POV NARRADORGizelly pensou e acabou aceitando o convite, seria uma boa almoçar com Rafaella e o filho, ter esse momento em "família", a morena sorriu com os próprios pensamentos ajudando Rafa a escolher o almoço.
-Pronto, deve chegar daqui uns quarenta minutos. – Rafa guardou o celular. – Se importa em ficar com ele enquanto eu tomo banho?
-Vai lá, eu espero aqui. – Gizelly sorriu com o Theo já em seu colo.
-Liga a TV, eu não demoro. – A mais alta entregou o controle pra Gizelly e subiu as escadas indo pro quarto.
Dentro do chuveiro Rafaella lavava o cabelo tentando lavar esses pensamentos que tanto torturavam sua mente, ter Gizelly ali tão próxima, fazia com que sua mente trabalhasse, será que seria assim se as duas tivessem casado, será que esse ciúmes todos que ela está sentindo continuaria, Rafa não suporta a ideia de Gizelly estar com outra pessoa, mas precisava fingir que isso não a afetava, com um suspiro longo ela desligou o chuveiro e foi vestir algo confortável.
-Chegamos bem sim, desculpa não ter ligado, Ju. – Gizelly falava ao telefone quando Rafa descia de volta para sala. – Ele está bem, tá brincando aqui comigo, não, eu vou pra casa, não se preocupe, tudo bem e divirta-se, a gente se vê mais tarde, beijo.
-Oi, a comida chegou. – Gizelly encerrou a ligação assim que viu Rafaella próxima. – Se não se importa eu deixei na sua cozinha.
-Tudo bem, vamos comer. – Rafaella estava irritada, não sabia explicar direito o que estava sentindo. – Vou esquentar a papinha dele.
Rafa pegou a papinha pronta e levou ao microondas, Gizelly se acomodou na cadeira e observava a cena com o Theo no colo e um leve sorriso no rosto. Rafa vestia uma roupa leve a deixando ainda mais linda e Gizelly quase babava pela morena.
Não demorou muito e os três já estavam acomodados e se serviam, Gizelly ainda tinha o Theo no colo e alternava entre comer e alimentar o filho. As duas comiam em silêncio, não era algo ruim, mas Gizelly queria ouvir a voz de Rafaella.
-Como tá o hospital? Muito trabalho? – Ela questionou fazendo Rafaella encará-la.
-Lá é tranquilo, não tenho muito problemas. – Rafa soltou o garfo no prato. – E a construtora? Fiquei preocupada com o lance do Talles.
-Eu já havia descoberto há um tempo, e eu iniciei uma investigação por conta própria com a ajuda da Ju. – Gizelly explicava. – Meu tio também nos ajudou e foi aí que descobrimos sobre a Deborah também.
-Nem me lembre. – As duas deram um suspiro longo.
-Enfim, no dia em que íamos desmascarar o meu primo, recebi a notícia de que ele fugiu. – Gizelly ainda tem a esperança de que Talles vai pagar por tudo o que fez a ela. – Colocamos uma detetive atrás dele.
-Não teve nenhuma notícia? – Rafa ainda estava assustada com essa confusão toda.
-Só sabemos que ele saiu do país. – Gizelly já estava exausta dessa historia. – A Ju pediu pra eu dar um tempo, respirar um pouco, mas eu quero que ele pague por tudo.
-Entendi. – Rafaella se remexeu na cadeira.
As duas acabaram mudando de assunto, passaram a falar sobre a nova gravidez e das próximas consultas que viram acontecer. Gizelly estava animada pra montar enxoval e já estava pensando no quartinho do bebê em sua casa.
-Você vai montar mesmo um quarto só para o bebê? – Rafaella ria da empolgação da mãe dos seus filhos.
-Sim, tem quartos de sobra pra fazer isso. – Gizelly estava com uma ideia já tinha um tempo. – Estou pensando em desfazer das coisas da minha família.