SEIS MESES DEPOIS...
Maya- Ok, ok, eu entendo que estou atrasada em relação a próxima exposição. Mas, falta apenas um quadro.
Alicia- Oh, Maya, desculpa pela inconveniência. Só que os sócios estão cobrando. A próxima exposição é nessa quarta.
Maya- Tudo bem, Alicia. Eu vou... vou tentar pintar algo ou procurar um quadro que eu já tenho.
Alicia- Lembre-se, Maya, o prazo vai até amanhã. Nada mais que isso.
Desliguei a ligação após me despedir da Alicia. Abaixei minha mão, rolei meus olhos pelo quarto e suspirei ao vê-lo completamente bagunçado. Não estava me reconhecendo.
Seis meses havia se passado depois de tudo que aconteceu. Seis meses que foram uma completa bagunça em relação a minha vida de estudante e a minha vida como profissional da arte. As coisas tem sido mais complicadas para mim.
Agora eu era conhecida mundialmente pelos meus quadros e tinha trabalhos para fazer. Como, por exemplo, criar conteúdo para a minha rede social e pintar novos quadros para as inúmeras exposições que tem sido uma atrás da outra.
Em relação a faculdade, tudo estava indo bem. Eu tenho focado bastante na minha parte psicóloga e tenho estudado bastante também junto com as meninas. O Thiago, infelizmente, se afastou realmente do grupo e também ficou mais afastado do Lucca. Ele ficou bem mal com isso.
Priscila e Lucca estavam bem num relacionamento super fofo e saudável. A maior parte do tempo eu e a Rebeca ficávamos de vela, mas não nos importavamos. Rebeca também tem sido a melhor versão dela, mais focada na faculdade e completamente dedicada a sua vida de universitária.
Tenho me orgulhado tanto dela.
Hoje é uma segunda-feira, o relógio marcava 06:30 da manhã e eu já estava pronta para a faculdade. Eu havia acordado cedo para tentar pintar, porém, não consegui nada então resolvi me arrumar.
A próxima exposição aconteceria na quarta e eu tinha que entregar mais um quadro para completar, entretanto, estava com um imenso bloqueio criativo. Infelizmente.
ㅡ Bom dia, filha! ㅡ Minha mãe passou pela porta do quarto com um sorriso.
ㅡ BOM DIA! ㅡ Gritei em seguida.
Ergui minha mão pegando a minha mochila, no segundo seguinte sai da sala segurando o celular em minha mão. Entrei na cozinha e vi que o meu pai, como de costume, já estava com o seu pijama engraçado e tomava seu café.
ㅡ Bom dia, pai.
ㅡ Bom dia, Maya.
ㅡ Eu ouvi você no telefone. Cobrança de novo? ㅡ Minha mãe perguntou enquanto se sentava na cadeira ao lado do meu pai.
ㅡ É. ㅡ Assenti me enclinando e pegando dois pedaços de bolo. ㅡ Alicia disse que eu só posso entregar até amanhã.
ㅡ Nada ainda? ㅡ Meu pai me encarou. Balancei a cabeça negativamente, em seguida comecei a tomar meu café. ㅡ E o Apolo?
ㅡ Ah... ㅡ Liguei o meu celular e estranhei ao ver que não tinha mensagem dele. ㅡ Não sei. Talvez não tenha acordado.
ㅡ Ele não vai vim buscar você? Que milagre.
Acabei rindo do deboche da minha mãe.
Nesses seis meses, devo admitir que as coisas tem sido mais fáceis com o Apolo. Ele tem melhorado muito após três meses de luto intenso, ele tem chorado menos e aos poucos estava voltando a ser o Apolo de sempre. Nesse quesito, estamos em bastante sincronia.
A dois meses, eu pedi ele em namoro numa surpresa para nós dois. As minhas emoções estavam a flor da pele e eu simplesmente pedi ele em namoro em uma conversa super normal. Ele aceitou na maior animação.
Assim que terminei meu café me despedi dos meus pais e saí da cozinha pegando o celular para mandar mensagem para o Apolo. Entretanto, fui interrompida por barulhos estranhos vindo do lado de fora da casa. Até que uma pedra foi arremeçada no vidro da janela.
ㅡ O que é isso? ㅡ Perguntei confusa me aproximando da janela, abri a mesma e vi que quem estava do lado de fora era o Apolo. ㅡ Apolo!!! ㅡ Gritei irritada. ㅡ Apolo, o que está fazendo??
Ele se abaixou apoiando um dos joelhos no chão, colocou uma das mãos no peito e ergueu a outra, em seguida fez uma expressão triste.
ㅡ Ei, Julieta! Me atende, Julieta! ㅡ Ele fez uma expressão confusa logo em seguida, isso me fez rir. Aquela sensação de... Déjà vu. ㅡ Ainda não lembrei do resto.
ㅡ Apolo, para com isso. ㅡ Balancei minha cabeça rindo saindo da janela, correndo até a porta e sai de casa rapidamente. Comecei a me aproximar dele.
ㅡ Vou falar a minha parte preferida. ㅡ Apolo sorriu. ㅡ Oh, Julieta. Onde estás, Julieta?
ㅡ Estou aqui, meu caro Romeu. ㅡ Entrei na brincadeira me aproximando mais dele. ㅡ Eu amo quando você tenta recitar peças do ensino médio e não se lembra da metade delas.
ㅡ Eu amo você.
ㅡ Eu também amo você.
Aproximei meus lábios do dele e o beijei, sentindo suas mãos se levantando e segurando meu pescoço.
ㅡ EI!! ㅡ Nos separamos rapidamente ao ouvir o grito do meu pai. Olhamos para atrás e vimos que ele e a minha mãe estavam na janela. ㅡ TEM COMO PARAR DE RECITAR PEÇAS FEITO UM MALUCO??? PELO AMOR DE DEUS, NÃO AGUENTO MAIS!
ㅡ Viu, Romeu! ㅡ Ri debochado do Apolo, pegando em sua mão e o puxando para fora dali ouvindo sua risada em seguida.
Aquele era a minha vida. Com o meu maluco, meu Romeu, meu amor, minha vida e principalmente... Meu Melhor Amigo.
E eu o amava loucamente. Assim como no ensino médio, e será assim até o fim das nossas vidas.
ㅡ O que foi? ㅡ O encarei ao ver que ele estava me observando.
ㅡ Sensação boa de... Déjà vu. ㅡ Ele se enclinou e beijou minha testa.
ㅡ Também estou sentindo a mesma coisa. ㅡ Enclinei meu rosto deixando um selinho nos seus lábios antes dele subir na bicicleta e em seguida subi também. Abracei sua cintura e encostei minha cabeça em suas costas.
Ah, aquele amor...
ㅡ EU TE AMO, MAYA! ㅡ Apolo gritou enquanto começou a pedalar rápido. Aquilo me fez rir.
ㅡ EU TE AMO, APOLO! ㅡ Gritei em seguida sentindo uma forte sensação boa aquecer meu peito.
Era o grande amor que eu sentia pelo Meu Melhor Amigo.
FIM!!!
♡
5/5... Ou melhor, último capítulo.
ENJOY!
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Meu Melhor Amigo
RomanceMaya e Apolo eram duas pessoas diferentes que se encaixavam numa amizade linda que foi construída de surpresa. Maya, uma garota apaixonada por arte na espera que o seu talento fosse reconhecido. Apolo, um belo de um cozinheiro de mão cheia e um garo...