Capítulo 12

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• Fernando •

A funcionária foi punida, não demitida, porque sabíamos como funcionava o autoritarismo de um atendente dentro do hospital e o medo dela não ter vindo se expor porque afinal de contas, Stela trabalhava ali há anos e era sogra de um dos donos. Reafirmei que nunca dei liberdade ou dei a entender que tanto minha esposa quanto minha sogra tinham autonomia além de suas funções.

A reunião foi longa e não pude ficar até o final, precisei correr até a UTI porque um dos meus pacientes em estado grave estava parando. Quando cheguei, vi Amanda fazendo um ótimo trabalho em reanimá-lo, mas como ele era muito crítico, assumi a intercorrência. Antes que pudesse voltar para a reunião, fui bipado para a emergência. Um paciente chegou sentindo-se mal, com dores no peito, taquicardia e falta de ar. Quando consegui chegar até ele, tomei um banho de outro paciente que vomitou sangue, sujando todo o meu scrub. Atendi meu potencial infarto com uma roupa cirúrgica, protegendo o sangue que deixou até a minha blusa de baixo molhada e estabilizei o paciente, levando-o para a internação.

Estava muito estressado quando finalmente pude ir até a sala dos médicos tomar banho. Ao sair do chuveiro, ouvi que tinha mais alguém na sala, vesti uma cueca limpa, penteei o cabelo, renovei o desodorante e vesti o scrub, colocando meus tênis novamente. Abri a porta e vi que era Maiara que estava mexendo em seu armário.

Fernando: Oi, linda.  Ela revirou os olhos para minha fala galante, porém, não escondeu o sorriso.

Maiara: Tem algum carregador para me emprestar? O meu acabou de quebrar e emprestei o meu reserva para Ângela, o dela também quebrou hoje. Essas porcarias nunca duram muito tempo quando saio correndo, arrancando da parede.

Abri meu armário, tirei o meu carregador reserva e lhe entreguei.

Fernando: Nem um abraço de aniversário? Ela riu, negando.

Maiara: Sabe o que acontece quando você me abraça? — Abriu um sorrisinho, mordeu o lábio e neguei, encolhendo os ombros. — Você me beija e eu não resisto, quero ficar nos seus braços e sentir seu cheiro, ser aquecida pelo seu calor. Lembro do abraço que me deu na cama enquanto me fodia, e o orgasmo delicioso que veio logo depois.

Puta que pariu. Meu pau ficou duro.

Fernando: Às vezes é difícil resistir. — Dei um passo à frente. Ela deu um para trás. — É seu aniversário, quero te dar os devidos parabéns e o beijo merecido para um dia especial.

Maiara: Sabia que algumas civilizações não encaram o aniversário como uma fonte de comemoração? — Ela continuou fugindo e eu ri.

Fernando: Nós não fazemos parte dessas — retruquei e a segurei em meus braços. Beijei seu ombro, o pescoço e fui subindo. Ela grunhiu. — Feliz aniversário, linda — falei baixinho e beijei sua bochecha. Se eu a beijasse... — Como está o Theo?

Maiara: Estável. Ele vai ficar bem, é um menino muito forte — murmurou e eu adorei que não soltou meu abraço. — Tenho que voltar lá pra cima para conseguir sair a tempo do meu jantar de aniversário. Sua mãe já me enviou cinquenta mensagens.

Fernando: Por que a minha mãe tem seu número e eu não? — Dei outro beijinho em seu pescoço, amando o arrepiar da pele.

Maiara: Ela não quer arrancar a minha calcinha. — Maiara soltou uma risadinha.

Fernando: Eu quero arrancar sua calcinha com os dentes e depois, chupar a sua buceta.

Maiara: Você não vai ter meu número até estar solteiro.

Todas as coisas que eu sonheiOnde histórias criam vida. Descubra agora