• Isabella LeBlanc Sanchez •
Meu corpo tremia de nervoso enquanto o Nicolas dirigia até o hospital.
Senti ele apertar minha coxa pela milésima vez tentando me acalmar mas nada funcionava.
Minha família é tudo pra mim e em especial o Samuel, ele é o nosso maior bem, como meu pai mesmo diz, ele é a tampa da panela da nossa família, o nosso maior tesouro.
Assim que o Nicolas estacionou, eu voei do carro pra dentro do pronto socorro, não sentia minhas pernas mas corri o mais rápido que pude.
Cheguei até a recepção e senti o corpo do Nicolas atrás de mim, eu não conseguia falar, só tremia, então ele fez isso por mim.
A mulher pediu nossos documentos e ele fez questão de entregar, ela suspirou e olhou pro meu namorado.
- Ela pode entrar mas você não, você não é familiar. - Ela disse seca e eu respirei fundo.
- Meu caralho que ele não vai entrar, eu sou da família e estou autorizando. - Disse firme e ela suspirou de novo.
Fez nossos crachás e devolveu os documentos, peguei tudo e sai puxando o Nicolas pro elevador.
Assim que entrei no mesmo, ele me abraçou e beijou minha cabeça.
- Sei que é difícil mas tenta ficar calma, ele não pode ver vocês assim. - Ele disse baixo e eu assenti.
Inspirei o cheiro dele com força umas três vezes e relaxei um pouco.
O elevador parou e saímos juntos, na recepção da pediatria tava meu irmão e a Luísa que tomava água, trêmula.
- Mana. - Felipe levantou correndo e veio me abraçar.
- Como ele tá? Ja tem notícias? - Perguntei segurando o choro e afundei o rosto em seu peito.
- A mãe não veio aqui ainda mas consegui falar com nosso pai agora mesmo e ele já está vindo, pelo que a enfermeira ali da recepção disse o Samuel chegou com a blusa e a naninha cheia de sangue, foi sedado por que ninguém conseguia chegar perto dele além da mãe. - Ele disse baixo e eu deixei o choro vir com força.
Meu corpo amoleceu nos braços dele e só senti quando ele me levou até onde a Luísa tava.
Ele me sentou no colo do Nicolas e se afastou, deitei no ombro do meu namorado e senti ele fazer carinho no meu braço.
- Aqui toma. - Meu irmão estendeu um copo de água e o Nicolas segurou.
Ele me ajudou a beber um pouco e me encolhi no peito do mesmo novamente, vendo minha amiga na mesma situação.
Longos minutos passaram e nada de notícias, o Nicolas brincava com minha aliança e tentava me manter calma.
Lágrimas ainda rolavam pelo meu rosto, mas eu tentava ser positiva. Foi só uma queda certo?
Ouvi passos pesados e olhei pra recepção, meu pai entrava no ambiente feito um touro bravo.
Ele nos viu e correu até a gente, pelo jeito estava em operação por que ainda estava com a farda completa.
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Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...