Capítulo 30

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• Isabella LeBlanc Sanchez •

- Nicolas. - Gemi manhosa enquanto ele apertava minha bunda com força. - Eu preciso ir.

- Só mais um pouco. - Disse descendo os beijos pelo meu pescoço e eu joguei a cabeça pro lado, me arrepiando inteira com aquela boca contra minha pele.

Respirei fundo quando uma das mãos dele agarrou meu seio, começando a brincar com o biquinho.

Dei um pulo de susto no seu colo, ouvindo uma batida na janela do carro e olhei pra ela, vendo meu pai ali.

Os vidros eram escuros, então de fora ele não conseguia ver nada.

- Porra é hoje que eu morro. - O Nicolas disse desesperado e eu voltei pro banco do carona, arrumando minha roupa.

Abri a janela e meu pai suspirou aliviado, trazendo a mão que estava em suas costas pra frente.

- Porra filha, tua mãe disse que tinha um carro parado aqui a muito tempo e ninguém desceu. Achei que era algum filho da puta. - Ele disse guardando a arma na cintura e cobriu com a blusa.

Olhei pro Nicolas que tinha os olhos arregalados.

- Tava me despedindo do Nicolas. - Disse tranquila e meu pai fechou a cara.

- Todo esse tempo? - Ele cruzou os braços no peito e eu desci do carro, fazendo ele dar um passo pra trás.

- Sim papaizinho. - Abracei o corpo dele e beijei seu peito. - Vou pegar minhas coisas e entramos.

Ele assentiu e continuou olhando sério pro Nicolas, peguei minhas mochilas no banco de trás e pisquei pra ele.

Ele deu um sorriso de lado e sai fechando a porta, dei as mochilas pro meu pai.

- Te vejo amanhã. - Me inclinei na janela do carro, puxando o rosto dele e selando nossos lábios. - Gostoso. - Sussurrei e ouvi meu pai tossindo.

Ri e me afastei, pegando no braço enorme do meu véio e puxando ele pra dentro de casa.

- Tu passou o final de semana todo com esse moleque? - Ele perguntou todo bolado e eu peguei minhas mochilas.

- Sim. - Dei de ombros com um sorrisinho e beijei o peito dele, antes de ir pro meu quarto.

Ouvi ele resmungando alguma coisa e minha mãe rindo alto.

Joguei minha mochila com roupas na cama e comecei a desfazer ela, odiava bagunça.

Coloquei as roupas sujas no cesto, as limpas guardei de novo e guardei meu acessórios e produtos de higiene.

Peguei minha mochila da faculdade e fui pra minha escrivaninha, começar a fazer as atividade que tinha pra entregar amanhã.

...

- Filha vem jantar. - Minha mãe bateu na porta e eu me levantei na mesma hora.

Estiquei minha costas e sai do quarto, vendo o Samuel dançar feliz na sala.

- Franguinho franguinho. - Ele dizia enquanto dançava e comia um pedaço de peito de frango.

- Nossa que delícia que deve estar esse franguinho. - Disse pra ele e agarrei seu corpinho, fazendo ele rir alto. - Aí gostoso da maninha.

Beijei o rostinho dele e ele beijou o meu.

Ainda sinto um calorzinho gotoso no peito toda vez que eu me dá um beijo. Por conta do autismo, ele não suportava esse tipo de demonstração de afeto, odiava beijos, abraços e carinho. Então com 1 ano paramos de forçar. Com 3 anos ele ja fazia acompanhamento com a psicóloga e ela estava trabalhando essa questão com ele, então um dia ele simplesmente pegou o rosto da minha mãe e deu um beijo, na hora estávamos vendo um filme em família na sala e todo mundo parou emocionado com o momento. Então nosso bebê levantou e começou a beijar todos nós e dar abraços. Desde que essa chave virou na cabecinha dele, ele ama beijos e abraços e ama ainda mais dormir no peito do meu pai com ele fazendo carinho nas suas costas.

- Mamãe fez franguinho no forninho e saladinha de batata. - Ele disse e eu sentei ele na cadeira ao meu lado que ficava ao lado da nossa mãe também.

- O cheiro está uma delícia. - O Henrique disse e começamos a nos servir.

- Come bastante franguinho e feijãozinho pra ficar bem forte papai. - O Samuel disse e meu pai ficou todo bobo, pegando mais feijão e frango.

- Isso filho, papai tem que comer bastante por que ele é grandão. - Minha mãe falou e beijou os cachinhos dele.

- Amanhã o papai vai levar eu e o Jota jogar bola lá no campinho. - Samuca disse e dançou na cadeira, fazendo a gente rir.

Jota era o Jonathan, nosso vizinho que tinha a mesma idade dele.

- Vou chamar os moleques pra gente ir junto. - O Felipe disse e eu assenti.

- Vou chamar as meninas pra jogar vôlei então, querem ir? - Perguntei pro Henrique e pra minha mãe.

- Eu topo. - O Henrique sorriu pra mim.

- Eu também, faz tempo que não jogo vôlei. Vou fazer algumas coisas pra gente comer e chamar o casal maravilha com o Théo. - Minha mãe disse e continuou comendo.

Théo é o irmão do Davi, moleque já está com 13 anos.

Olhei pro meu pai que tinha um sorriso, olhando pra minha mãe.

Neguei com a cabeça reconhecendo o olhar bobo e apaixonado dele e continuei comendo.

...

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