ㅡ Oi, meu amor! ㅡ Minha mãe sorriu assim que eu cheguei em casa e fechei a porta atrás de mim.
O primeiro dia de aula já tinha acabado, eu e o pessoal trocamos os números e agora eu já estava em casa. Sinceramente, eu tinha gostado muito do meu primeiro dia na faculdade e principalmente pelo fato de eu ter feito amizade logo no meu primeiro dia.
Agora eu já me sentia mais confiante.
ㅡ Oi, mãe. ㅡ Abri um sorriso colocando a minha bolsa no sofá e me jogando nele.
ㅡ Como é que foi o primeiro dia? ㅡ Ela saiu da cozinha, me fazendo perceber que ela ainda estava usando a roupa do trabalho.
ㅡ Interessante ㅡ Afirmei enclinando minha cabeça olhando para o teto.
ㅡ Em qual sentindo?
ㅡ As aulas são incríveis, e mesmo com o tanto de livros que eu tenho que ler eu gostei bastante. ㅡ Comentei. ㅡ E, por incrível que pareça, fiz amigos.
ㅡ Amigos?
ㅡ Amigos ㅡ Concordei abrindo um sorriso. ㅡ A senhora não deveria estar no trabalho?
ㅡ Sim, eu só esqueci mesmo uma coisa. Mas, já estou saindo. ㅡ Ela ergueu as mãos saindo da porta da cozinha. ㅡ O almoço já ta ali. Ah, sabe se o Apolo vem?
ㅡ Aparentemente, sim. ㅡ Concordei levantando do sofá e pegando a minha bolsa. ㅡ Até mais tarde, mãe.
ㅡ Até mais tarde. ㅡ Ela sorriu pegando a bolsa dela antes de mandar um beijo no ar e sair de casa.
Tirei o celular da minha bolsa enquanto subia as escadas, desbloqueava o mesmo e entrando no meu quarto em seguida. Havia 5 mensagens, uma era do Apolo e os outros era de números desconhecido. Claramente, o bonde da escola.
Apolo- Você ainda não gosta dela, né?
Maya- É claro que não. Na escola ela tentava aquela coisa besta de bullying.
Mandei a mensagem pendurando minha bolsa, me sentei na cama e me enclinei para tirar meus tênis. No entanto, outra mensagem chegou.
Apolo- Rancorosa.
Maya- Idiota.
Apolo- Já chegou em casa? Quero sua opinião de qual peça improvisada você quer que eu fale.
Maya- Nenhuma.
Joguei o celular do meu lado e terminei de tirar meus tênis, coloquei eles embaixo da cama e me levantei indo até o meu guarda-roupa.
O celular, novamente, tocou me fazendo voltar e pega-lo.
Apolo- Um par para o baile ou 29 Encontros?
Aquela era uma referência nada haver, mas quando estávamos no ensino médio uma antiga colega nossa escrevia peças e dava para a gente fingir, ou melhor, interpretar os personagens dela. E Um par para o Baile e 29 Encontros era uma das principais.
Maya- Prefiro morrer. E você ainda sim lembra? Sinceramente, até fiquei surpresa quando você recitou a Oh, Julieta.
Apolo- Surpreenda-se, my dear Maya.
Revirei meus olhos enclinando minha mão pegando uma roupa qualquer, logo sai do quarto e entrei no banheiro.
Maya- Você não tem faculdade pra ir, Cozinheiro do Chernobyl?
Apolo- Ai, meu Deus! Quase esqueci.
Ele ficou offline me fazendo ri deixando meu celular em cima da pia e em seguida comecei a tomar um banho gelado para tirar aquele calor.
Após terminar, guardei todas as coisas antes de descer as escadas e ir para a cozinha comer. Deixei o celular em cima do balcão, peguei o prato de dentro da geladeira, joguei o plástico fora e coloquei no microondas.
Me encostei no balcão na intenção de esperar, porém, uma ideia super louca surgiu na minha cabeça. Peguei o celular, abri o contato do meu pai e mandei mensagem para ele.
Maya- Pai? O que você falaria se eu tentasse arrumar um emprego?
Desliguei a tela do celular colocando novamente ele no balcão e cruzei meus braços esperando que ele respondesse.
A gente tinha um jeito estranho de se comunicar. Como meu pai trabalha pela noite, ele dorme a manhã inteira e as vezes acorda só 12h ou 13h. E quando eu tenho que falar algo com ele, é só mandar mensagem que ele acorda achando que é o alarme e assim por diante.
ㅡ 3... 2... 1... ㅡ Contei rindo ouvindo passos descendo as escadas, não demorou muito para que ele estivesse na porta da cozinha com o seu pijama engraçado e o celular em mãos.
ㅡ O que?
•••
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Meu Melhor Amigo
RomanceMaya e Apolo eram duas pessoas diferentes que se encaixavam numa amizade linda que foi construída de surpresa. Maya, uma garota apaixonada por arte na espera que o seu talento fosse reconhecido. Apolo, um belo de um cozinheiro de mão cheia e um garo...