• Nicolas Andrade Di Fiori •
Sai do prédio de engenharia ao lado do Davi e caminhamos juntos até o estacionamento.
- Falou com teus pais sobre o natal e ano novo?- Ele me perguntou e olhei em sua direção.
A programação pro fim de ano tava decidida já, os pais da Isabella e Davi alugaram uma chácara longe da cidade, sem nada por perto, bem no meio do mato mesmo e íamos todos pra lá.
Era um puta casarão com piscina, dava pra ir geral sem problemas.
Só o Pedro e Manu que iriam depois, só pro ano novo por que os pais queriam eles em casa pro Natal.
- Sim, ontem a noite mesmo. Eles toparam. - Sorri de lado e peguei a chave do carro no bolso da calça.
- Pô, vai ser top demais. - Ele disse e me puxou, me apertando em seus braços e me dando um cascudo na cabeça.
- Sai porra. - Ri empurrando ele pra longe.
- Que isso, as namoradas saem e vocês começam a se pegar? - O Pedro que estava apoiado no meu carro perguntou rindo.
- Vai se foder. - Mostrei o dedo do meio pra ele, rindo também.
- Bora almoçar? Tô morta de fome. - A Manu disse a cutucou a costela do Pedro, fazendo ele se afastar.
- Sai mô, tu sabe que tenho cócegas. - Ele apontou pra ela rindo.
- Então vamos logo. - Reclamou cutucando ele de novo e foi pro carro dele.
Logo cada uma estava em seu próprio carro, dirigindo em direção ao La Galerie.
Um mês atrás as meninas receberam as chaves e então começou toda a parte burocrática, fiscalização da vigilância sanitária, bombeiros, enfim...
Hoje era sexta feira e finalmente teríamos a inauguração oficial.
Isabella tava uma pilha de nervos, passou o mês resolvendo essas papeladas e contratando funcionário, teve que testar um por um e montou uma equipe foda.
Minha mulher mal dormia, perdi a conta de quantas vezes tive que arrastar ela pra cama e fazer ela gozar pra relaxar e finalmente dormir.
Estacionei o carro em uma das vagas perto do restaurante e desci arrumando minha calça.
Travei o carro e caminhei pra dentro, sendo seguido pelo Davi.
Sorri de lado vendo minha gata de costas na minha direção e arrumando alguns papéis em uma mesa.
Me aproximei lentamente e a abracei por trás, ela deu um pulo de susto e eu ri, cheirando seu pescoço.
- Tu com essa dólmã me dá um tesão da porra. - Disse no ouvido dela e rocei meus lábios ali.
- Aí amor. - Ela choramingou já mole nos meus braços e se virou pra mim. - É hoje.
Disse manhosa e nervosa passando os seus braços pelo meu pescoço, me inclinei em sua direção e beijei o nariz dela.
- Vai dar tudo certo e vou estar aqui no final da noite pra te aplaudir de pé. - Falei olhando nos olhos dela.
Ela sorriu lindamente pra mim e puxou minha cabeça pra baixo, me inclinei mais e deixei que ela juntasse nossas bocas.
Entreabri os lábios e recebi sua língua, deslizando a minha com a dela lentamente.
Minhas mãos apertaram firme sua cintura e juntei ainda mais nossos corpos, intensificando o nosso beijo.
Caralho, nunca vou me cansar de beijar essa boca.
Nos afastamos respirando com dificuldade e sorri, esfregando meu nariz no dela.
- Amiga, preciso da sua ajuda aqui. - Ouvi a voz da Sarah chamar minha mulher e resmunguei.
A abracei forte pela cintura e afundei meu rosto em seu pescoço.
- Não, minha. - Falei contra o pescoço da Isabella que riu, passando os dedos entre meus fios de cabelo.
- Preciso ir lá meu neném. - Disse dengosa e começou a deixar beijos pelo meu ombro e pescoço.
- Só um pouquinho, mas volta pra almoçar comigo. - Me afastei um pouco e selei nossos lábios.
Ela sorriu pra mim e se afastou.
Fui até onde meus amigos estavam sentados e me juntei a eles, sentando ao lado do Felipe.
Olhei pra Sophia que estava no bebê conforto chupando a própria mão e sorri.
Ela tava linda, bem gordinha.
Os trigêmeos já estão com dois meses e cada dia que passa, mimamos eles ainda mais.
Peguei ela no colo com cuidado e a deitei em meus braços, beijando sua testa.
- Vai fazer o teu quando? - A Manu perguntou e eu olhei pra ela, rindo de lado.
- Quando minha mulher quiser pô, ela que decidi. - Dei de ombros e ela sorriu pra mim gostando da minha resposta.
- E tu vai fazer o teu quando? - O Felipe perguntou debochado pra ela.
- Recém fiquei noiva menino, só depois que terminar a faculdade. - Ela disse e mostrou a mão com uma aliança de ouro.
- Pedro seu filho da puta, tu pede a mulher em casamento e não conta? - O Davi falou alto e eu só tinha meus olhos arregalados pra aquela porra mesmo.
- Pô irmão, pedi faz uma semana já e vocês nem notaram, só as meninas mas pedimos pra elas não contarem pra ver quando vocês iam perceber. - Ele disse e passou o braço pelos ombros da Manu que ria da gente.
- Seu cuzao. - O Felipe levantou e puxou ele pra ficar de pé.
Os dois de abraçaram e eu me levantei em seguida com a neném nos braços, indo parabenizar eles.
- Acho bom eu ser o padrinho hein. - Apontei pra ele que riu e me abraçou mais uma vez.
- Vai ser, irmão. - Bati nas costas dele de leve e fui até a Manu.
- Meu parabéns garotinha, que a felicidade de hoje permaneça no relacionamento de vocês pra sempre. - Abracei ela com cuidado por causa da bebê e beijei seu rosto.
- Obrigado amigo, de verdade. - Sorriu boba e beijou a cabeça da Sophia.
Me sentei novamente e olhei pra garotinha em meus braços.
- Linda do dindo. - Falei pra ela que me olhava atenta.
...
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Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...