Capítulo 3

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• Fernando •

O celular tocando me despertou de um sono profundo. Resmunguei com o barulho e apertei ainda mais a mulher em meus braços, que soltou uma risadinha e pegou o telefone. Abri os olhos e vi a hora no relógio do outro lado da cama, percebendo que estava muito, mas, muito atrasado. Levantei bruscamente e ela abriu os olhos, sonolenta, olhando-me meio preocupada.  Como podia ser ainda mais bonita? Bagunçada, com os lábios lindos e inchados, com um pouco de maquiagem para todo lado... Eu a queria naquele momento e já que estava atrasado... Mergulhei em sua direção, beijando sua boca. Ela virou, me recebendo, dando um pulinho com o beliscão no mamilo que puxei. Levando minha mão para entre suas pernas, notei que a buceta ainda estava melada da nossa última vez. Empurrei meu dedo, fodendo-a lentamente para preparar o caminho que estava desesperado para trilhar.

Acariciei seu clitóris, adorando o gemidinho que soltou contra meus lábios, abrindo um sorriso safado que fez com que meu pau ficasse feliz em ter a camisinha nele. Maiara me acomodou entre suas pernas. Ela dobrou os joelhos, encontrando-me a cada estocada, sedenta em começarmos o dia com aquela dança incrível. Eu meti gostoso, sem querer sair dali. Não precisávamos de preliminares, apenas desejo, muito desejo. Foi um sexo maravilhoso. 

Maiara: Isso foi muito bom. Bom dia — Maiara gemeu e eu beijei sua boca novamente. Rolei para o lado, muito satisfeito. 

Fernando: Foi mais do que bom — concordei e virei-me de lado. — Mas eu tenho que ir trabalhar — resmunguei e ela sorriu. Linda.

Maiara: Imaginei que estivesse atrasado. 

Fernando: Estou. E como já estava, não precisava sair correndo — retruquei e ela me beijou. Porra. Nunca sairia daquela cama se continuasse com aquela tentação me provocando.

Maiara: Cafeína ajuda? — questionou, levantando-se e admirei seu corpo nu. Ela se enrolou em um roupão. — Tem toalhas limpas no banheiro, vou descer para fazer um pouco de café.

Maiara saiu do quarto e eu fui para o banheiro tipicamente feminino. Entrei no chuveiro quente, tomei banho, lavei a boca com enxaguante bucal, pensando na sorte que tive ao sair de um dia particularmente ruim e entrar no bar de Tom para beber alguma coisa antes de ir embora para casa. Minha intenção era dormir e fingir que minha vida pessoal não estava um inferno. Eu a observei de costas primeiro. Parecia formosa. De lado, tive uma boa visão dos seios redondos na blusa apertada e quando virou-se de frente, me perdi naqueles olhos castanhos profundos, adornados com cílios volumosos. Ela parecia uma boneca delicada com a pele tão clara e quando sorriu, podia cair de joelhos ali mesmo e me arrastar aos seus pés. Era uma mulher interessante, foi a primeira que não vomitou sua história em meus ouvidos ou choramingou fazendo charme. Na verdade, pouco falou de sua vida e para ser sincero, além do endereço, eu não sabia quem ela era de fato. 

O apartamento era amplo, da porta do quarto era possível vê-la na cozinha, fazendo café em uma máquina monstruosa que provavelmente me deixaria ainda mais ligado. Cafeína era o caminho para o meu coração.  Desci a escada, peguei minha blusa, calça e me vesti diante dos olhos atentos dela. Ajeitei minha roupa o máximo que deu e segui em sua direção. Ela me estendeu uma caneca de café puro e dei um gole. Muito bom. Bebi tranquilamente, olhando em seus olhos. Ela também estava com uma caneca, parecendo adorável e me excitando porque eu sabia que não havia roupas por baixo daquele roupão. 

Abaixei minha caneca e ela também. Nossos lábios colaram um no outro e beijei-a com toda fome e vontade que ainda sentia. Meu celular começou a tocar. Ela riu e ajeitou a gola da minha camisa.

Maiara: Vá trabalhar.

Fernando: Cadê seu telefone? — pedi e ela apontou lá para cima. Anotei meu número em um papel e coloquei em sua geladeira. — Vou esperar que me ligue. 

Todas as coisas que eu sonheiOnde histórias criam vida. Descubra agora