Capítulo 63

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• Nicolas Andrade Di Fiori •

Isabella colocou a digital dela na porta do AP e logo entramos, ela deixou a mochila na mesa e soltou o cabelo que estava preso.

- Vou tomar um banho, preciso esfriar a cabeça e pensar um pouco. - Ela disse e foi em direção ao quarto.

Me joguei no sofá e suspirei, fechando os olhos.

Tirei meus tênis com os pés mesmo e coloquei meu braço por cima dos meus olhos.

Nosso almoço foi tranquilo, ela me perguntou sobre o que a Adriana tava falando na hora que ela chegou e eu falei tudo com sinceridade.

Ela ainda ta chateada, isso é óbvio.

Ela também me pediu um pouco de espaço e tempo pra organizar a mente.

É foda olhar pra ela e ver a decepção nos seus olhos, mas eu mereço isso, fui idiota pra caralho.

Não sei quanto tempo ela demorou, mas logo senti o cheiro dela perto de mim.

Tirei o braço dos olhos e vi ela parada na minha frente me olhando, ela levou um susto e riu de leve.

- Como sabia que eu tava aqui? - Perguntou cruzando os braços sob o peito e sorri de lado vendo ela com minha camisa do Flamengo.

- Senti teu cheiro. - Disse simples e desci meu olhar pelo corpo dela, arqueei a sobrancelha e puxei a barra da camiseta que ela vestia pra cima.

Achei que ela tava de calcinha mas suspirei aliviado vendo que estava de shorts.

- Podemos receber as coisas, montá-las e a noite irmos no mercado? - Perguntou desviando o olhar e eu assenti.

- Claro que sim, tá precisando comprar de tudo nessa casa. Tô cheio de roupa pra lavar. - Peguei o pulso dela e puxei sua mão, levando até os lábios e beijando suas alianças.

- Posso lavar as minhas aqui? - Perguntou baixo e eu ri de lado.

- Claro que sim morena, nossa casa pô. - Disse e puxei ela pra perto, ela tentou se afastar mas agarrei a cintura da mesma e fiz ela sentar no meu colo.

- Nicolas. - Falou suspirando, sentada de frente pra mim e eu desci as mãos por suas coxas.

- Só um beijo e eu te deixo quieta o resto do dia, durmo até no sofá se tu quiser. - Falei e ela ficou me olhando por um tempo.

Deixei ela decidir e assim que se aproximou, na mesma hora me amaldiçoei por ter falado que dormiria no sofá.

Vai ser um sacrifício dormir longe dela, mas se é isso que ela quer, vou fazer o que?

Ela juntou nossos lábios em um selinho longo e então entreabrimos os mesmos aos poucos, passei meus braços por sua cintura e grudei nossos corpos enquanto ela me beijava lentamente e com carinho.

Respirei fundo apenas seguindo o ritmo dela e fiz um carinho em suas costas.

Ela se afastou selando nossos lábios uma última vez e se levantou, desviando o olhar.

Minha respiração falhou por um momento, vendo ela ir pro interfone que tocava sem nem olhar na minha cara.

Engoli o choro que estava preso na minha garganta e levantei, pegando meus tênis e indo pro quarto.

Guardei eles e troquei minha calça por uma bermuda de futebol, ficando mais confortável.

Voltei pra sala ouvindo a campainha e abri a porta pros entregadores, dando espaço pros mesmos.

- Precisam de ajuda pra pegar as coisas lá embaixo? - Perguntei pra eles.

- Pô, se tu quiser ajudar vai mais rápido chefe, mas se não, de boa. - Um deles disse e deu de ombros depois de deixar a caixa grande da TV na sala, junto com o outro cara.

- Bora lá então. - Calcei meu chinelo que tava do lado da porta e olhei pra Isabella, que desviou o olhar rapidamente. o

Suspirei e sai do AP com eles.

- Dia difícil com a patroa? - O cara que tava quieto até agora e do meu ado dentro do elevador, me perguntou.

- Pô, demais. Vacilei feio. - Passei a mão no cabelo frustrado.

- Mas ela ainda tá aqui, isso quer dizer ela te ama e não tá desistindo de vocês. Então luta por ela. - Ele disse e sorriu de lado.

Olhei bem pra ele e umedeci os lábios, refletindo sobre as suas palavras ditas.

Seguimos pra fora do prédio e tinha mais um cara no caminhão, chamei um dos seguranças e pedi pra ele ficar de olho enquanto o caminhão ficava sozinho.

Ele assentiu e ficou ali do lado do mesmo.

Ajudei o cara a descarregar uma cama box e entramos no prédio novamente, indo pro elevador de serviço que era o único que aguentava até 1200kg e era enorme.

...

Perdi a conta de quantas vezes subimos e descemos mas pelo menos estava tudo entregue, dei uma gorjeta bem gorda pra cada um deles e também pro segurança.

Foram trabalhar felizes hoje.

Fui até a padaria que tinha ali na rua e comprei algumas coisas pra tomar café com a Isabella, em seguida voltei pra casa.

Entrei no AP e tirei o chinelo, vendo minha mulher tentar empurrar uma das camas pelo corredor.

Ri de lado e deixei as coisas na bancada.

- Vem comer amor, deixa aí que já te ajudo. - Disse simples e tirei os saquinhos de salgados de dentro da sacola.

Comprei um Nescau pronto pra gente tomar e alguns salgados fritos e assados. Também alguns pães de queijo e um brigadeiro enorme pra ela.

Ela veio até a bancada e mantive meu olhar na minha garrafinha de Nescau.

Tomei um pouco e peguei mais um salgado, levando a boca.

Ouvi meu celular apitar e peguei o mesmo, sorrindo de lado com a foto do ultrassom da Helena.

Coloquei o celular na mesa virado pra Isabella e ela pegou, rindo boba em seguida.

- Ela tá enorme. - Disse baixinho e eu assenti, levantando meu olhar em sua direção.

- Tá sim, completando 4 meses no forninho já. - Sorri de lado pra ela, vendo seus olhos brilharem e então peguei meu celular novamente, passei a foto pro lado e apertei play no vídeo do ultrassom.

Fui até seu lado e deixei que ela assiste comigo.

...

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