• Fernando •
A funcionária foi punida, não demitida, porque sabíamos como funcionava o autoritarismo de um atendente dentro do hospital e o medo dela não ter vindo se expor porque afinal de contas, Stela trabalhava ali há anos e era sogra de um dos donos. Reafirmei que nunca dei liberdade ou dei a entender que tanto minha esposa quanto minha sogra tinham autonomia além de suas funções.
A reunião foi longa e não pude ficar até o final, precisei correr até a UTI porque um dos meus pacientes em estado grave estava parando. Quando cheguei, vi Amanda fazendo um ótimo trabalho em reanimá-lo, mas como ele era muito crítico, assumi a intercorrência. Antes que pudesse voltar para a reunião, fui bipado para a emergência. Um paciente chegou sentindo-se mal, com dores no peito, taquicardia e falta de ar. Quando consegui chegar até ele, tomei um banho de outro paciente que vomitou sangue, sujando todo o meu scrub. Atendi meu potencial infarto com uma roupa cirúrgica, protegendo o sangue que deixou até a minha blusa de baixo molhada e estabilizei o paciente, levando-o para a internação.
Estava muito estressado quando finalmente pude ir até a sala dos médicos tomar banho. Ao sair do chuveiro, ouvi que tinha mais alguém na sala, vesti uma cueca limpa, penteei o cabelo, renovei o desodorante e vesti o scrub, colocando meus tênis novamente. Abri a porta e vi que era Maiara que estava mexendo em seu armário.
Fernando: Oi, linda. Ela revirou os olhos para minha fala galante, porém, não escondeu o sorriso.
Maiara: Tem algum carregador para me emprestar? O meu acabou de quebrar e emprestei o meu reserva para Ângela, o dela também quebrou hoje. Essas porcarias nunca duram muito tempo quando saio correndo, arrancando da parede.
Abri meu armário, tirei o meu carregador reserva e lhe entreguei.
Fernando: Nem um abraço de aniversário? Ela riu, negando.
Maiara: Sabe o que acontece quando você me abraça? — Abriu um sorrisinho, mordeu o lábio e neguei, encolhendo os ombros. — Você me beija e eu não resisto, quero ficar nos seus braços e sentir seu cheiro, ser aquecida pelo seu calor. Lembro do abraço que me deu na cama enquanto me fodia, e o orgasmo delicioso que veio logo depois.
Puta que pariu. Meu pau ficou duro.
Fernando: Às vezes é difícil resistir. — Dei um passo à frente. Ela deu um para trás. — É seu aniversário, quero te dar os devidos parabéns e o beijo merecido para um dia especial.
Maiara: Sabia que algumas civilizações não encaram o aniversário como uma fonte de comemoração? — Ela continuou fugindo e eu ri.
Fernando: Nós não fazemos parte dessas — retruquei e a segurei em meus braços. Beijei seu ombro, o pescoço e fui subindo. Ela grunhiu. — Feliz aniversário, linda — falei baixinho e beijei sua bochecha. Se eu a beijasse... — Como está o Theo?
Maiara: Estável. Ele vai ficar bem, é um menino muito forte — murmurou e eu adorei que não soltou meu abraço. — Tenho que voltar lá pra cima para conseguir sair a tempo do meu jantar de aniversário. Sua mãe já me enviou cinquenta mensagens.
Fernando: Por que a minha mãe tem seu número e eu não? — Dei outro beijinho em seu pescoço, amando o arrepiar da pele.
Maiara: Ela não quer arrancar a minha calcinha. — Maiara soltou uma risadinha.
Fernando: Eu quero arrancar sua calcinha com os dentes e depois, chupar a sua buceta.
Maiara: Você não vai ter meu número até estar solteiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Todas as coisas que eu sonhei
Fiksi PenggemarMaiara Carla Pereira estava perdida em um mar de amargura. Traída da pior forma por duas pessoas que muito amava, ela se muda para São Paulo disposta a começar uma nova vida, comandando toda ala da pediatria de um dos melhores hospitais do país. Mui...