O Guarda

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Após a minha incrível demonstração de como ser desastrosa na frente de Sasuke Uchiha, ele me levou até os aposentos de hóspedes do castelo. Meus pais, o rei e a rainha já estavam sabendo do meu pequeno acidente. Rapidamente, Mikoto chamou o médico da Corte que enfaixou todo meu pé com umas ervas medicinais. Eu estava agora sentada na cama, com todo mundo no quarto me observando só para garantir de que eu realmente estava bem.

– Mãe, pai... estou bem, não se preocupem. Foi só um tropeço. – Eu disse no mesmo momento em que tentava apoiar meu pé no chão, sem sucesso.

– Sakura, seu pé está muito inchado. Vocês podem passar a noite aqui e amanhã de manhã vocês podem voltar. Você precisa descansar agora. – Disse Mikoto com os olhos preocupados. Fugaku assentiu.

– Muito obrigado, Majestade. – Meu pai respondeu com uma pequena reverência. – E obrigado Alteza por cuidar da minha filha. – Ele disse com os olhos em Sasuke. Dava para ver que ele estava preocupado, afinal eu era a sua única filha. Meu pai sempre me mimou desde pequena. Acho que isso acabou contribuindo para que eu continuasse sendo uma adulta mimada.

– Não precisa de agradecer, fiz o que tinha que ser feito. Sakura Haruno é minha noiva agora e devo cuidar dela e do seu bem estar. – Sasuke disse, olhando para mim em seguida. Um canto da sua boca elevou-se.

Desse jeito até eu acredito que ele se importa.

Eu não quis argumentar contra a ideia de passarmos a noite lá. Já tive azar o suficiente para um dia inteiro e não quero correr o risco de contrariar a rainha. Todos já tinham ido para seus respectivos quartos. Meus pais ficaram nos aposentos da frente e eu fiquei sozinha. Um sino foi colocado no móvel ao lado da cama, caso eu precisasse de alguma coisa. Algumas criadas do castelo foram enviadas ao meu quarto para ajudar a me trocar, já que era muito difícil fazer isso sozinha no momento. Com uma roupa mais confortável, deitei-me na cama e me cobri com os lençóis extremamente macios. As luzes foram apagadas e fechei os meus olhos, esperando o sono chegar.

Mas ele nunca chegava.

Eu simplesmente não parava de pensar no que diabos tinha acontecido hoje. Sasuke nunca havia soltado um sorriso para mim, mas eu poderia jurar que vi ele sorrindo. Não sei se foi como deboche ou ironia, mas ele sorriu. Não faço ideia de quantas horas se passaram. Minha mente estava muito ocupada pensando em Sasuke. Até que finalmente o cansaço me atingiu e meus olhos começaram a fechar.

Na manhã seguinte, meu pé já estava bem melhor. Pelo menos já conseguia me sustentar sozinha. Nos despedimos da família real e pegamos caminho de volta para casa. A viagem toda só conseguia ouvir minha mãe tagarelando sobre como eu só causava problemas e de como Sasuke era um garoto bonito. Bom, essa última parte eu não tenho como negar. Assim que chegamos na mansão, fui direto para meu quarto e me joguei na cama. Respirei fundo. Alguns minutos depois, Shizune pede permissão para entrar e eu concedo.

– Bem vinda de volta senhorita! Como foi a viagem? – Ela me perguntou casualmente. Shizune era bem curiosa.

– Ah Shizune! Quase um desastre. Veja, acabei machucando meu pé. – Mostro para ela meu tornozelo enfaixado. – Agora o príncipe vai pensar que sou uma inútil que não olha por onde anda.

– Minha nossa! – Ela ficou surpresa e se aproximou para olhar. – Não está muito grave, o inchaço já está diminuindo. Não se preocupe, eu tenho certeza de que o príncipe não pensaria uma coisa dessas sobre a senhorita.

– Acho que ele pensa até pior. – Murmurei baixinho.

– Não fique assim, olhe. – Ela me mostrou uma pilha de coisas embaladas. – O príncipe mandou esses presentes para a senhorita.

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