Capítulo 19

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• Isabella LeBlanc Sanchez •

- Bom dia. - Meu irmão disse animado e agarrou a namorada não oficial dele.

Joguei minha mochila no chão, ouvindo eles responderem e ergui meu copo, me distanciando.

Caminhei até a lanchonete e parei na fila bocejando.

- Bom dia minha gostosa. - Ouvida a voz do Nicolas no meu ouvido e ele me abraçou pela cintura por trás.

- Bom dia. - Disse baixinho e coloquei as mãos por cima das dele.

- Dormiu bem? - Ele perguntou e colocou o rosto no meu pescoço, cheirando o memo e me deixando toda arrepiada.

- Uhum e você? - Me virei em seus braços e deitei a cabeça no peito dele, respondendo manhosa.

- Também. - Ele beijou minha cabeça e fiquei ali encolhida no peito dele.

Fiz um carinho com meu dedo no braço tatuado dele e sorri de leve, apoiando meu queixo em seu peito.

- A gente tá parecendo aqueles casalzinho meloso de romance. - Eu disse e ele jogou a cabeça pra trás rindo.

- Só tira a parte do romance por que nois é putaria e maluquice pura. - Ele disse e segurei o rosto dele, puxei ele pra baixo e selei nossos lábios.

- Quem fica gato as 7:30 da manhã? Ah sim, o Nicolas. - Rolei os olhos falando sozinha e me virei pra ver a fila.

Peguei o copo dele e entreguei pra moça, fazendo nossos pedidos.

- Você também fica. - Ele beijou meu pescoço por trás e me arrepiei. - Mas fica ainda mais rebolando no meu pau. - Sussurrou no meu ouvido e me virei batendo nele.

- Sai daqui idiota. - Ri da audácia dele e ele se afastou rindo.

- Só falei a verdade maluca. - Ele falou e eu neguei com a cabeça ainda rindo.

Muito idiota cara.

Peguei nossos copos e fui até a mesa vazia, colocando ambos ali.

- Adoça essa porra logo que já temos que ir pra aula. - Disse pra ele, enquanto adoçava meu café.

- Iih cavala. - Ele disse rindo e eu joguei um sachê de açúcar nele.

- Vai logo idiota. - Ri quando ele jogou o sachê de volta e eu abri, jogando no café dele.

Ele colocou o açúcar e me abraçou pelo ombro, enquanto eu tomava meu cafezinho e íamos juntos pro pessoal.

- Hein amiga, vai querer sair com nós pro bloquinho sexta? - A Manu perguntou e eu fiz careta, meu Deus fevereiro já tá acabando.

- Não gosto, tu sabe. - Disse pra ela e bebi mais um pouco do meu café.

- Ué por que não? - O Nicolas me olhou de cima.

- Por que todas as vezes que fui em um, fui assediada, ou era alguém passando a mão na minha bunda, ou na minha intimidade, já puxaram até o meu biquíni pra me deixar de peito de fora. Tirando o cheiro de mijo por tudo. Vou nada. - Fiz careta e ele assentiu.

- Te entendo. A gente vê outra coisa pra fazer então. - Ele falou e eu franzi a sobrancelha.

- Eu não querer ir não quer dizer que tu não pode ir também, se quiser ir com eles, não vou me importar. - Fiz um carinho na barbinha dele e sorri.

- Prefiro ficar fazendo alguma coisa contigo. - Ele umedeceu os lábios e olhou nos meus olhos.

- Safado. - Ri baixinho e ele me deu um selinho longo.

- Passei o final de semana inteiro pensando em você em cima de mim, no próximo vou te trancar lá em casa. - Ele sussurrou contra minha boca e eu choraminguei manhosa.

- Mas e teus pais? - Passei a mão na lateral do rosto dele e deslizei até a nuca.

- Vão pra casa dos meus avós lá em Realengo, vão ficar o final de semana todo por lá. - Disse ainda baixinho contra minha boca e eu umedeci os lábios.

- Só avisar o horário que estarei lá. - Falei e ele sorriu, antes de juntas nossos lábios de novo.

- Ta bom né, já chega. - Ouvi meu irmão dizer e me afastei rindo.

- Vai beijar tua mulher e deixa eu beijar a minha mané, até parece que não transa. - O Nicolas disse brincando e rindo. - Ainda bem que eu transo e não sou assim.

- Como é que é? Vou te esfolar seu filho da puta. Desvirtuando minha irmã. - Felipe falou alto e saiu correndo atrás do Nicolas que só conseguiu me entregar o copo dele, antes de rir correndo pra longe.

- Meu Deus, pior que criança. - Passei a mão no rosto e ri com meus amigos, vendo os dois idiotas correndo pelo Campus.

- Amiga a Raquel ta te fulminando com o olhar. - A Sarinha disse e eu dei de ombros.

- O que vem de baixo não me atinge. - Disse e eles riram, concordando.

Vi a hora que o Felipe pulou em cima do Nicolas e eles começaram a rolar pela chão.

Coloquei os copos fechados ao lado da minha mochila no chão e voltei a olhar pra eles.

- Felipe e Nicolas eu juro que se vocês se machucarem, vou socar os dois. - Gritei pros dois idiotas que riam se socando de leve.

- Tchau Felipe. - A Luísa gritou e ele parou na hora, vi minha amiga pegar a mochila e meu irmão levantou correndo até nós.

- Tchau meu cacete, cadê meu beijo? - Ele disse já agarrando ela pela cintura e encostando ela na árvore.

- Morena, acho que ele deu uma joelhada nas minhas bolas, bota a mão aqui e faz um carinho pra melhorar. - O Nicolas chegou falando e eu ri alto.

- Nicolas tu tá me testando. - Meu irmão disse parando de beijar a Luísa na mesma hora e olhou pra ele com os olhos cerrados.

Passei os braços pelo pescoço do Nicolas e puxei ele pelo cabelo, colando nossas bocas.

Dei um beijo lento nele, mordendo o seu lábio inferior de leve no final.

- Até mais tarde. - Sussurrei roçando nossas bocas.

- Até mais tarde gostosa. - Disse no mesmo tom e me deu mais um selinho.

Nos afastamos e pegamos nossas coisas, nos despedimos de todos, antes de irmos cada um pra um lado com nossos respectivos colegas de turma.

...

Bom dia, que sono da porra

Quando Você ChegouOnde histórias criam vida. Descubra agora