Quando Você Chegou

Capítulo 49

• Felipe LeBlanc Sanchez •

Abri a porta do AP e sorri deixando a Luísa entrar primeiro.

- Nossa que grande. - Ela disse suspirando e eu a segui, fechando a porta atrás da gente.

Estávamos no possível AP que seria nosso, era perto do condomínio dos meus pais.

Era um prédio com segurança reforçada, apenas dois apartamentos por andar.

Olhei em volta da sala enorme e vi que só tinha uma bancada dividindo a cozinha da mesma.

Caminhei até ela e vi o fogão de indução já instalado naquela bancada, o balcão de mármore seguia todo livre do outro lado, onde tinha a parede, até abaixo da janela onde se encontrava a pia.

- Amor, aqui cabe a geladeira que o Pedro nos deu de presente. - A Luísa disse e eu olhei pra parede onde tinha um vão pra uma geladeira de duas portas.

- Cabe mesmo amor. - Sorri pra ela e segui até um corredor que tinha no canto, tinham duas portas, abri a primeira e vi uma dispensa com armários embutidos.

- Nossa, que grande. - Ela disse me seguindo pra dentro.

- Vamos ver a outra. - Entrelacei nossos dedos e seguimos até a outra porta, vendo uma área de serviços.

- Tem janela, graças a Deus. - Ela disse e eu ri.

Saímos dali e voltamos pela cozinha, indo em direção ao corredor que tinha acesso pela sala.

Tinham cinco portas ali e abrimos uma por uma, encontrando um banheiro na primeira porta e então três quartos, seguimos adiante e sorri vendo um quarto principal bem grande.

- Tem uma hidro. - A Luísa falou de dentro do banheiro e eu fui até ela depois de olhar o closet.

- Caralho, vamo foder um monte aí. - Falei e agarrei ela por trás que riu.

- Parece até que tô sonhando, um ano inteiro sendo apaixonada por você e agora estamos aqui, escolhendo nosso apartamento e com nosso primeiro bebê a caminho. - Ela disse chorosa e passei as mãos em sua barriga que ainda estava lisa.

- Nem me fale, sou apaixonado por ti desde os 17 anos e agora tô aqui pronto pra caralho pra começar essa nova etapa da vida contigo. - Falei no ouvido dela e beijei seu pescoço.

Ela virou pra mim e passou as mãos no meu cabelo raspado, antes de segurar meu rosto entre elas.

- Te amo demais amor, demais mesmo. - Ela me puxou pra baixo e eu suspirei, roçando nosso lábios.

- Te amo muito mais vida, você e nosso bebê são tudo pra mim. - Sussurrei contra os lábios dela.

Me inclinei mais e juntei nossa bocas em um beijo apaixonado.

Ela desceu as mãos pro meu pescoço e me puxou mais pela nuca, intensificando nosso beijo.

Mordi o lábio inferior dela e sorri, me afastando.

- De todos os apartamentos que vimos hoje, qual realmente te fez se sentir em casa? - Perguntei e ela sorriu lindamente pra mim.

- Esse aqui amor. - Falou manhosa e me abraçou, deitando a cabeça no meu peito.

- Eu também gostei desse, então já vou avisar o corretor que vamos ficar com ele. - Falei e ela riu, me apertando.

- Aí meu Deus, tô tão feliz. - Ela disse beijando meu peito e apertei ela em meus braços.

-  Eu também amor. - Beijei a cabeça dela.

...

Sorri de lado vendo minha gata comendo uma casquinha de sorvete com tanta vontade que tava quase ficando com inveja dele.

Peguei o guardanapo e limpei o canto na boca dela, ganhando um sorriso em agradecimento.

- Amor, e se for dois? - Ela perguntou do nada e eu arregalei os olhos. - No primeiro ultrassom não apareceu mas como a médica disse, é muito cedo pra isso e pode acontecer.

- Eu realmente não tinha pensado nisso e pode realmente acontecer né? - Engoli em seco e mexi no canudo do meu milkshake.

- Pode, tem quase 100% de chances por você ser gêmeo. - Ela lambeu o seu sorvete e eu suspirei.

- Vai ser tudo em dobro, principalmente o cansaço, mas sabendo da ligação incrível que tenho com minha irmã, eu ficaria de boa. - Dei de ombros e sorri de lado pra ela, que arqueou a sobrancelha.

Quando ela ia abrir a boca pra falar algo, meu celular começou a tocar.

Peguei o mesmo vendo o número da minha mãe na tela, sorri de lado.

- Fala minha véia gata. - Disse me encostando no banco do shopping atrás de mim.

- Filho. - Ela fungou chorosa e eu entrei em estado de alerta. - Fui buscar o Samuel na escolinha e na saída ele veio correndo e tropeçou, caiu e bateu a boca. - Ela soluçou e eu levantei. - Tô tentando falar com teu pai mas não consigo, tô no pronto socorro com o ele, a boquinha dele tava sangrando muito.

- Mãe calma, estão na Unimed? - Perguntei tentando não entrar em desespero.

- Sim, vem logo. - Ela disse chorando e eu desliguei.

- Que foi amor? - A Luísa perguntou pegando meu copo de milkshake e levantando.

- Minha mãe tá no hospital com o Samuel. - Senti meu peito afundar em falar aquilo e ela arregalou os olhos.

Entrelacei nossos dedos e saímos com pressa de dentro do shopping, enquanto eu contava o que minha mãe tinha falado.

Ao entrar no carro pedi pra ela avisar a Isabella.

- Amiga, sua mãe ligou pro Felipe e falou que está no hospital com o Samuel, parece que ele caiu na saída da escola e cortou a boca. - Ela disse chorosa e apertei a mão dela que estava no meu colo.

Ouvi minha irmã falando algo alto mas não identifiquei o que era, a Luísa desligou o telefone em seguida e me olhou.

- O Nicolas vai levar ela pra lá. - Entrelaçou nossos dedos no meu colo e eu assenti, focado no trânsito pra não fazer merda.

...