito pra fazer isso. – Me levantei do sofá. – Vou tomar um banho e descansar um pouco, me desculpem por isso meninas.
Me despedi de Bianca e Cris, não estava com cabeça pra mais nada. Tirei toda minha roupa entrando no chuveiro gelado, fiquei lá um bom tempo, até meus ânimos acalmarem, em outras épocas eu sei exatamente o que me deixaria menos nervosa, mas eu não sou mais essa pessoa. Me livrei desses pensamentos quando ouvi a voz de Juliette entrando no banheiro.
-Tá melhor? – Ela se escorou na pia me observando através do box. – Você nem comeu nada, vou pedir algo pra você.
-Tô sem fome. – Desliguei o chuveiro puxando a toalha. – Minha cabeça está latejando.
-Vamos deitar um pouquinho?– Me enrolei na toalha.
Vesti um roupa qualquer, tomei um remédio e entramos debaixo do edredom, depois que já fechou as persianas e ligou o ar. Não demorei a pegar no sono, minha cabeça doía por tudo o que aconteceu, e o que mais me chateava era não ter curtido a festinha do meu filho, isso estava me deixando com mais ódio daquela golpista.
Acordei com o barulho da campainha, olhei pro lado e vi que as horas estavam avançadas, me desgrudei do corpo de Juliette e desci pra ver quem era.
-Oi Gi. – Era o meu tio, ele trazia uma embalagem nas mãos.
-Oi tio, entra. – Dei passagem fechando a porta logo em seguida.
-Trouxe bolo pra você. – Ele me entregou a embalagem me fazendo soltar meio sorriso. – Tá tudo bem?
-Tô irritada. – Suspirei e o chamei até a cozinha.
-A Rafa me contou da briga. – Meu tio se acomodou na bancada. – Vim saber de você o que aconteceu.
-Aquela mulher é uma vaca, tio. – Ele deu um sorrisinho nagando com a cabeça. – Eu estava na minha, ela foi até lá me provocar, não queria usar a violência, mas ela me atacou primeiro.