E agora?

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POV RAFA

Gizelly saiu e eu bati a porta com raiva, ela é uma grande idiota, prefere uma mulher qualquer ao sair comigo e o proprio filho. Coloquei o Theo no andador e fui em busca do meu celular, avisaria aos meus pais que não iria nesse jantar, era melhor eu ir dormir. Antes de desbloquear o aparelho, a campainha tocou sem parar, bufei e fui até a porta.

-Olha Rafaella eu tentei, eu juro que tentei te esquecer. —Gizelly mal esperou que eu abrisse e começou a falar. — Tentei com a Fernanda, tentei com a Bia, tentei com a Ju, mas nenhuma delas é você, nenhuma delas chegou perto do espaço que você ocupa no meu coração e eu tô cansada de buscar algo que eu já encontrei. Eu deixei você escapar, fui fraca, covarde e uma grande idiota, mas acontece que eu cansei de me enganar. Eu te amo, na verdade eu nunca deixei de amar você, eu penso em você todos os dias da minha vida e só Deus sabe o quanto eu quero criar nossos filhos ao seu lado.

-E eu entendo se você não me quiser em sua vida, mas eu não posso mais guardar isso só pra mim, não posso deixar esse amor preso em meu peito. – Há essa altura ela chorava sem se importar. – Eu penso em você todos os dias, eu penso em todas as lágrimas que eu fiz você derramar, queria ter o poder de voltar atrás e consertar isso, mas eu não posso e o que me resta agora é mostrar que eu mudei, que eu sou uma pessoa que quer mudar todos os dias pra melhor, e a única coisa que não mudou é o meu amor por você.

-Gizelly... – Essa declaração me pegou tão de surpresa, eu não esperava por isso.

-Eu sei que não tenho esse direito, não tenho esse direito de sair da sua vida e agora querer voltar, mas eu não consigo mais te ter por perto e não poder ter você pra mim. — Meu coração batia tão forte que eu não conseguia respirar. – E agora, se você falar que eu não tenho o mínimo de chance, se nosso único vínculo for os nossos filhos, eu vou sair pela aquela porta e vou aceitar, vai ser difícil, mas vou seguir minha vida sem você.

Sabe quando as palavras estão em sua garganta e você não sabe como soltá-las? Eu não conseguia responder Gizelly, eu estava paralisada, em estado completo de choque.

-Ok, não precisa responder. – Ela passou a mão no rosto dando as costas.

-Ma...ma. – A voz do meu filho ecoou pelo cômodo me tirando do transe. – Ma...mãe.

Olhei pro Theo e ele continuava brincando com o mordedor, vi a porta se fechando lentamente, me desesperei e abri a porta com força correndo atrás de Gizelly que já alcança a saída pela escada.

Segurei seu braço fazendo ela se assustar com o ato, seu rosto estava banhado em lágrimas, fazendo meu coração se comprimir. Entrelacei nossos dedos e com a mão livre eu limpei seu rosto, Gizelly me encarou surpresa. Colei nossas testas e respirei fundo antes de tocar meus lábios aos dela.

O beijo começou calmo, Gizelly abriu os lábios lentamente e nosso beijo aconteceu como se fosse o primeiro. As mãos dela seguraram meu quadril com uma pressão gostosa, nosso encaixe é infinitamente perfeito.

-Eu quero você. – Finalizei nosso beijo sussurrando entre um selinho e outro. – Eu quero poder cuidar dos meus filhos ao seu lado.

Gizelly abriu um sorriso e retomou o nosso beijo, dessa vez nossas lágrimas se misturavam, mas eram lágrimas de felicidade, lágrimas de alívio. A sensação que eu estava é que agora eu respirava com tranquilidade, o ar se tornou mais leve depois de tudo o que eu ouvi.

-Precisamos voltar, nosso bebê tá lá dentro. – Interrompi o beijo novamente. – E eu acho que ele disse mamãe.

-O QUE? – Gizelly me segurou pelos ombros com os olhos arregalados. – Como assim, Rafaella?

Comecei a rir com o desespero dela e a puxei pela mão de volta ao meu apartamento. Theo continuava concentrado nos brinquedos do andador.

-Você chamou a mamãe, meu amor? – Gizelly pegou nosso filho no colo.

-Hey, ele não disse "mamãe Gi" – Me aproximei abraçando Gizelly pelos ombros.

-Tenho certeza de que ele chamou por mim. – Ela estava tão feliz que o sorriso não cabia em seu rosto. – Fala de novo meu amor? Ma-mãe, vamos gatinho?

Theo encarava a mãe sem entender e Gizelly continuava o pedido fazendo nosso filho sorrir sapeca. Ela acabou desistindo e sentamos no sofá olhando uma para outra.

-E agora? – Ela perguntou timidamente.

-Eu quem pergunto, como ficamos? – Respirei fundo. – E o seu namoro?

Gizelly deu um sorriso largo me irritando com sua audácia. Cruzei os braços revirando os olhos.

-Rafa, a Ju e eu não namoramos. – Ela se ajeitou no sofá. – Nós tínhamos um lance sim, mas terminamos tudo e ela me aconselhou a ser sincera com meus sentimentos.

-Hum. – Mesmo sabendo que não era um namoro, o envolvimento das duas me deixava irritada.

-Olha, eu fui sincera ao dizer que tentei te tirar da cabeça. – Gizelly puxou minha mão para o seu colo. – Me envolvi com outras pessoas, mas com nenhuma eu consegui ir além, exceto a Ju, mas ela sempre soube que meu coração pertence a você e ninguém é capaz de ocupar o teu lugar nele.

Colei nossas testas enquanto nossas respirações se misturavam, depois de tudo que nos aconteceu, eu acho que essa é a nossa chance de tentar mais uma vez, pois eu também não consegui tirar Gizelly do meu coração.

-Eu nunca deixei ninguém entrar no meu coração, pois ele pertence inteiramente a você. — Gizelly sorriu lindamente e beijou o meus lábios, mas fomos interrompidas pelo resmungo do Theo.

-Que rapazinho ciumento. – Ela levantou nosso filho. – Eu amo vocês!

{...}

-Tem certeza de que não quer ir com a gente? – Perguntei pela segunda vez sobre ir jantar com meus pais.

-Eu acho melhor não. – Ela calçava o Tênis no nosso filho. – Podemos marcar um jantar com antecedência.

-Então eu desmarco, podemos pedir algo ou cozinhar. – Sugeri alisando seu rosto.

-Prometo que venho jantar com vocês amanhã, mas hoje eu vou pra casa. – Gizelly se levantou me beijando nos lábios. – A Ju já está quase chegando.

-Ela vai dormir na sua casa? – Perguntei levemente incomodada.

-Provavelmente, o apartamento dela está com infiltração. – Ela respondeu e eu apenas assenti com a cabeça. –Mas não se preocupe, ela vai dormir no outro quarto, me liga quando chegar?

-Tudo bem. – Abracei sua cintura e selamos nossos lábios novamente.

Nos despedimos novamente na garagem, ela seguiu para o carro dela logo após me ajudar a acomodar o Theo. Não queria que ela fosse, mas agora eu sei que ela volta e volta para os meus braços.

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Veio aí 🎆🎇🎆🎇🎆🎇🎆

Aaaaaaaaaah enfim paz ☮️

Alguém sabe onde anda o Chumbo?

Happier Than Ever 2 temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora