Meu Melhor Amigo

33_ Mãos dadas.

Aquela tarde se seguiu como algo novo para mim. Definitivamente, nunca pensei que poderia me divertir tanto com pessoas que são meus amigos além do Apolo.

Entretanto, eu tinha me divertido bastante. Brincamos, comemos, rimos, dançamos, zoamos e quando o sol estava se pondo saímos do parque. No final, paramos numa praça que tinha perto dali e paramos num food-truk.

ㅡ Aqui é bem fresquinho. ㅡ Me pronunciei abraçando meus próprios braços, olhando para o Thiago que estava ao meu lado. ㅡ Tá bem movimentado para essa hora da noite.

ㅡ Não é tão tarde, Maya. ㅡ Apolo falou sentado na minha frente. ㅡ Hoje é domingo e os casais saem.

ㅡ Casais. ㅡ Rebeca, de repente, murmurou me fazendo olha-la.

ㅡ Ao meu ver, só a Maya e o Thiago. ㅡ Lucca ergueu as mãos. Naquele momento um silêncio estranho surgiu por alguns breves segundos.

ㅡ Só? ㅡ Priscila perguntou erguendo a sobrancelha encarando o Lucca.

Pus a mão na frente da minha boca para não rir daquela situação.

ㅡ Querem pedir alguma coisa? ㅡ Questionei, chamando atenção deles. ㅡ Na real, nem olhamos o cardápio.

Acabei rindo pegando o cardápio. Alguns minutos depois eu me dirigi até a van e me aproximei de uma garota de cabelos curtos cacheados.

ㅡ Oi! Er... Boa noite. ㅡ Tentei sorri simpaticamente para ela.

ㅡ Oi, flor, boa noite. ㅡ Ela sorriu. ㅡ O idiota do Saulo não foi te atender?

ㅡ Quem? ㅡ Fiz uma expressão confusa, vendo que ela revirou os olhos.

ㅡ Pelo visto, não. ㅡ Ela fez um sinal de espera, colocou a cabeça para a portinha da van e gritou. ㅡ SAULO!!!!

ㅡ FALA!!! ㅡ Escutei um grito, antes de um garoto moreno com uma roupa branca e vermelha aparecer. ㅡ O que é que tu quer, Lia?

ㅡ Anota os pedidos dela que eu estou fazendo o pedido da mesa 9. ㅡ A garota, chamada Lia, falou de uma forma grosseira antes de voltar a fazer o pedido.

ㅡ Beleza. ㅡ Ele assentiu olhando para mim. ㅡ Desculpa pela Lia. Ela está num dia ruim. Qual é o seu pedido?

Falei o pedido de todo mundo antes de voltar a mesa, vendo que eles já estavam numa conversa.

ㅡ Então, quer dizer, que você faz gastronomia? ㅡ Rebeca questionou rindo pegando no braço do Apolo.

ㅡ Sim! Eu sou apaixonado por gastronomia. ㅡ Apolo respondeu abrindo um sorriso.

Duas sensações me invadiram naquele momento. Uma; uma sensação de orgulho pelo Apolo. Ele sempre foi apaixonado por culinária, comida, cozinha, doces, pratos finos. Ele sempre implorava para eu assistir Ratatouille com ele, e assim ele pegou mais gosto pela coisa. A primeira receita que ele quis aprender foi o próprio prato Ratatouille.

Segundo; uma breve sensação de incômodo. Só que eu não sabia o porquê.

Umideci meus lábios desviando o olhar para a empolgação do Apolo em falar da gastronomia, em seguida enfiei minha mão na bolsa pegando o meu celular. Abri o Whatsapp e vi que tinha chegado uma mensagem da minha mãe.

Mãe- Oi, Maya! Espero que esteja se divertindo.
Você levou a sua chave, né?
Eu e o seu pai saímos para jantar e não sabemos a hora que podemos voltar.
Te amo, filha!

Sorri lendo a mensagem da minha mãe. Eu admirava a harmonia e o amor dos meus pais.

Maya- Oi, Mãe.
Trouxe sim.
Se divirta!

Respondi a mensagem antes de colocar o celular de volta na bolsa e, de repente, olhar para o Thiago que me observava com um sorriso.

ㅡ O que foi? ㅡ Coloquei a mecha do meu cabelo atrás da orelha, abaixando um pouco o olhar.

ㅡ Você sorriu. Me desconcentrei. ㅡ Senti minhas bochechas arderam assim que ele falou. ㅡ Espero que eu possa ser um dos motivos desse sorriso.

De repente, me pegando totalmente de surpresa, Thiago tocou a minha mão que estava em cima da mesa e entrelaçou nossos dedos.

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