12_ Dorme com a Maya.

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ㅡ APOLO!!!! ㅡ Gritei irritada tentando bater no Apolo, enquanto ele apenas ria da minha cara tentando se defender dos meus tapas. ㅡ O que você fez????

ㅡ Ai, Maya, para!! ㅡ Apolo gritava enquanto tentava se defender. ㅡ Eu só mandei uma mensagem para o seu pretendente!

Parei de tentar bater nele me sentando na cama antes de encara-lo com a sobrancelha erguida.

ㅡ Quantas vezes eu preciso dizer que o Thiago não é o meu pretendente? ㅡ Perguntei na maior calmaria tentando não surtar. ㅡ Ele é só um amigo!

Apolo abriu um sorriso tão cínico que me fez perceber que não adiantaria nada eu continuar a explicação. Pela cara dele já dizia que entrava por uma orelha e saía pela outra.

ㅡ Agora eu não tenho como recusar. ㅡ Apontei para a mensagem. ㅡ Por que você tá me empurrando para o Thiago? Vai parecer que eu tô desesperada. Eu mal conheço ele!

ㅡ Nós conhecemos essa bendita fala. ㅡ Ele levantou da cama dando um sorriso idiota, em seguida apontou para a minha estante de livros. Revirei meus olhos automaticamente.

ㅡ Não estamos em um romance, Apolo. ㅡ Levantei-me da cama. ㅡ E isso não é um clichê.

ㅡ Você que tá dizendo. ㅡ Ele resmungou enquanto ria. Coloquei a mão na minha cintura encarando-o. ㅡ Vai sair com o Thiago?

ㅡ Amanhã eu converso com ele ou invento uma desculpa melhor. ㅡ Murmurei colocando as mãos no meu cabelo. Por que eu tinha um amigo tão irritante que gostava de aprontar como o Apolo? Fala sério! ㅡ E eu ainda tô com raiva pelo que você fez. Ah, coloca uma coisa na sua cabeça, o Thiago NÃO é meu pretendente.

Ele, como sempre, apenas sorriu para mim de um jeito debochado e inocente. Revirei meus olhos respirando o mais fundo que consegui.

ㅡ MAYA E APOLO! DESÇAM PARA O JANTAR!!! ㅡ Minha mãe gritou do andar de baixo fazendo o Apolo suspirar aliviado correndo para fora do quarto antes de mim. Sabia que ele estava fugindo.

Saí do quarto balançando a cabeça em negação, desci as escadas calmamente e entrei na cozinha percebendo que o Apolo estava sentado na minha cadeira.

ㅡ EI! ㅡ Gritei correndo até ele e comecei a empurra-lo. ㅡ Essa cadeira é minha!!

ㅡ Não é mais! ㅡ Apolo pegou em meu braço e me puxou com tanta força que me fez sentar na cadeira do seu lado.

Já deu para perceber que quando estamos juntos, praticamente, agimos como crianças.

Revirei meus olhos me dando por vencida, em seguida olhei para os meus pais que estavam nos encarando.

ㅡ O que foi?

ㅡ Vocês são esquesitos. ㅡ Meu pai resmungou me fazendo rir balançando minha cabeça. Apolo, num deboche dele de sempre, riu alto fazendo que todos olhasse para ele.

Era uma noite normal com o meu melhor amigo debochando e irritando.

*

ㅡ Ah, Maya, você ficou o dia inteiro no porão pintando e agora vai voltar pra lá? ㅡ Apolo perguntou enquanto me seguia. Revirei meus olhos balançando minhas mãos que estavam um pouco molhadas.

ㅡ Você já não deveria ter ido embora? ㅡ Me virei encarando ele.

ㅡ Tá me expulsando?

ㅡ Eu não falei isso. É só que... ㅡ Acabei rindo sem saber o que responder. ㅡ Deixa pra lá. Voltando ao assunto, eu... ㅡ Naquele momento a minha mãe saiu da cozinha e nos olhou.

ㅡ Já pararam de discutir? ㅡ Ela colocou as mãos na cintura. ㅡ Ótimo. E você, Apolo, está tarde então você pode ficar ai. Dorme com a Maya.

ㅡ O que??

ㅡ Eba!! ㅡ Apolo bateu palmas animado enquanto dava pulinhos.

ㅡ O que? Mãe, passar a noite inteira com o Apolo? É tortura! ㅡ Bati meu pé no chão.

ㅡ Não aja como se nunca estivesse dormido com ele, Maya. É seu melhor amigo, você que lute. Euem. ㅡ Minha mãe ergueu as mãos passando por nós e logo subiu as escadas.

Coloquei uma das minhas mãos na cintura me virando lentamente para o Apolo que sorria inocentemente.

ㅡ É sério que vai passar a noite aqui? ㅡ Questionei.

ㅡ Vou falar com a minha mãe! ㅡ Ele sorriu de um jeito empolgado correndo até as escadas.

Abaixei meus ombros suspirando antes de ir até a escada também e começar a subi-la. Entrei no quarto percebendo que o Apolo não estava lá, então fui até o guarda roupa e abri para pegar os lençóis necessários.

ㅡ O que tá fazendo? ㅡ Quase tomei um susto ao ouvir a voz do Apolo.

ㅡ Pegando lençóis. Ou você achou que dormiriamos na mesma cama?

ㅡ Poxa. É uma pena, sabe? Assim você sentiria a quentura sexy do meu corpo. ㅡ Fiz uma careta me virando para o Apolo que sorria de um jeito convencido.

ㅡ Desculpa por negar esse corpo. ㅡ Murmurei debochando indo até a cama e me enclinando para ele. ㅡ Mas, dispenso.

ㅡ Você que tá perdendo. ㅡ Apolo enclinou a sua cabeça também ficando a centímetros do meu rosto.

ㅡ Ah, é? Não me diga! ㅡ Debochei voltando a posição normal para ir até o guarda roupa novamente, porém, Apolo pegou na minha mão antes disso me puxando.

Só que não foi um puxão normal, foi nem diferente e estranho. Eu não percebi que ele havia desforrado a cama e que o lençol estava debaixo dos meus pés, mas foi o suficiente para que eu escorregasse e ir diretamente para o chão.

No entanto, Apolo me puxou de novo achando que me ajudaria a se livrar do tombo. Só que não foi isso que aconteceu, acabou que eu puxei ele mais forte e que os dois foram parar no chão. Um em cima do outro.

Arregalei meus olhos rapidamente encarando os olhos do Apolo que estavam EXTREMAMENTE próximos do meu. Contudo, reparei que nossos narizes se tocavam e faltava bem pouco para que nossos lábios também se tocassem.

Rapidamente, meu coração palpitou.

•••

Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora