The Eye of Death

👹 Capítulo LVIII 👻

\__ Saeth __/

Baldo me olhava sorrindo limpando o sangue que escorria pelo canto de sua boca.

- Olha só você, evoluindo novamente, só vai com calma, você está exagerando na quantidade de magia, suas células podem entrar em colapso, uma doença um tanto rara, já que ninguém é capaz de usar tanta energia assim! - comentou Baldo

Baldo estava tranquilo, não exoressava nenhum sentimento de raiva, era possível alguém lutar sem demonstrar sequer o mínimo de vontade de matar o oponente?

- Me lembro bem deste lugar - Baldo deixa escapar um sorriso - escolhi este lugar para acabar com isso, que ironia não? Voltar ao mesmo lugar de onde tudo começou, isso me trás boas lembranças!

Respirei fundo deixando a raiva de lado e dominando novamente o controle total de minha energia.

- Isso Saeth, não deixe ele te desconcentrar, nós confiamos em você! - voz de Zanya

Uma sensação estranha me atingiu, por alguns instantes tudo que era possível ouvir era o som do vento contra as árvores fazendo elas balançarem. E logo depois, esse silêncio se encerra e nossa luta recomeça.

Saeth foi na direção de Baldo e desferiu um soco com uma velocidade e energia aumentadas para toda potência, o soco de Saeth tinha energia e força suficiente o suficiente para atravessar uma parede de tijolos, mas Baldo defendeu com certa dificuldade tendo que dar um passo para trás se não iria cair.

Saeth começou uma sequência de golpes e Baldo defendia todos os ataques no momento certo porém tendo dificuldades e a cada soco ele tinha que dar um passo para trás para ajeitar seu centro de equilíbrio para não ir ao chão. Naquele momento, Saeth finalmente tinha conseguido unir suas duas habilidades em uma só, único sua magia de sangue com seu demônio, ele conseguiu superar Baldo, o demônio conhecido como insuperável. O choque causado pelo impacto dos socos de Saeth faziam o ar vibrar vindo junto com um "baque".

Naquele momento eu percebi uma abertura, Baldo já estava exausto só de ficar defendendo meus ataques, então se eu aumentar a potência dos ataques isso acabaria. Pensando nisso dou o primeiro soco com tudo o que eu tinha, energia demoníaca, 5 Formas da Destruição e magia de sangue, todos os três reunidos em concentração no meu punho, dou o soco e Baldo defende novamente, mas com a força de meu soco, Baldo é arremessado do chão para alguns metros e se choca contra uma árvore, vou rapidamente até Baldo e fiz uma espada de sangue, seguro a espada com as duas mãos para desferir um ataque com mais força  e Baldo pegou sua espada da bainha e defendeu, mas meu ataque e minha espada estavam banhados com energia demoníaca e minha espada cortou a lâmina da espada de Baldo abrindo assim sua guarda.

Aproveitando disso, cravei minha espada na barriga de Baldo, minha espada atravessa seu corpo e se prende na árvore deixando ele preso. Sangue começa a escorrer da boca de Baldo e ele cospe no chão, mas isso não adiantava, mais sangue escorria. Minha respiração estava rápida, Baldo sorria.

- Sempre soube que fiz uma ótima escolha...!

- Acabou Baldo! - afirmei

- Sim... Acabou...!

Desfiz minha espada e Baldo caiu no chão, ele rolou no chão para pode olhar para mim, e depois se arrastou até a árvore para se escorar nela.

- Eu cumpri minha parte do pacto, você cumpriu sua parte do pacto, e nosso pacto se encerra agora, desfaça isso! - ordenei

- Não posso... Se eu desfizer você vai morrer... O ferimento que eu fiz aquele dia... Vai retornar... Você vai morrer...!

- Me sinto orgulhoso por poder morrer tendo cumprido minha promessa, então não há problema!

Uma grande dor de cabeça me atingiu naquele momento, e de repente sangue começou a escorrer de meu nariz, minha energia toda se esvai e eu parei de liberar mais energia.

- Droga... A doença já te atingiu... Você não precisava ultilizar tudo aquilo de magia... Esgotou suas células... Droga, droga...!

Minhas pernas perderam a força e eu me ajoelhei limpando o sangue de meu nariz, com o isso teve silêncio por alguns segundos.

- Você tem alguma coisa pra falar antes de morrer? - perguntei

Baldo respirou fundo.

- Firme como sempre... - disse Baldo rindo - mas eu tenho sim... Como sabe... O inferno é um reino profano, meu nome lá é procurado... Tenho um pedido... Tire minha filha de lá... Eles vão ir atrás dela... Ela é forte mas eles são muitos... Esse é meu último pedido...

O que Baldo estava me pedindo? Por que pra mim?

Me levanto com certas dificuldades, olhei para o local onde Zanya havia cido enterrada e vejo minha espada, vou andando lentamente até lá, agora também escorria sangue de minha boca, eu estava meio zonzo, mas não poderia cair, se eu caísse agora eu não iria mais conseguir me levanta, e eu preciso terminar isso.

Peguei a espada que estava cravada no chão.

- Me desculpe... Zanya, prometo devolver...!

Me virei na direção de Baldo e voltei até lá, quando cheguei lá apontei a lâmina para o rosto de Baldo.

- Me diga que vai tirar ela de lá... Por favor...! - suplicou Baldo

Respirei fundo mais uma vez tentando me manter acordado.

- É seu último pedido... Eu ...

E então eu caí no chão, tudo estava embaçado até que tudo ficou escuro e meus olhos se fecharam.

Comecei a sentir uma leve brisa no rosto, sentia o cheiro de flores, eu conseguia imaginar exatamente o lugar que eu estava mesmo sem vê-lo. Então abri os olhos, eu estava em um campo todo florido com diversas flores diferentes, estava deitado no chão olhando para o céu azul em um dia ensolarado sem nenhuma nuvem no céu. O cheiro doce das flores me acalmava.

Me levantei e em minha frente eu vi meus pais, eles estavam olhando pra mim, como se me chamasse para um abraço, não consegui me segurar e fui correndo até eles com lágrimas nos olhos, parecendo uma criança que não via os pais devido a uma férias que passou com outra pessoa.

Assim que cheguei até eles eu os abracei, um abraço apertado e cheio de saudades.

- Que saudades meu filho! - disse meu pai

- Você cresceu tanto! - afirmava minha mãe

Eu não sabia onde estava, mas eu não iria querer sair dali.