Intended Love (ABO) [Jikook, Vmim, Sope, Namjin] Concluída.

Capítulo 33

— Não acha que está pegando um pouco pesado com todo esse seu empenho? — Suga comenta encarando as costas de JK enquanto ele fazia flexões.

Suga tem se preocupado com JK nas últimas semanas. Ele tem levantado antes de todos os outros recrutas e ido deitar extremamente tarde. Sem falar em todo o treinamento físico que ele tem feito, parecia que estava realmente se preparando para enfrentar a guerra.

Ele tem notado também que sua alimentação tem sido péssima, e vez ou outra já pegou o amigo se esgueirando no escuro quando sentia seu estômago revirar. Já aconselhou que ele procurasse o atendimento médico, mas ele insiste em dizer que está bem, coisa que Suga já sabe que não é verdade.

Desde que chegaram ao serviço militar ele não interagiu com os colegas de alojamento, evita as reuniões que são feitas em grupos algumas noites, e sempre evita falar com alguém por mais de 2 minutos. Suga não entende o que realmente ele está tentando fazer com tudo isso. Mas sabe que algo o fechou para o mundo a sua volta com quem quer que ele tenha passado a última noite fora daquele lugar.

Suga não é uma pessoa das mais falantes, e sabe que o silêncio pode ser bom em determinados momentos da vida, mas JK tem feito disso um mártir. Ele melhor do que ninguém já aderiu ao silêncio em muitos momentos da vida, principalmente depois da morte de Jihye.

Apesar de não ter tido vínculo com a ômega, sabia que isso acabaria acontecendo em algum momento. Eles se tornaram muito próximos, e ela era a pessoa que ele mais pôde confiar durante um longo período de escassez à confiança que houve em sua pré-adolescência. Ele era calado a maior parte do tempo assim que chegou na vida dela, mesmo depois de ter seu hut encerrado naquele período, ele sentia como se precisasse estar sempre perto dela.

Quando descobriram a gravidez dela, ele estava apavorado, desesperado sem saber o que fazer, enquanto ela, estava calma e sorridente. Claro que ela sabia que era uma situação anormal, mas o que poderia fazer àquela altura? Apenas se conformou com o destino que lhe aguardava, e tentou seguir em frente. O que a colocou no caminho da morte.

Ela ainda fazia os programas sempre que solicitada, precisava guardar dinheiro, pois assim que a barriga ficasse mais aparente, não conseguiria nem o dinheiro para manter a casa.

Ela se olhou uma última vez no espelho antes de colocar o sobretudo preto. A barriga já estava tomando volume sob as roupas, e estava cada vez mais difícil dizer que apenas estava ganhando peso quando alguém perguntava, já que o formato arredondado restrita a área o abdômen se destacava mais que qualquer outra parte do corpo. Ela já havia conversado com Suga que aqueles seriam seus últimos dias trabalhando, e que ambos precisariam encontrar uma forma de se sustentarem.

Suga vinha de uma família bem estruturada financeiramente, e não teria receio em procurar por ajuda com seus tios, dinheiro não era problema, mas Jihye se recusou a recorrer a isso, principalmente pelo fato do Yoongi ter saído há mais de 3 meses de casa e nunca ter dado nenhuma ligação para eles. Era evidente para ela que ele não queria ter esse contato. Sem falar que ela preferia ser chamada de puta  do que de aproveitadora, e sabia bem que as famílias desse nível faziam isso tão facilmente como respiravam.

Ela fechou o sobretudo no corpo, e saiu do quarto encontrando com ele na cozinha, sentado à mesa estudando. Jihye poderia ser o que fosse, mas não deixou que Suga ficasse sem estudar. Mesmo não indo a uma escola, ela fazia o possível para que ele fosse instruído de acordo com os meninos de sua idade.

Ela lhe informou que tinha guisado de frango na geladeira, que ele deveria terminar as atividade, comer e dormir. Não o queria até tarde vendo tv, sabia que os programas de tarde da noite não eram para o psicológico dele. Não passava nada que prestasse.