• Isabella LeBlanc Sanchez •
Arrumei meu shorts e olhei pra quadra de futebol de areia, onde os meninos jogavam, ri vendo o Samuel fazendo um gol no Pedro e sair gritando.
Convidamos só pessoas com quem nosso bebê tem convivência e já está acostumado, pra ele não travar e se sentir desconfortável.
Voltei minha atenção pras meninas que separavam nossos times, estávamos em 8.
Primeiro time, Luísa, Sarah, minha dinda Isis e o Théo.
Segundo time e meu time, Eu, Manu, minha mãe e meu irmão Henrique.
Nos separamos indo pro outro lado da rede afofei meus pés na areia pra deixar eles bem secos.
Peguei a bola e caminhei até fora da linha final da quadra, joguei a bola pra cima e pulei dando o primeiro saque.
Corri pra dentro da quadra de novo e assisti o outro time receber a bola e fazer os toques certinho.
Recebi a bola nos braços quando ela veio com velocidade por cima da rede e joguei ela pra cima, dando espaço pra minha mãe dar o segundo toque e o Henrique fazer o corte por cima da rede.
O primeiro ponto foi feito, sorri e bati nas mãos dos meus parceiros de time.
Peguei a bola novamente e dei pro Henrique fazer o saque.
Ele fez e assim seguiu o jogo.
- Vai vai vai. - Gritei assim que recebi a bola e levantei ela pra Manu que fez o toque pra minha mãe e ela cortou com força.
Gritei pulando em cima dela quando o ponto final foi feito.
Ri alto quando a Manu e o Henrique pularam junto, levando a gente ao chão.
- Vão matar a mãe de vocês seus corno. - Ela gritou rindo e beijei a bochecha dela, antes de levantar.
Limpei meu shorts e fui pegar uma garrafinha de água.
- Joga bem pra caralho. - Olhei pro lado e sorri pro irmão mais velho do Jota.
- Obrigado. - Passei a mão no meu rabo de cavalo e bebi mais um pouco da minha água, notei que ele tava sem camisa.
Não que eu tenha olhado pro tanquinho perfeito dele, jamais, só notei que estava sem camiseta.
- Nunca pensou em jogar profissionalmente? - Ele perguntou e pegou uma mecha do meu cabelo que tinha soltado e colocou atrás da minha orelha.
- Não mas eu jogo no time da faculdade. - Dei de ombros e ele sorriu de lado.
- Então tá explicado. - Ele umedeceu os lábios e eu assenti, sorrindo de leve.
- Mas meus amigos também jogam bem. - Disse pra ele.
- Sim mas tu tem jeito de jogadora, até as posições que tu faz em quadra dizem isso. - Ele sorriu de lado.
- Entendi, então tá certo. - Coloquei minha garrafa de água em cima do banco e virei pra entrada da quadra, onde os meninos entravam.
Sorri me abaixando e recebendo o Samuel nos meus braços.
- A gente ganhou, fiz dois gols, um pra você e um pra mamãe. - Ele disse todo fofo e puxei a camiseta dele pra cima, tirando ela.
- Que lindo meu amor, muito obrigado. - Limpei o rostinho suado e vermelho dele com cuidado, usando a camiseta.
- Me dá um pouco de água? - Ele pediu e eu assenti, me levantei e peguei a garrafa na qual estava tomando água antes.
Abri e mesma e dei pra ele tomar, ele virou com calma e eu fiquei sorrindo olhando ele.
Quando ele terminou, me entregou e saiu correndo pra nossa mãe.
- Pensa em ter filhos? - Ouvi a voz do menino atrás de mim de novo e me virei pra ele.
- Sim, mas não agora. Por que? - Perguntei e tomei o restante da água da garrafa.
- Vai ser uma ótima mãe. - Ele disse e sorriu de lado.
- Tem água ainda? - Senti o corpo do Nicolas encostando atrás do meu e a voz dele perto do meu ouvido.
Sorri e me virei pra ele.
- Tem sim, vem cá que eu eu pego. - Peguei a mão dele e levei até o cooler, fiz ele sentar no banco e entreguei a garrafa pra ele.
Passei uma toalha no rosto dele com cuidado pra limpar o suor, enquanto ele me olhava sério.
- Que foi? - Perguntei quando ele me puxou mais pra perto, entre suas pernas.
- "Vai ser uma ótima mãe" - Ele afinou a voz de implicância com o menino, eu ri e segurei o rosto dele nas minhas mãos.
- Ciúme bebê? - Perguntei e senti a mão dele na parte de trás da minha coxa.
- Moleque tava te olhando como se fosse um pedaço de carne. - Ele bufou e me abaixei, selando nossos lábios.
- Olhar não tinha pedaço. - Disse e ele me deu um tapa na coxa. - Aí seu corno, mania de me bater.
Dei um tapa no peito dele e me afastei enquanto ele ria.
Ele segurou minha mão e me puxou de volta.
- Fica aqui. - Ele beijou minha barriga e eu sorri de leve.
- Amanhã vou faltar o treino pra ir mudar meu cabelo. - Falei e passei as mãos no cabelo dele, enquanto ele bebia um pouco de água.
- Vai fazer o que? - Perguntou e colocou a garrafa no banco, antes de deslizar as mãos pelas minhas coxas.
- Só vai saber amanhã. - Sorri pra ele e me abaixei, beijando seu rosto e lábios.
- Ah não, isso é maldade com meu pobre coração. - Ele resmungou e eu dei de ombros.
- Tô nem aí. - Falei e ele ia me dar mais um tapa, mas olhei bem seria pra ele.
Ele riu e pegou o celular, desbloqueando o mesmo.
Abri a boca chocada vendo minha foto de calcinha e corselete no plano de fundo da tela inicial.
- Nicolas, que isso? - Falei pegando o celular dele e rindo.
- Uma gostosa aí. - Ele disse rindo safado e eu ri desacreditada.
- Maluco, se alguém ver isso vai saber que sou eu. - Fiz bico e ele pegou o celular de volta.
- Ninguém vai ver, não sou louco de deixar alguém ver tu assim e ninguém sabe minha senha. - Ele deu de ombros e beijou minha barriga, antes de abrir o whatsapp e entrar na conversa com a mãe dele.
Não tô olhando, só está ali na minha frente e ele não tá escondendo então da pra ver sabe?!
Ele respondeu algo pra mãe dele e guardou o celular de novo, antes de me abraçar e ficar dando beijos na minha barriga.
...
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Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...