Capítulo 100

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• Nicolas Andrade Di Fiori •

Entrei no salão de festas junto com minha noiva e mordi o lábio inferior, sorrindo de leve.

- Meu Deus é enorme, é perfeito. - A Isabella exclamou do meu lado e soltou minha mão, andando na frente com a cerimonialista.

Coloquei minhas mãos nos bolsos da frente da minha calça jeans a suspirei, já imaginando nosso festa de casamento rolando ali mesmo.

Andei entre as mesas de madeira branca que haviam ali e fui até onde as duas conversavam.

- Aqui é onde colocamos a mesa dos noivos, aí vocês escolhem quais padrinhos querem junto. - A mulher disse e passei meu braço pela cintura da Isabella.

- E a cozinha? - Minha mulher perguntou fazendo eu e a cerimonialista rirmos.

- Vamos lá. - Ela apontou pra porta grande que havia ali e então a seguimos até a mesma.

Entramos no local e fiz um carinho na barriga da minha gata, que agora estava na minha frente.

- Nossa, é perfeita. - Suspirou apaixonada e deixei um beijo em seu ombro.

- Seu restaurante que vai fazer o buffet? - A cerimonialista perguntou e negamos juntos.

- Não, os funcionários vão vir pro casamento como convidados, contratei um outro buffet especializado em comida vegana mas que também sirva outros tipos. - A Isabella falou. - Vou te passar o contato deles pra vocês conversarem, mas já deixei tudo escolhido junto com o Nicolas. Então seria mesmo só confirmar com eles.

- Ótimo, buffer check. - Ela disse e passou o dedo na tela do iPad que tinha em mãos. - Vamos ver a área externa? - Perguntou e assentimos juntos.

Beijei o rosto da minha noiva e segui ambas pra parte de fora.

...

- Aí to nervosa. - Isabella disse e se remexeu no meu colo, me fazendo rir.

- Calma vida. - Passei meus braços por sua cintura e voltei as mãos até o notebook em nossa frente.

Acessei meu e-mail e sorri de lado vendo que tinha finalmente saído o resultado do exame.

Semana passada minha mulher decidiu que queria fazer o exame de sexagem fetal e como já estava com 13 semanas, a doutora liberou.

Abri o e-mail e ela se inclinou pra frente, enquanto eu rolava a tela pra baixo.

- Aqui! - Ela exclamou e começamos a ler juntos.

- Aqui diz que é do sexo X, que porra é essa? - Perguntei confuso e me apoiei pra trás na cadeira.

A Isabella rolou a tela mais pra baixo e começou a ler algo, tapando a boca logo em seguida.

- Tá dizendo que se tiver cromossomos Y é menino e se tiver apenas cromossomos X é menina. - Ela disse com a voz abafada pelas mãos e arregalei os olhos.

- Menina? - Sussurrei com o coração acelerado e vi ela se virando pra mim.

- Uma menininha amor, você é papai de menina. - Ela disse me olhando nos olhos, já chorando.

Engoli em seco e tentei controlar as lágrimas que se formavam em meus olhos, mas falhei assim que ela me abraçou.

Segurei seu corpo com firmeza contra o meu e escondi o rosto em seu pescoço, chorando em silêncio.

Uma menina, porra.

Agora eu sou pai de menina.

Inspirei o cheiro gostoso da minha mulher e beijei seu pescoço.

- Obrigado por isso. - Sussurrei em seu ouvido e ela se afastou aos poucos.

Seus dedos vieram para meu rosto e cuidadosamente ela limpou minhas lágrimas.

- Eu que te agradeço, falta pouco para completarmos um ano juntos e parece que já fazem anos, já passamos por tantas coisas. - Ela disse baixinho e limpei seu rosto molhado com carinho.

- Parece mesmo amor e eu mal posso esperar pra passar o resto dos meus dias com você e nossa princesa. - Falei baixo e ela suspirou, sorrindo boba.

- Nossa princesa. - Falou com a voz embargada e então segurou meu rosto entre as mãos.

Juntei nossos lábios em um beijo leve, deixando minha língua deslizar com calma por sua boca.

Ela abraçou meu pescoço com os braços e fiz o mesmo com sua cintura, juntando mais nossos corpos.

- Te amo Isabella, te amo pra caralho. - Sussurrei roçando nossos lábios e ela sorriu.

- Te amo muito mais meu neném, eu e a nossa princesa. - Sussurrou de volta e grudou nossas bocas novamente, em um beijo um pouco mais intenso.

Apertei sua coxa com firmeza e ela deslizou as unhas por minha cabeça, até puxar meu cabelo com certa força.

- Vou fazer janta pra gente, tô com vontade de comer carne de panela. - Ela disse contra meus lábios e eu ri.

- A gente se pegando gostosinho e tu pensando em comida. - Dei um tapa de leve em sua coxa e ela riu comigo.

- Culpa da sua filha que tá me fazendo comer igual uma louca. - Me deu mais um selinho e se levantou do meu colo. - Nem gosto de carne vermelha e ela fica me dando vontade logo disso. - Ela fez careta e foi pra cozinha.

Levantei e fui atrás.

- Fala como se antes já não fosse um dragão comendo. - Me apoiei na bancada vendo ela abrir a geladeira.

A Isabella parou no lugar e me olhou com fogo nos olhos.

- Tá falando que eu sou um dragão, Nicolas? - Perguntou seria e eu arregalei os olhos.

- Não amor, meu Deus. - Caminhei até ela rapidamente que fechou a geladeira com força. - Foi só jeito de falar que você já comia bastante.

- Você me chamou de dragão, você me acha feia? - Perguntou com os olhos cheios de lágrimas e a abracei pela cintura.

- Não amor, nunca, você é linda, maravilhosa, minha rainha. - Falei beijando todo seu rosto e ela fungou.

- Promete? - Perguntou baixinho e me afastei pra olhar em seus olhos.

- Eu prometo meu amor. - Falei sorrindo de lado e ela me abraçou apertado, colocando o rosto no meu peito.

- Te amo nenenzinho. - Sussurrou manhosa e beijei sua cabeça.

- Te amo minha linda. - Abracei ela com força.

Nos afastamos logo depois e ela se voltou pra geladeira, ajudei ela a pegar as coisas e fomos pra bancada começar a fazer nossa janta.

...

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