Capítulo 35

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• Nicolas Andrade Di Fiori •

- Mãe, queria conversar com você sobre uma coisa. - Disse entrando no quarto dela após bater na porta.

- Deita aqui com a mamãe e me conta, tô desde a hora que tu chegou da faculdade vendo que tu não tá bem. - Ela bateu ao seu lado na cama e me deitei ali, colocando minha cabeça na sua barriga que estava descoberta.

Ela já tinha uma leve elevação e eu comecei a fazer um carinho ali.

- Sabia a Isa né? - Perguntei e ela afirmou. - Ontem uma garota da nossa faculdade, vazou um vídeo íntimo dela pra todo mundo do Campus ver. Não sei como agir com ela agora, tô com medo de pressionar ela ou fazer ela se sentir desconfortável com minha presença. Por que a garota que fez isso, só fez por que eu dei um fora nela e ela colocou na cabeça que a Isa tinha me roubado dela. - Disse baixo fazendo um carinho na barriguinha dela, enquanto ela brincava com meus cabelos.

- Filho, primeiro que a culpa não é sua, se essa menina conseguiu ser infantil, problemática e desrespeitosa, a culpa é totalmente dela mesma. Você não deve afeto e reciprocidade sexual ou romântica pra ninguém. A não ser que você esteja em um relacionamento sério com alguém. - Ela respirou fundo. - Segundo, sim, a Isa deve estar muito abalada com tudo isso, por que uma coisa dessas não é fácil. Ainda mais pra nós mulheres que temos que passar por situações horríveis todos os dias. Quantas vezes a mamãe já te explicou que temos que respeitar as outras pessoas e principalmente as mulheres? Várias né? Faltaram com respeito e foram muito cruéis com ela, mas isso não significa que você precisa mudar com ela. Bem pelo contrário, tem que estar ali e dar apoio, se fazer presente. - Olhei pra ela e franzi a testa.

- Mas será que ela ainda me quer por perto? - Perguntei.

- Claro que sim meu amor, não se deixe mudar por uma fatalidade que vocês não tem culpa, a única culpada é essa menina aí. Você gosta da Isabella, não é? - Ela me perguntou e eu ri de leve.

- Somos bons amigos. - Disse e beijei a barriguinha dela.

- Se fossem só amigos ou amigos que se pegam, você não estaria preocupado em deixar ela desconfortável ou sem saber como agir com ela. - Ela disse e riu, me fazendo fechar os olhos pra acalmar meu coração que batia rápido.

- Enfim, você acha que devo continuar sendo o mesmo com ela então? Ela não vai me bater? - Falei e ela riu de novo.

- Espero que não bata. - Ela disse e rimos juntos.

- Então tá, amanhã te conto como foi. - Dei mais um beijo no bebê e então beijei o rosto dela. - Obrigada de verdade, te amo.

- Também te amo meu bebê. - Ela me abraçou apertado.

...

Respirei fundo e caminhei até a lanchonete, vi minha morena iluminada parada por último na fila vestindo só um vestido longo de alcinhas.

Abracei ela por trás e cheirei seu pescoço, ela trouxe a mão pro meu cabelo e eu sorri de lado.

- Bom dia morena. - Disse pertinho do ouvido dela e então me afastei pra ela virar em meus braços.

- Bom dia neném. - Segurou meu rosto e me puxou pra ela, selando nossos lábios com calma.

Segurei ela firme pela cintura e suspirei aliviado.

- Dormiu bem? - Perguntei colocando uma mecha de seu cabelo pra trás da orelha.

- Sim e acordei morrendo de fome. - Ela sorriu pra mim e selei nossos lábios de novo.

- Vamos pegar algo pra você comer então. - Disse e ela virou nos meus braços de novo, ficando de costas pra mim.

Peguei o copo dela e pedi nossos cafés, pedi também uma coxinha vegetariana e um brigadeirão.

Passei tudo no meu cartão e dessa vez ela nem reclamou.

Sentamos em uma das mesas ali mesmo e puxei a cadeira dela pra perto da minha, colocando suas pernas por cima da minha coxa.

- Hoje tenho treino, vou descontar toda a minha raiva lá. - Ela disse de boca cheia enquanto comia a coxinha.

- Vou lá assistir, só pra ter certeza que tu não vai se machucar. - Sorri de lado e bebi um pouco do meu café.

- Vai lá só pra ficar olhando pra minha bunda que eu sei. - Ela falou rindo e eu ri de leve.

- Talvez, nunca saberás. - Pisquei pra ela, que puxou meu rosto e me deu um selinho.

- Obrigado por tudo que você fez ontem, vai ficar guardado pra sempre no meu coração todo o cuidado que vocês tiveram comigo. - Ela sussurrou contra os meus lábios e eu sorri.

- Só cuidando da minha garota. - Sussurrei de volta e ela se afastou um pouco, pra olhar nos meus olhos.

Meu coração batia acelerado e conforme um sorriso crescia no rosto dela, eu me acalmava.

Ela não precisou dizer nada, por que o beijo que ela me deu depois daquele sorriso, já me disse tudo.

Estávamos em sintonia.

Deixei que ela terminasse de comer a coxinha, para só então voltarmos pra onde nossos amigos estavam.

Ela foi comendo o brigadeiro com o copo de café na outra mão, enquanto eu tinha meu braço por cima dos seus ombros e tomava meu café tranquilamente.

Algumas meninas ainda sorriam pra Isa e ela retribuía.

Chegamos no pessoal e fiquei abraçado nela, deixando ela comer.

- Vão assumir quando? - O Davi perguntou pra nós.

- Vão assumir quando? - Devolvi a pergunta pra ele que riu envergonhado, olhando pra Sarah.

Sim, ele finalmente tinha ganhado uma chance.

Tava tão apaixonado quanto os outros dois e ainda queria vir meter marra pra cima de mim.

...

Quando Você ChegouOnde histórias criam vida. Descubra agora