Meu Melhor Amigo

13_ Lembranças.

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3 anos atrás...

ㅡ Ok, Maya, não surta. É apenas o Apolo, nada além dele, um garoto super brincalhão que é um dos mais lindos que já vi na vida. ㅡ Murmurei sozinha enquanto me olhava no espelho.

Naquela época eu era apenas uma garota de 16 anos. Estava na adolescência, encontrando meus caminhos, descobrindo o amor, estava no primeiro ano do ensino. Aquele ano era para ter sido um ano de descoberta para acrescentar algo na minha vida.

No entanto, descobri alto mais do que isso. A paixão. Não soube exatamente quando eu me apaixonei pelo Apolo, mas lembro vagamente do quanto eu gostava quando ele sorria. O sorriso dele era extremamente encantador, os olhos deles tinham um brilho intenso que me fazia ficar boba. Tão boba que esquecia totalmente que ele não me via da mesma forma que eu.

ㅡ Maya? Vamos. ㅡ Minha mãe chamou a minha atenção me fazendo assentir. Durante o caminho até a escola eu passei em silêncio contando os segundos para chegar na porta da escola e receber aquele sorriso brincalhão de cara.

Me despedi da minha mãe assim que eu cheguei, segurei forte a alça da minha mochila e comecei a andar em direção ao portão do Colégio achando estranho o Apolo não ter aparecido.

Assim que eu pus os pés dentro do Colégio observei atentamente cada pessoa procurando pelo Apolo. Porém, não havia achado.

ㅡ Procurando por mim? ㅡ Tomei um susto ao ouvir a voz dele e, sem surpresa, abri um sorriso me virando para olha-lo. Percebendo o quanto ele estava lindo do mesmo jeitinho de sempre.

Abri um sorriso bobo enquanto meu coração pulsava fortemente dentro de mim.

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Atualmente...

Ter o Apolo em cima de mim daquele jeito com os nossos rostos próximos, lábios próximos, narizes próximos foi como uma pontinha de sensações que me fizeram lembrar de um sentimento antigo.

Lembrar daquele sentimento foi como uma porta para a minha adolescência na qual eu passei completamente apaixonada por ele. Sim, infelizmente, enquanto eu estava no ensino médio meu coração pertencia ao Apolo.

Nunca reparei quando foi o momento exato que eu me apaixonei pelo sorriso dele, ou pelo olhar dele. Mas, durante tempos eu fui guardando aquele sentimento para mim tomando coragem para dizê-lo o que eu sentia.

Sempre eu tomava coragem, eu olhava para ele que elogiava outras garotas e me fazia perder toda coragem. Tá certo, o Apolo nunca foi um daqueles adolescente que fica pulando de garota em garota.

Na verdade, ele sempre tentava namorar com algumas meninas, mas as garotas os rejeitavam por ele ser certinho demais. Pois é, o Apolo é um daqueles adolescente que quer encontrar a mulher da vida dele e se casar.

Em parte, sempre admirei esse pensamento dele. Na outra parte eu ficava chateada pelo fato dele escolher a pessoa errada e não reparar do QUANTO eu estava apaixonada por ele.

Com o tempo decidi guardar aquele sentimento dentro de mim e enterrá-lo totalmente. E assim eu esqueci daquele sentimento e comecei a construir uma grande amizade com ele sem lembrar dos sentimentos antigos.

Até agora.

Franzi minhas sobrancelhas ainda encarando o Apolo voltando a tona de toda aquelas lembranças. Percebendo que ainda continuávamos próximos o suficiente para sentir a respiração pesada dele bater em minha pele causando um arrepio estranho.

ㅡ Eu sei que sou irresistível, mas não precisava de tanto. Era só pedir. ㅡ A voz do Apolo soou com um sorriso idiota.

ㅡ Arg, Apolo, pelo amor! ㅡ Empurrei o mesmo no chão e me levantei rapidamente do chão. ㅡ Você é tão... ㅡ Procurei a palavra certa.

ㅡ Irresistível. ㅡ Apolo completou com um sorriso convencido me fazendo revirar os olhos dando as costas para ele. Pus minha mão no peito e, de repente, percebi que o meu coração pulsava forte dentro de mim ainda.

Engoli em seco olhando para o chão tentando fazer com que meu coração voltasse a bater no ritmo normal, porém, ao sentir o Apolo me abraçando por trás vez ele bater mais rápido.

ㅡ Apolo... ㅡ Ele me interrompeu.

ㅡ Você tá bem? Parece estressada.

ㅡ É... ㅡ Perdi as palavras enquanto ainda encarava o chão. ㅡ Creio que seja nervosismo. Entende? Na escola eu já estava acostumada pelo fato de eu estar lá desdo primeiro ano, e na faculdade estou chegando por agora. E é algo completamente diferente do colegial. ㅡ Minto.

É claro que eu não iria dizer pro Apolo que eu lembrei do que eu SENTIA por ele no ensino médio.

ㅡ Também sinto isso em relação a minha faculdade. ㅡ Apolo tirou seus braços de mim e andou até a minha frente pegando em minhas mãos. ㅡ Tá tudo bem. Com o tempo a gente acostuma, Maya, é só nervosismo de iniciante. Além disso, você vai ser uma grande psicóloga e também artista.

ㅡ Ah... ㅡ Ri balançando a minha cabeça. ㅡ E você, Apolo, vai ser um grande cozinheiro.

ㅡ Eu sei, eu sei, eu sei. ㅡ Ele passou a mão pelo cabelo voltando com o seu sorriso convencido. ㅡ Eu sou um máximo.

ㅡ Ah, começou! ㅡ Revirei meus olhos empurrando ele. ㅡ Me ajuda a arrumar a sua cama.

ㅡ O que? Eu vou dormir na SUA cama! ㅡ Ele deu de ombros e se jogou na cama em seguida.

ㅡ Não, não, não, Apolo! ㅡ Gritei indo até ele para tentar tira-lo da cama. ㅡ Você é muito espaçoso, não rola dormimos na mesma cama!

ㅡ Você que tá dizendo.

ㅡ Andaaaaaa... ㅡ Puxei a sua camisa na tentativa de tira-lo da cama novamente, porém, não deu certo. ㅡ Tá! Ok! Mas, chega mais para lá.

ㅡ Ok, mamãezinha. ㅡ O seu deboche me fez revirar os olhos deitando ao seu lado e me virando para cima.

Enquanto eu encarava fixamente o teto, senti o Apolo passando seu braço por cima de mim e se aproximando. Aos poucos, ele se aproximou mais deitando sua cama em cima do meu ombro.

Olhei para ele lentamente vendo que os seus olhos estavam fechados e a sua respiração calma.

Sorri passando meu braço pelo ombro dele e enclinando minha mão até seu cabelo. Comecei a acareciar seus cabelos, em seguida fechei meus olhos dormindo calmamente.

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