POV GIZELLY-Estou feliz por você, Gi. – Juliette e eu conversávamos no sofá. – Mas não entendi o motivo de você não ter ficado por lá.
-Ela ia jantar com os pais, fiquei meio receosa. – Sorri de lado. – Como conversamos, eu não quero acelerar o processo, eu quero mostrar que eu mudei.
-Eu entendo, mas podia ter ficado. – Minha amiga continuava argumentando. – Olha Gi, eu sei que você tem receio, por tudo que aconteceu, mas eu acho que vocês deviam ter conversado mais, passado a noite juntas, nem falo pelo sexo, mas sim pela reconexão.
-Me arrependi de ter vindo embora, mas não queria atrapalhar ela e os pais. – Cocei o cabelo. — Quero ir com calma, sem invadir a privacidade dela.
-Volta pra lá, ainda são nove horas. – Juliette sugeriu o óbvio depois de olhar as horas. – Esse é um passo pra mostrar que você mudou.
-Você acha? – Perguntei receosa.
-Vai lá, essa hora ela já deve ter terminado esse jantar. – Dei um sorriso largo e puxei Juliette pra um abraço.
-Primeiro vou tomar um banho, preciso relaxar um pouco. – Me levantei do sofá.
-Isso, vai cheirosinha. – Ju brincou comigo e subimos pro meu quarto.
Entrei no banho com o pensamento em Rafaella, eu estava tão feliz que não conseguia parar de sorrir. Desde o momento em que ela me disse que quer criar nossos filhos comigo, parece que a ferida do meu coração se curou. Eu a amo, e estou me comprometendo comigo mesma a nunca mais fazê-la sofrer.
Desliguei o chuveiro, me enrolei no roupão e entrei no closet em busca de uma roupa, eu estava ansiosa parecia até que estava indo ter um primeiro encontro com Rafaella. Vesti roupas íntimas, calça jeans e uma blusa branca, deixei meus cabelos soltos e caprichei no perfume. Quando voltei pro quarto em busca dos meus tênis, encontrei Juliette separando algumas coisas.
-Tô de mudança. – Ela pegava os itens que pertenciam a ela. – Tô indo pro quarto que eu dormia antes e logo eu volto pro meu apê, se Deus quiser.
-Você sabe que minha casa está aberta pra você, a hora que você quiser. – Fui até ela segurando suas mãos. – Pode ficar o tempo que quiser.
-Obrigada, Gi. – Juliette me deu um beijo no rosto.
Ajudei ela a se acomodar no outro quarto antes de sair, me despedi e entrei no carro seguindo pra casa de Rafaella. Quando eu estava bem próxima ao apartamento dela, meu celular apitou uma mensagem e sorri ao ver quem me escrevia, aproveitei o sinal fechado e respondi. Nossa conversa rendeu até eu chegar em seu prédio.