Sexta-feira, às 06:30 AM-
Véspera da exposição.ㅡ Como é que você esta? ㅡ Meu pai questionou, enquanto estávamos todos sentados a mesa do café quase em silêncio. É claro que no meio disso estava todas as provocações do Apolo, que mesmo com tudo que acontecia continuava abusando, conseguimos conversar e dormir bem.
ㅡ Eu estou bem. ㅡ Afirmei, deixando o copo de café já vazio em cima da mesa. ㅡ Por que?
ㅡ Estou falando em relação a amanhã. ㅡ Ergui meu olhar rapidamente ao meu pai.
ㅡ Eu também estou curiosa. ㅡ Minha mãe se pronunciou. ㅡ Ontem eu não tive tempo de falar com você, mas eu quero ter uma conversa hoje. Chegarei cedo hoje.
ㅡ Adoro quando posso passar mais tempo com você, querida. ㅡ Meu pai enclinou o rosto para minha mãe, e assim eles se beijaram.
Acabei rindo disso me levantando.
ㅡ Quer uma carona para a escola? ㅡ Apolo perguntou me fazendo olha-lo com um sorriso.
ㅡ Na sua garupa? ㅡ Questionei abrindo um sorriso.
ㅡ Tem ideia melhor?
ㅡ Nunca emprestaria meu carro ao Apolo. ㅡ Meu pai riu, num tom debochado.
ㅡ Ei! ㅡ Apolo exclamou enquanto se levantava. ㅡ Eu sei dirigir.
ㅡ Sabemos. ㅡ Meu pai deu de ombros. ㅡ Só que agora você tem outras distrações.
Abri minha boca em um perfeito O ao ouvir meu pai falando.
ㅡ O que?
ㅡ Eu sempre tive. ㅡ Apolo respondeu enclinando seu rosto e beijando a minha bochecha. ㅡ Vou pegar sua mochila lá em cima.
Apolo falou antes de passar por mim e saindo da cozinha. Caminhei até a minha para lavar a mão, entretanto, senti olhares em mim.
ㅡ Mãe, pai, não precisam me zoar por isso. ㅡ Me virei para eles. ㅡ Já sei o que tem em mente para dizer.
ㅡ Dizer? O que temos a dizer? ㅡ Minha mãe encarou meu pai, lançando um sorriso debochado. Ambos fingindo demência.
Revirei meus olhos na mesma hora.
ㅡ Até mais tarde. ㅡ Acenei para eles saindo da cozinha, encontrando com o Apolo que já descia as escadas.
Esperei que ele chegasse perto de mim e peguei sua mão entrelaçando nossos dedos pegando ele totalmente de surpresa. Acabei sorrindo para ele, que retribuiu no mesmo segundo, antes de sairmos de casa.
[...]
Me despedi do Apolo com um selinho antes de segurar firme a alça da minha mochila e começar a caminhar em direção ao prédio da faculdade. Não demorou muito para que eu encontrasse o Thiago me olhando e olhando para o Apolo que ainda estava atrás de mim.
Suspirei erguendo meu queixo, ainda me sentindo mal, antes de caminhar mais rápido até os corredores.
ㅡ Maya!! ㅡ Escutei um grito atrás de mim, da Priscila, em seguida olhei para atrás. Ela estava vindo abraçada com o Lucca. ㅡ O que é que foi aquilo?
ㅡ Aquilo o quê? ㅡ Perguntei um pouco confusa pelo seu tom, todavia, reconheci logo aquele sorriso malicioso. ㅡ Vocês viram?
ㅡ A faculdade toda viu, para falar a verdade. ㅡ Lucca respondeu rindo parando na minha frente. Acabei abaixando meus ombros colocando a mecha do meu cabelo atrás da orelha.
ㅡ Então, quer dizer, que se assumiram? ㅡ Priscila balançou as sobrancelhas repetidamente.
ㅡ Conto tudo quando a Beca chegar. ㅡ Pisquei o olho. ㅡ Aliás, cadê ela?
ㅡ Ela falou que vai demorar um pouco. ㅡ Pri respondeu. ㅡ Você não olhou o grupo?
ㅡ Gente, ontem foi um dia tão corrido... ㅡ Murmurei. ㅡ Desculpa. O que rolou?
ㅡ Thiago saiu do grupo. ㅡ Lucca deu de ombros me fazendo olha-lo. ㅡ E me deixou no vácuo desde ontem.
ㅡ É sério? ㅡ O encarei, com uma expressão de decepção.
Uma sensação ruim.
ㅡ Infelizmente, sim.
ㅡ Eu... eu... ㅡ Gaguejei, hesitante. ㅡ Desculpa, Lucca, isso tudo é culpa minha.
ㅡ O que? Não, Maya! Não é verdade!
ㅡ Mas eu que fiz ele ficar dessa maneira. ㅡ Exclamei, em pura agonia. Eu estava me sentindo péssima.
ㅡ Você não gostava dele como namorado, Maya! ㅡ Priscila chamou minha atenção. ㅡ Você não tinha obrigação de gostar dele da mesma forma. Não mandamos no coração.
ㅡ Não mandamos mesmo. ㅡ Afirmei, abaixando minha cabeça. ㅡ Não queria deixar vocês em um clima estranho.
ㅡ Não foi culpa sua, amiga. Fica tranquila.
Assenti, ainda meio receosa, até que a Rebeca chegou e nós três fomos para a sala. Lá, contamos tudo o que rolou para a Rebeca que se irritou na mesma hora.
Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Não mesmo.
*
Sentei-me no sofá, me enclinei tirando os meus tênis logo voltei a posição normal encostando minhas costas ali. Fiz uma expressão confusa ao ver que havia uma caixa enorme ao meu lado.Enclinei-me pegando a mesma e vendo que havia um pequeno cartãozinho lá. Peguei-o, li o que estava escrito e por sorte era o meu nome; Para Maya.
Sem demorar muito abri a caixa rasgando-a por inteira, meu coração pulsou na mesma hora, em seguida arregalei meus olhos ao ver que lá estava um vestido preto. Que, na verdade, era O VESTIDO.
Simplesmente, abri minha boca num perfeito O ao ver a beleza que tinha dentro daquela caixa. Era um vestido longo preto de um tecido fino, com alças finas e um pequeno decote na frente.
ㅡ Gostou? ㅡ Ergui meu olhar assim que ouvi a voz da minha mãe, que estava encostada no final da escada.
ㅡ Mãe... ㅡ Sussurrei, levantando a mão e erguendo o vestido. ㅡ Foi... foi a senhora?
ㅡ Sim.
ㅡ Mas... esse vestido não cabe no orçamento. ㅡ Tentei justificar, porém, ela balançou a cabeça se aproximando.
ㅡ Agora cabe. ㅡ Ela deu de ombros. ㅡ Comprei para amanhã. Vai ser o seu dia e eu quero que esteja a altura.
ㅡ Oh, mãe... ㅡ Murmurei deixando o vestido em cima da caixa e me aproximando dela. ㅡ Obrigada, mãe. Eu te amo.
ㅡ Eu também te amo. ㅡ Ela sussurrou antes de rodear seus braços sobre meu ombro e me abraçando.
•••
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Meu Melhor Amigo
RomanceMaya e Apolo eram duas pessoas diferentes que se encaixavam numa amizade linda que foi construída de surpresa. Maya, uma garota apaixonada por arte na espera que o seu talento fosse reconhecido. Apolo, um belo de um cozinheiro de mão cheia e um garo...