O Chalé

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PS: esse cap pode ter gatilho para violência.


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 "Acorde"

Abri os olhos com urgência, me assustando com a voz que entrava em meus sonhos.

Mais uma noite de pesadelos arruinava meu sono. Sentei-me na cama, sentindo o corpo quente e pegajoso de suor. Meus olhos e minha mente demoraram alguns segundos para relembrar onde diabos eu estava. Foi apenas quando vi Sasuke dormindo ao meu lado e o teto incomum que percebi que ainda estávamos em sua tenda.

Olhei para seu rosto, calmo e sereno. Dormia tão profundamente que nem reparou que eu havia me sentado na cama. Sasuke costumava resmungar quando eu saía de perto dele durante a noite, mas imaginei que seu ferimento e o estresse que passou durante o dia possa tê-lo derrubado de vez.

O sono havia me escapado. Não sentia vontade nenhuma de voltar a dormir e também não fazia ideia de que horas eram. Tudo o que eu via era a escuridão da tenda e não ouvia nada além de um enorme silêncio, me deixando imaginar que ainda deveria ser tarde da noite.

Levantei-me com cuidado para não acordá-lo, procurando um penico ou algo que pudesse usar para aliviar minha bexiga. Odiava estar naquela mata, no meio do nada, sem as comodidades do castelo. Suspirei quando não encontrei nada que pudesse usar. Que falta um banheiro fazia!

Das duas uma: ou iria ao banheiro lá fora ou faria xixi na roupa. E eu definitivamente não queria a segunda opção.

Peguei o manto de Sasuke que estava jogado sobre o baú e coloquei-o sobre o corpo para me proteger do frio. Dei uma espiada no lado de fora antes de sair da tenda, as tochas acesas mantinham o acampamento parcialmente iluminado. Ao menos assim não me perderia no caminho.

Andei a passos rápidos pela trilha que levava até a latrina improvisada em uma parte um pouco distante do acampamento. Vi alguns guardas de prontidão, e isso me deu uma certa segurança em estar ali durante a noite.

Alguns minutos depois, deixei a latrina sentindo um alívio enorme. Uma brisa gelada tocou meu rosto à medida que voltava para o acampamento e um assobio incômodo invadiu meus ouvidos. Meus pelos se arrepiaram.

E então tive aquela sensação: alguma coisa estava terrivelmente errada.

Os guardas que vi há apenas alguns minutos estavam no chão, desacordados. Aproximei-me de um deles e toquei em seu braço, sem resposta. Olhei para os lados, mas não via ninguém além dos homens no chão.

Mas que merda está acontecendo?

Ouvi o som de vozes a alguns metros de distância. Queria saber o que estava acontecendo, mas também sabia que não poderia me expor ao perigo dessa maneira. Fiquei alguns segundos pensando no que iria fazer.

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