Quando Você Chegou

Capítulo 62

• Nicolas Andrade Di Fiori •

Passei a mão no rosto vendo minha namorada ir embora chateada comigo, respirei fundo e olhei pra Adriana que brotou do meu lado de novo.

Ela colocou a mão no meu braço e eu me afastei.

- Chega cara, não queria te deixar constrangida na frente de ninguém mas agora mil vezes isso do que ver minha mulher chateada comigo. - Disse olhando pra ela.

- Ela não se garante não? - Riu debochada e eu fiz careta.

- Não é questão de se garantir, é questão de respeito, então respeita meu relacionamento e entenda que não quero nada contigo ou vou reclamar e pedir pro professor trocar minha dupla. - Falei sério e ela assentiu engolindo em seco.

Caminhei pra fora da lanchonete e fui até onde nossos amigos sempre ficam, não encontrei ninguém, nem o Davi.

Respirei fundo e segui pro prédio de Engenharia.

...

Sai da aula com a cabeça a mil, a Isabella não respondia minhas mensagens.

Eu não consegui prestar atenção na aula um minuto sequer, só pensando no quanto eu fui idiota.

E ela está no total direito de estar chateada comigo, priorizei o sentimento de uma pessoa qualquer em vez do da minha própria mulher.

O Davi me ignorou a aula toda também e quando saímos da sala de aula, ele veio até meu lado com a cara fechada.

- A Sarah já me contou a merda toda e realmente te peço pra abrir os olhos Nicolas, a Isabella não vai pensar duas vezes antes de sair de um relacionamento que está machucando ela de alguma maneira. Ela foi criada pra ser uma mulher forte e acima de tudo ensinada a amar a si mesma acima de qualquer outra pessoa. - Ele disse sério e então apressou os passos de afastando de mim.

Meu coração errou uma batizado só de pensar em ela me deixar.

Caminhei com pressa até o estacionamento, sabendo que ela estaria chegando por lá com o irmão.

Dito e feito, ela me olhou e tentou entrar no carro mas segurei seu braço com cuidado e fiz ela me olhar.

- Vamos conversar, sei que tô errado pra caralho e não quero ficar assim contigo. - Eu disse baixo e levantei a mão, fazendo um carinho em seu rosto.

- Tu vai continuar agindo daquela forma? - Ela perguntou séria me olhando nos olhos, mas não se afastou do meu toque.

- Não vou, te prometo mas vamos pra algum lugar conversar melhor, por favor morena. - Afirme e pedi, chegando mais perto dela

Ela suspirou e assentiu, se afastando de mim.

- Vou com o Nicolas. - Ela disse pro Felipe que me olhou sério e assentiu, sem falar nada.

Andamos juntos até o meu carro e entramos, colocando as mochilas no banco de trás.

Acelerei pra fora do estacionamento e coloquei a mão em sua coxa, fazendo um carinho de leve por ali.

O caminho até a cantina italiana que levaria ela pra almoçar foi em silêncio e até fazermos nossos pedidos, continuou assim.

Ela suspirou depois do garçom se afastar e me olhou nos olhos.

- Não é só ciúmes, é decepção por ver você aceitando os toques e piadinhas dela depois de ela me destratar dentro da sua casa. - Ela passou as mãos no cabelo e brincou com o guardanapo, continuei olhando pra ela com meu coração prestes a sair pela boca. - Eu realmente me senti ridícula naquela situação, parecia que suas palavras de ontem não valerão de nada. Você me disse na biblioteca que estava desconfortável e não deu tempo de afastar ela por que ela saiu rápido, mas hoje você teve todo o tempo do mundo e mesmo assim deixou aquilo acontecer, então não adianta vir me prometendo que não vai deixar ela fazer de novo, quando você não mexeu um músculo pra parar ela quando ela literalmente fez tudo de novo.

Ela passou o guardanapo nos olhos e fungou, porra que caralho de namorado eu sou?

- Eu pedi pra ela não fazer mais aquilo assim que você saiu e se ela tentar novamente uma aproximação má intencionada vou cortar. Dessa vez te prometo de verdade, errei feio contigo amor. - Me levantei e sentei no banco ao seu lado, pegando seu rosto em minhas mãos. - Me perdoa, não chora por favor.

Disse vendo as lágrimas que ela tentava segurar em seus olhos.

- Porra vida, eu te amo demais, não quero te perder por uma merda dessas. - Falei olhando nos olhos dela e passei o dedão na lágrima que escorreu por seu rosto. - Me perdoa, te juro pelo amor que tenho pela minha mãe que isso não vai se repetir.

Ela fungou e me abraçou, chorando baixinho no meu peito.

- Merda de TPM. - Resmungou e fiz um carinho no cabelo dela, beijando sua cabeça repetidas vezes.

- Me perdoa amor. - Sussurrei e fechei meus olhos, deitando minha cabeça em cima da dela.

Ela ficou um tempo tentando se acalmar ali no meu peito e assim que se afastou, limpou o rosto com o guardanapo.

- Você me ama? - Ela perguntou com um meio sorriso bobo e eu umedeci os lábios, me dando conta que tinha dito a tal das três palavras.

- Eu te amo Isabella, pra caralho, sou completamente louco por ti. - Disse olhando nos olhos dela e ela sorriu mais ainda, fazendo meu coração bater acelerado.

- Também amo você Nicolas, mas juro que na próxima vez eu quebro a cara dos dois. - Ela disse e então me puxou, juntando nossos lábios em um beijo.

Suspirei completamente apaixonado por ela e retribui o beijo com ainda mais vontade.

...