👹 Capítulo XLVI 👻

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\__ Saeth __/

Ainda abraçado a Marrya, eu sentia seu coração batendo cada vez mais fraco. Continuei abraçado a Marrya até que eu já não sentisse mais nenhuma energia vindo de seu corpo. As lágrimas caíam de meu rosto. Estava sentindo uma mistura de sentimentos, raiva, tristeza, culpa e mais outros.

Eu não queria me separar de Marrya, não queria aceitar que ela havia morrido, queria ter visto seu sorriso mais uma vez. Não queria estar nessa situação.

Após alguns minutos, coloquei o corpo de Marrya no chão com todo o cuidado do mundo, as lágrimas não paravam de cair de meus olhos, mas eu não me importava. O sangue de Marrya estava em minhas mãos, e as últimas lembranças que tive com ela foram passando por minha mente.

Nesse momento me pergunto se vale mesmo a pena continuar e seguir em frente, quantas pessoas mais eu irei ver morrer bem na minha frente? Eu já estava piscologicamente abalado. Não quero mais continuar com isso, não quero mais perder pessoas, eu não serei capaz de aguentar mais uma perda.

Depois de tudo que vivemos, por que teve que ser você? Eu não consigo acreditar que você realmente se foi. Por que teve que ser assim? Por que eu sou tão incapaz de proteger as pessoas? Por que as pessoas continuam morrendo mesmo eu fazendo o meu melhor? Por que?

Comecei a sentir um cheiro doce no ar, era um cheiro de uma flor que eu sabia bem qual era, era uma flor que Marrya gostava muito, e quando olhei para o corpo de Marrya eu descobri de onde o cheiro vinha. Uma borboleta pairava no ar próxima ao corpo de Marrya.

Os momentos que tive com Marrya ainda passavam por minha cabeça, me relembrando de como eu a conheci e de como foi a nossa convivência até aquele momento

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Os momentos que tive com Marrya ainda passavam por minha cabeça, me relembrando de como eu a conheci e de como foi a nossa convivência até aquele momento. Parece que meu mundo havia caído, minha motivação foi toda ao chão, eu não via mais motivo em continuar com esse meu pacto, do que adiantaria chegar ao fim? O que isso me daria em troca.

Voltei ao "mundo real" quando comecei a sentir a energia de Anael, ele ainda estava vivo. Por que ele continua vivo mesmo depois de estar com todos aqueles ferimentos?

Pude sentir que Anael estava se aproximando em uma velocidade absurdamente alta, mas eu estava conseguindo acompanhá-lo sentindo sua energia, Anael estava agora próximo o bastante para desferir um ataque, pude sentir uma raiva enlouquecedora vindo de Anael, mas por algum motivo ele estava bem animado com isso, pra ele era uma luta perfeita contra o adversário perfeito. O único problema, é que na mente dele eu desviaria daquele golpe facilmente, mas meu corpo estava paralisado, eu mesmo já não via motivos para continuar vivo, se aquele golpe tem a chance de tirar minha vida, talvez eu devesse deixar que me atingisse, talvez assim seria a única forma de eu não ver mais mortes de pessoas importantes. Talvez seja a unica forma de acabar com o vazio que se formou em meu peito por causa da morte de Marrya.

Eu estava decidido a não desviar, seria o melhor, mas por algum motivo, eu ainda sentia medo de morrer, sentia que mesmo depois de perder tudo, ainda seria possível perder mais coisas se eu morresse.

Mas então, alguma coisa aconteceu, pude sentir que algo passou por mim com uma velocidade tão grande que mesmo eu não consegui acompanhar, e após alguns segundos, percebi que Anael já não estava próximo a mim, e que Bolthorn estava ao meu lado, ele estava diferente, sua energia havia mudado, parece ter se fortificado mais.

- O que pensa que está fazendo? Pretende morrer aí parado? - gritou Bolthorn

E então, uma vontade de matar extrema surgiu, minha raiva por Anael havia saído de controle, como se meu corpo tivesse aceitado a morte dela e que queria se vingar. Mas meu corpo ainda estava paralisado, como se meu coração quisesse lutar e minha mente me impedisse.

E então, eu apareci em um lugar totalmente escuro, dois olhos enormes brilhavam na escuridão distantes de mim, até que uma pequena quantidade de luz apareceu, eu estava diante de um ser gigante.

E então, eu apareci em um lugar totalmente escuro, dois olhos enormes brilhavam na escuridão distantes de mim, até que uma pequena quantidade de luz apareceu, eu estava diante de um ser gigante

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Criatura gigante

- Olá Saeth, como vai? - perguntou a criatura

- Como sabe meu nome? - perguntei

- Eu sou o Demônio Ancestral, o primeiro demônio a ter existido no mundo, seu de tudo, e bom, você está em uma situação complicada agora, seu poder demoníaco passou por uns maus bocados hein.

- Calma, calma, calma, você é o Demônio Primordial? Aquele conhecido não como rei, mas como deus dos demônios?!

- Ual, faz tempo que não escuto isso!

- Mas espera... Por que estou aqui? Onde estão os outros? - perguntei

- Bom, após você sofrer alguns traumas, seu poder demoníaco está fora de controle, agora ela estará sob comando de seu corpo e destruirá tudo que estiver pela frente. Isso é normal, acontece com alguns, é natural, depois que a pessoa perde o sentido da vida o poder demoníaco como forma de evitar que essa pessoa perca a vida toma controle do corpo da pessoa assim, eliminando qualquer um que ela considere uma ameaça! - respondeu o Demônio Ancestral

- E tem alguma forma de controlar isso?

- Até tem, mas você não. Eu consigo controla-lo, mas por apenas alguns dias, e só, então preciso que você faça o que é necessário o mais rápido possível!

- Então você está me dando um tempo para que eu volte e consiga lutar com tudo sem alcançar o limite do poder demoníaco?!

- Não, eu o trouxe aqui antes que o poder demoníaco dominasse seu corpo, para que eu pudesse o controlar impedindo ele de destruir seu corpo, porque seu poder demoníaco é forte demais até mesmo pra mim o controlar, então, só posso garantir sua segurança por alguns dias, então vá logo!

- Então se eu voltar agora, e lutar com todo o meu poder, você vá garantir a minha sobrevivência? - perguntei

- Por enquanto sim, agora vai, vamos ver o quão poderoso você realmente é, talvez digno de ser um rei!

E então voltei a meu corpo, eu estava olhando diretamente para o corpo de Marrya, atrás de mim eu sentia Bolthorn lutando com dificuldades contra Anael. Minha hora de brilhar chegou, vamos ver até onde eu posso chegar.

The Eye of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora