👹 Capítulo I 👻

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\__Seath__/

_Eu sou Seath, um jovem garoto no auge dos meus 15 anos de idade, fanático por absorver mais conhecimentos, já li todos os livros que eu poderia ter em minha disposição, por ser filho único, tive a atenção de meus pais toda pra mim, logo minha infância foi cheia de afeto, e isso me ajudou a ler todos os livros que eu queria. Mas, como tudo na vida, isso deveria ter um fim.

Então, em uma noite fria causada pela chegada do inverno, eu estava em meu quarto lendo o último livro que eu tinha pra ler, falava sobre o demônio mais temido que já existiu, seu nome era Samyueru, ele era tão forte que superou um dos deuses centrais mais fortes que já existiu. Bom, isso é o que o livro diz, pra mim, nada disso existe, são só contos que os pais contam para as crianças antes de dormirem, e os deuses são só humanos que se acham fortes de mais pra serem equiparados, então se nomeiam deuses.

Alguém bate na porta de meu quarto que estava fechada. E pela voz, era minha mãe.

- Venha jantar!

Eu deixei o livro aberto em cima da minha cama e me levantei, andei até a porta e saí de meu quarto, fui até a cozinha, meu pai e minha mãe estavam sentados nas cadeiras da mesa já comendo, eu andei até a cadeira ao lado de minha mãe que ficava de frente com a de meu pai, meu prato já estava com a comida, peguei o garfo e comecei a comer.

- Seu novo livro fala sobre o que? - perguntou meu pai

- sobre demônios, deuses e também de anjos! - respondi

- hum, interessante, e o que acha disso? - minha mãe me perguntou

- eu acho bobagem, deve ser só...

Quando eu ia terminar minha frase, ouvi batidas desesperadas na porta de casa, alguém tentava de todo jeito abrir a porta mas não conseguia, pois estava trancada. Ficamos em silêncio ouvindo os barulhos da porta e olhando atentamente para ela.

- Irei ver o que é! - disse meu pai

Meu pai é um homem de grande porte, comparado a mim que sou um garoto magro de aparência considerável frágil.

Meu pai pegou sua faca de cima da mesa e se levantou andando lentamente na direção da porta, minha mãe se levantou e ficou em minha frente na tentativa de me proteger de qualquer coisa que estivesse atrás da porta. Os barulhos da porta continuaram então não consegui ouvir quando meu pai abriu a porta e nem o que havia atrás da porta. Até que os barulhos se sessão e escuto minha mãe dar um grito, fecho meus olhos e coloco minha mão tampando com força os olhos pra não conseguir ver o que estava acontecendo, eu estava com medo. Abaixei a cabeça encostando ela nas costas de minha mãe pra ter certeza de ela ainda estava ali, e estava.

Até que eu pude sentir que algo atingiu ela com força, escuro o barulho de minha mãe caindo no chão. O que está acontecendo? Por que isso está acontecendo?

Passaram-se alguns segundos e eu comecei a escutar uma respiração forte, o que quer que seja, estava bem na minha frente. Não consegui me conter e tirei minhas mãos de meus olhos, pude perceber que elas estavam tremendo muito. Endireitei minha cabeça pra frente e abri os olhos lentamente. Assim que os abri, pude ver uma criatura parada bem na minha frente olhando diretamente pra mim, seu corpo era o de um humano mas ele claramente não era humano, sua pele era acinzentada possuindo diversas marcas pretas pelo corpo, olhos possuíam a cor mais avermelhada que já vi em toda minha vida. Suas mãos estavam sujas de sangue e em seu pescoço, pude ver que a faca que meu pai havia pegado na mesa estava cravada lá.

Meus olhos começaram a se encher de lágrimas, lágrimas que eu pensei não existir, a lágrima do medo, eu conseguia sentir meu coração batendo a uma velocidade tão alta que eu poderia ter um ataque cardíaco. Minha respiração estava ofegante e eu sentia meu corpo frio.

O homem/monstro colocou sua mão em meu ombro, com aquele toque pude sentir o que meus pais sentiam antes de morrer, meu pai estava fazendo o possível para derrotá-lo e nos salvar, mas foi morto rapidamente, minha mãe vendo aquela cena, ficou com muito medo, e quando o monstro chegou perto dela ela entrou em desespero e gritou. Também pude sentir os sentimentos de diversas outras pessoas que eu não conhecia através do toque deste mostro.

Dentre todos os sentimentos que eu senti, todos tinham uma semelhança, todos estavam desesperados, menos o de meu pai, que estava sentindo coragem e determinação, ele era o único que mesmo estando diante da morte se mantida firme pra não perder o controle de si. Mas eu não sou como meu pai, eu estou desesperado, será que vou morrer agora? Será que vou morrer como os outros morreram?

Então, começo a sentir uma queimação subindo de meu ombro até meu pescoço, que era onde o monstro estava segurando, a dor era imensa, não sei como explicar a dor que eu senti naquele momento, só sei que era muito dolorosa e que não pude conter o grito de dor, mesmo paralisado pelo medo. Depois de alguns segundos o homem tirou sua mão de mim, eu caí no chão enjoado pela dor. Pude ver o monstro dando as costas para mim , pude vê-lo passando pelo corpo de meu pai, saindo e fechando a porta de casa.

E eu estava sozinho, minha última visão antes de perder a consciência foi os corpos inertes e ensanguentados de meus pais, meu ombro latejava, as veias de meu pescoço pulsavam, meu corpo tremia ainda paralisado pelo medo. E então perco a consciência.

The Eye of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora