De primeira, eu pensei em milhares de perguntas para tentar entender aquela situação. Primeiro, por que a Lina estava com o telefone do Apolo?
Segundo, por que raios eu senti ódio asim que ouvi aquela voz?
Ah, ok. Aquele bendito ensino médio.
Apertei os olhos com força desligando a ligação após obsorver aqueles longos segundos. Abaixei o celular e encarei a tela do mesmo me perguntando o porquê de eu estar sentindo aquilo.
De novo.
ㅡ O que foi? ㅡ Meu pai perguntou chamando a minha atenção.
ㅡ Não era ele. ㅡ Afirmei, mordendo o interior da minha bochecha. ㅡ Era a... Lina.
ㅡ Lina? ㅡ Meu pai fez uma expressão confusa, em seguida se afastou. ㅡ Ele deve tá na faculdade, então. Não se preocupe, mais tarde ele estará aqui.
Assenti ouvindo seus passos se afastado, em seguida a porta do porão ser fechada. Voltei a observar o quadro na minha frente e erguendo a mão colocando o celular em cima da mesa.
Por que eu estava sentindo aquilo? É claro que eu tinha acabado de perceber que eu nunca deixei de gostar do Apolo, mas mesmo assim. O que eu estava sentindo não era nada mais, nada menos que ciúmes.
Abaixei minha cabeça no mesmo ritmo que meus ombros. Em seguida me levantei da cadeira pegando o quadro, coloquei ao lado dos outros e peguei uma das telas brancas.
Coloquei sobre o cavalete, peguei a paleta de cores e o pincel. Novamente, Apolo estava na minha cabeça e eu precisava extravasar o que eu não conseguia dizer com palavras.
*
Lavei minhas mãos assim que terminei jantar, atrás de mim já pude ouvir os passos inquietos da minha mãe. Franzi minha testa enxugando minhas mãos antes de me virar e olha-la.Ela estava encostada no balcão que tinha ali e me encarava com os braços cruzados.
ㅡ O que foi? ㅡ Questionei, cruzando meus braços também enquanto me encostava na pia.
ㅡ Seu pai me disse que você estava um pouco chateada em relação ao Apolo. ㅡ Ela me analisou de cima abaixo.
ㅡ Mãe, não é nada demais. ㅡ Murmurei.
ㅡ Seu pai não me falaria se não fosse. ㅡ A sua resposta me fez abaixar os ombros hesitando por alguns segundos.
ㅡ Eu fiz o que a senhora falou. Observei as duas pessoas e percebi as coisas que eu sentia com cada um delas. ㅡ Comecei a explicar, hesitante.
ㅡ E qual foi a conclusão?
ㅡ Ainda gosto do Apolo. ㅡ Afirmei, erguendo as mãos. ㅡ O que eu mais temia aconteceu. Os sentimentos voltaram e eu fiquei com ciúmes pelo fato que... a Lina atendeu!
ㅡ Hm... ㅡ Minha mãe balançou a cabeça concordando. ㅡ E o que você vai fazer em relação a isso? Vai fazer a mesma coisa que o ensino médio? Deixar que tudo se repita?
ㅡ E eu tenho que dizer a ele? ㅡ Questionei, erguendo a sobrancelha.
ㅡ Eu aconselho a você fazer isso, Maya. Você não disse no ensino médio e ficou com o coração partido por anos.
ㅡ Mas, mãe, ele continua sem sentir nada por mim!
ㅡ Ele nunca disse isso. ㅡ Ela se aproximou pegando em meu ombro. ㅡ Conversa com ele, filha, por favor. Lhe garanto que se colocar tudo para fora vai se sentir bem melhor. ㅡ Ela abriu um sorriso em seguida. ㅡ E, quem sabe, descobre algo surpreendente.
A mesma piscou o olho sorrindo maliciosa antes de sair da cozinha me deixando confusa.
•••
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Melhor Amigo
RomanceMaya e Apolo eram duas pessoas diferentes que se encaixavam numa amizade linda que foi construída de surpresa. Maya, uma garota apaixonada por arte na espera que o seu talento fosse reconhecido. Apolo, um belo de um cozinheiro de mão cheia e um garo...