Capítulo 108

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• Nicolas Andrade Di Fiori •

Sentado na poltrona, respirei fundo e segurei firme minha mulher contra meu peito.

Ela tinha apenas um banco para se apoiar enquanto respirava fundo, estando entre meus braços.

- Na próxima contração faz força mamãe, já tá na hora. - A doutora disse após o exame de toque e se posicionou melhor entre as pernas da Isabella.

Minha esposa segurou minhas mãos e assim que a contração veio, ela apertou as mesmas com força e grunhiu alto.

Mordi o lábio sentindo meus olhos encherem de lágrimas por ver ela naquela situação.

Olhei pra médica que se inclinou mais pra frente e olhou pra gente.

- Mais uma vez, tá quase lá. - Ela disse e com uma força fora normal, minha mulher trouxe nossa filha ao mundo.

Arfei vendo a pequena bebê ser depositada em seu peito e a ajudei a segurar a mesma, completamente apaixonado pelas duas.

Meu peito se encheu com um amor de um jeito diferente, não só pela minha filha mas também pela minha mulher.

Beijei a cabeça da Isabella com carinho e admiração e me deixei chorar, admirando nosso pequeno pacotinho procurar pelo peito da mãe, chorando alto.

A enfermeira ajudou a minha mulher a dar o peito pra Heloise e logo a bebê foi se acalmando.

A pediatra se aproximou e começou a limpar o ouvido e nariz da Heloise, passando um lencinho por seu rostinho em seguida.

Limpei minhas lágrimas e abracei as duas contra meu peito após a médica se afastar, um sorriso bobo logo apareceu em meus lábios, vendo minha filha mamar com vontade.

- Depois de tudo que eu vi aqui hoje, eu te amo ainda mais. - Sussurrei no ouvido da minha mulher que sorriu.

- Digo o mesmo, sua força foi essencial demais nesse momento. - Ela disse também sem tirar os olhos da nossa bebê e então beijei seu pescoço suado.

Peguei uma toalha que uma enfermeira me entendia e cuidadosamente limpei o rosto da Isabella.

Olhei pra médica que ainda estava entre suas pernas e franzi a testa.

- Algo de errado doutora? - Perguntei preocupado.

- Não papai, só dando alguns pontos por que essa bebêzinha veio bem grande e acabou machucando um pouco. - Ela disse concentrada no que fazia e fiz careta.

Caralho, não tinha pensado nisso.

Logo que ela terminou, a pediatra precisou pegar a Heloise pra fazer os exames necessários e então deixei minha sogra ajudar minha mulher a tomar um banho com cuidado.

Fui tirar aquela roupa de hospital e voltei pro quarto em seguida.

- Meus parabéns meu bebê. - Minha mãe me abraçou apertado e eu sorri, devolvendo o seu abraço amoroso.

- Obrigado mãezinha. - Falei com a voz embargada.

Meu pai e sogro vieram me abraçar também logo depois.

Quando a Isabella saiu do banheiro, meu sogro colocou ela na cama e me sentei ali ao seu lado.

- Como se sente? - Perguntei passando a mão por seus cabelos molhados.

- Cansada, dolorida mas feliz. - Disse com um sorriso e deslizou os dedos por minha bochecha.

- Vou la ver como ela está e se der já trago ela pra você. - Falei olhando em seus olhos e ela assentiu.

Beijei sua boca rapidamente e me levantei, saindo do quarto.

A enfermeira que estava passando no corredor me indicou onde minha filha estava e fui até lá.

Sorri bobo vendo minha princesa ser vestida com um macacão azul claro.

- Pode vir até aqui papai. - A enfermeira me chamou sorrindo e então segui até ela.

- Como ela está? - Perguntei, olhando pro rostinho perfeito da bebê.

- Perfeita e liberada pra ir ficar com vocês. - A enfermeira disse e com cuidado enrolou o corpinho da minha filha com uma manta branca.

Ela me entregou meu pacotinho e beijei sua testinha.

- Obrigado. - Sorri pra moça e peguei a bolsa da neném.

A enfermeira me entregou a documentação pra fazer o registro no cartório e então daí daquela sala com minha filha nos braços, indo direto pro quarto onde sua mãe estava ansiosa para vê-la.

Entrei no mesmo e deixei a bolsa na poltrona, antes de seguir até a Isabella que sorria lindamente pra mim.

- Olha quem tá pronta pra mais um tetê, mamãe. - Falei pra minha esposa e com cuidado entreguei nossa menina em seus braços.

- Ela é tão linda. - Suspirou apaixonada e baixou um lado da camisola de amamentação que usava, liberando o seio e deixando nossa princesa mamar.

- Igual você. - Beijei sua testa e logo tive seu olhar preso no meu.

- Nunca vou cansar de te agradecer por isso ou de dizer o quanto eu te amo. - Ela falou que sorri de lado.

- Também te amo morena, pra caralho. - Falei e beijei seus lábios.

Nossos pais tiveram que sair antes mesmo de eu voltar, pra deixar minha mulher descansar, então me deitei ao seu lado e puxei as duas mulheres da minha vida pro meu peito.

Fiquei fazendo um carinho no braço da Heloise e também no cabelo da Isabella.

Que assim como eu, estava igualmente babando na nossa neném esfomeada.

...

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