👹 Capítulo XXVI 👻

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\__ Saeth __/

Ao passar a noite inteira vendo quais eram as minhas capacidades, descobri que o que eu conseguiria fazer envolvia principalmente as sombras, por Baldo ser o demônio das sombras, e por eu ter feito um pacto com ele e conseguido parte das habilidades dele, eu consigo controlar a sombra. Também aproveitei para treinar um pouco o meu físico. A madrugada não foi muito boa, eu sentia algumas criaturas através das árvores, o que me incomodava bastante.

Marrya havia acordado no momento em que eu cozinhava o segundo coelho que eu havia caçado ontem a noite.

- Bom dia Saeth! - disse Marrya sorrindo.

- Bom dia! - eu respondi

- Como foi a noite? Conseguiu dormir? - perguntou Marrya

- Não, eu estava sem sono!

Marrya olhou para o coelho que estava na fogueira cozinhando.

- Esse é o café da manhã? - Marrya perguntou

- Sim, temos uma pequena caminhada ainda então vai ser bom ter mais energia! - respondi

O coelho estava pronto, comemos e nos preparamos para partir.

- Eu sinto que estamos bem perto da civilização, será que serei aceita novamente? - se perguntava Marrya

Eu não tinha algo para falar pra Marrya naquele momento, pois eu me fazia a mesma pergunta, pra onde Marrya iria se ela não fosse aceita? Pelo que ela me disse, ela iria para os anjos, mas, seria uma situação bem ruim.

- Mas eu confio que serei aceita, não quero mais ter que fica longe de quem amo...! - comentou Marrya

Comecei a andar e Marrya veio ao meu lado, eu sentia um leve vestígio de magia pelo ar, então acredit6que qualquer criatura mágica que tenha passado por aqui, passou a algum tempo.

Andamos por menos de 30 minutos e eu comecei a sentir uma forte presença de magia, olhei para Marrya e não era ela.

- Estamos perto! - disse Marrya animada.

Então Marrya começou a correr na direção que a forte magia estava vindo, corri atrás dela.

- Marrya espere!

Marrya passava por entre as árvores, eu só estava conseguindo localiza-la pois memorizei sua presença, Marrya correu por mais alguns metros e parou, parei ao lado dela, ela estava com a respiração curta e rápida. Marrya estava olhando com muita atenção para frente, e assim que olhei, vi que havia uma árvore gigante a alguns metros de onde estávamos, e era essa árvore que estava liberando uma quantidade absurda de magia, com certeza não era uma árvore qualquer.

- E-Eu finalmente estou aqui de volta... Faz tanto tempo...! - disse Marrya

Marrya lentamente começou a andar até aquela árvore gigante.

- Olha Saeth, é tão belo... Nem parece que quando querem eles conseguem se tornar monstros...!

Eu olhei com mais atenção para a árvore, ela parecia ter algum tipo de portal. Andei até Marrya que estava bem em frente a árvore, e então, eu vi uma pequena cidade de dentro desse portão que parecia ter na árvore, aquela era a Civilização das Fadas.

- Vamos! - eu disse

E então, Marrya e eu passamos pelo portal da árvore. Agora estávamos bem próximos da civilização, estávamos no fim de uma floresta com uma quantidade gigantesca de magia no ar, demorou um tempinho até eu me acostumar com essa grande quantidade de magia.

- Vamos, nós chegamos! - dizia Marrya toda alegre

Marrya saiu correndo na direção da civilização, e eu fui andando atrás dela admirando aquele local. Marrya foi parada por um cara enorme, bem maior do que eu.

- Ei, quem é você? E o que faz aqui? - perguntou ele

Fui ao lado de Marrya e a segurei pela mão, e continuei andando com ela.

- Não corra muito pela frente, é perigoso! - digo alertando Marrya

Eu não estava querendo confusão então, agi na maior calma possível.

- Eu nunca vi vocês por aqui, quem é você rapaz? E por que está junto de uma fada hein? - perguntou aquele cara

Mesmo não querermos confusão, já estou chamando atenção, vai ser um pouco difícil.

- Só estou de passagem, fique tranquilo! - eu respondi

Me abaixei olhando nos olhos de Marrya.

- Me leve até sua casa! - pedi á jovem garota

Marrya fez que sim com a cabeça concordando, e então voltamos a andar. Aquele cara que parou Marrya a pouco tempo estava com dúvidas e insegurança, se tratando dessa situação, é normal as pessoas terem insegurança, um desconhecido junto com uma fada acabaram de entrar na antiga Civilização das Fadas, é claro que ficariam inseguros. Mas não tinha muito com o que se preocupar, pois logo eu sairei daqui.

Andamos por alguns minutos, passamos por diversas fadas que olhavam desconfiadas para mim, dava até um certo desconforto, mas logo depois elas voltavam a fazer o que estavam fazendo. Até que chegamos á antiga casa de Marrya, a casa estava aparentemente vazia, mas eu sentia vida lá de dentro, eu conseguia sentir duas almas entristecidas profundamente, mas que tentavam esconder isso, a tristeza causada por uma grande perda, esse sentimento me era familiar. Eu olhei para Marrya ela estava pensando em de que forma deveria dizer a primeira palavra.

Eu soltei a mão de Marrya e andamos até a porta da casa, dou três batidas, e após alguns segundos, consigo ouvir passos atrás da porta, uma mulher estava vindo, sem esperanças, imagino o porquê estava assim. A mulher então abriu a porta, era idêntica a Marrya, eu tinha certeza de que era sua mãe. A mãe de Marrya ficou alguns segundos olhando para Marrya, tentando crer que aquilo era real.

- O-Oi mãe... Sou eu, Marrya!

E então, a mãe de Marrya a puxou para um abraço, com sentimentos de saudade apertando o coração, com os olhos cheios de lágrimas de alegria.

- Que bom que voltou... Que bom que está viva... Que bom ver você de novo minha filha...! - disse a mãe da garota

Pude sentir que a outra pessoa que estava dentro da casa estava se aproximando. Era um jovem garoto, que vinha curioso saber o que sua mãe estava fazendo.

O garoto, que era um pouco diferente da mãe, viu as duas se abraçado e se emocionou, e logo se juntou ao abraço delas.

- Maninha... Você voltou...!

Ver aquela cena era gratificante, seria melhor para Marrya ficar aqui com a família do que com migo, eu só a levaria em perigo e mais perigo, não seria nada seguro pra ela, pois não posso garantir que fique viva.

A mãe de Marrya olhou no fundo de meus olhos, ela estava me analisando, se perguntava o porquê de alguém com habilidades demoníacas tinha ajudado sua filha Marrya, mas no fundo ela estava super grata por eu ter trazido Marrya de volta com vida. A mulher parou de abraçar Marrya e veio até mim com lágrimas nos olhos.

- Obrigada...! - disse ela

E então, a mulher me abraçou.

- Muito... Obrigada...! - disse a mãe de Marrya

Ela chorava muito, tentando se conter com toda a emoção, mas era impossível para ela.

The Eye of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora