( Narrado por Maya )...
ㅡ Então, quer dizer, que a Emily Kelly te convidou pessoalmente para ir a galeria dela amanhã? ㅡ Thiago perguntou enquanto segurava seu, sem surpresa, bolinho de doce de leite.
ㅡ Uiui, Maya! Que chique! ㅡ Lucca sorriu, em seguida foi abraçado pela Priscila. Percebi que estava rolando um clima bem diferente entre os dois e pareciam ser bom.
ㅡ Ai, amiga! ㅡ Priscila sorriu para mim empolgada. ㅡ Estou muito feliz por você.
ㅡ Eu também. ㅡ Rebeca murmurou de repente. ㅡ Eu não sei esse negócio de artes, mas se você e o Thiago estão felizes, estou também.
Encarei Rebeca um pouco desconfiada pela forma fofa que ela falou, entretanto, acabei sorrindo.
ㅡ Rebeca sendo fofa? ㅡ Thiago encarou ela com uma expressão confusa. ㅡ Ok, estou num mundo paralelo.
Rebeca deu um tapa no braço dele em seguida.
ㅡ Cala boca antes que eu mude de ideia e apoie só a Maya! ㅡ Rebeca revirou os olhos, mas logo riu.
Sorri com isso pegando erguendo a mão que segurava o celular, em seguida abri no contato do meu pai.
Maya- Oi, pai!
Depois da faculdade, não vou passar em casa ok? O pai do Apolo está no hospital e eu vou lá visita-lo.Desliguei a tela do celular e voltei a encarar o pessoal, Thiago me observou e franziu a testa.
ㅡ Tudo bem? ㅡ Ele perguntou colocando a mão na minha bochecha. ㅡ Você está com uma carinha estranha.
ㅡ Não é nada. ㅡ Balancei minha cabeça negando. ㅡ Eu só estou pensando mesmo.
ㅡ Quer passar na sorveteira que tem aqui perto depois das aulas? ㅡ Engoli em seco. ㅡ Eu pago tudo.
ㅡ Er... ㅡ Esfreguei minha nuca com um aperto no peito. ㅡ Desculpa, Thiago. Mas... eu vou ao hospital depois daqui.
ㅡ Hospital?? ㅡ Todos eles me encararam.
ㅡ Calma, gente! Eu não tô doente. É que o pai do Apolo está lá no hospital e eu vou fazer uma visita. ㅡ Expliquei delicadamente.
ㅡ Apolo, é? ㅡ O tom de voz estranho do Thiago ecoou me fazendo olhá-lo com a testa franzida. O maxilar dele estava travado e os seus olhos que sempre transmitiam carinho estava vazio.
ㅡ Sim. ㅡ Afirmei, balançando minha cabeça. ㅡ Por que?
Thiago, sem dizer nada, balançou a cabeça em concordância antes de voltar a comer seu bolinho. O que causou um silêncio entre nós.
*
Maya- Tudo bem, pai. Eu não estou com fome. Além disso, eu posso comer algo no caminho.Pai- Ok, filha. Eu passo lá no hospital e te busco para irmos a galeria as 15h. Ok?
Maya- Obrigada, pai.
Desliguei a ligação, em seguida abaixei minha mão encarando o pátio quase vazio. Suspirei, entretanto, Thiago passou ao meu lado chamando a minha atenção.
ㅡ Thiago! ㅡ Chamei-o. Ele demorou, mais do que o normal, para parar de andar e se virar. ㅡ Er... me desculpa por não conseguir ir com você a sorveteira. ㅡ Me aproximei dele. ㅡ Eu tenho que ver o Apolo, mas prometo que... ㅡ Ele me interrompeu.
ㅡ Apolo... ㅡ Ele murmurou balançando a cabeça. ㅡ Sempre o Apolo, né?
ㅡ Como assim?
ㅡ É sempre assim, Maya! Não importa o que eu faço para ter a sua atenção, mas o Apolo sempre continua no meio de nós.
ㅡ O que? Thiago, não é verdade! A gente já conversou sobre esse fato de que ele tomou a iniciativa naquela conversa marcando nosso encontro. ㅡ Toquei em seu braço, mas ele se afastou. ㅡ Ele achava que você era meu pretendente.
ㅡ Achava? ㅡ Thiago ergueu uma das sobrancelhas. ㅡ E agora já não acha mais?
ㅡ Não foi isso que eu quis dizer. Eu... ㅡ Ele me interrompeu.
ㅡ Maya, olha só, eu posso ser tudo no mundo. Menos idiota que entra num relacionamento com uma garota que tem outro homem na vida dela. ㅡ A voz do Thiago soou tão fria que me fez engolir em seco. ㅡ Eu só lhe peço uma coisa, Maya. Só uma coisinha. ㅡ Ele tocou em meu ombro, com o olhar vazio e escuro.
Aquele não era o Thiago que eu conheci.
ㅡ Escolha um de nós dois. ㅡ A sua resposta me fez arregalar os olhos. ㅡ É ele, ou eu.
•••
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Meu Melhor Amigo
RomanceMaya e Apolo eram duas pessoas diferentes que se encaixavam numa amizade linda que foi construída de surpresa. Maya, uma garota apaixonada por arte na espera que o seu talento fosse reconhecido. Apolo, um belo de um cozinheiro de mão cheia e um garo...