Capítulo 80

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• Isabella LeBlanc Sanchez •

Acordei com um toque de celular e olhei pro Nicolas que dormia com a cara enfiada nos meus peito que só eram cobertos pelo meu sutiã.

Passei a mão no cabelo dele e peguei o seu celular que tocava alto.

Ele se mexeu acordando e atendi assim que vi o nome do pai dele na tela.

- Filho? - Ele disse com a respiração rápida e franzi a testa.

- Sou eu, sogro. - Disse e ouvi um suspiro do outro lado do telefone, o Nicolas sentou rápido me olhando.

- Tô a caminho da maternidade com a Carol, a Helena tá querendo nascer. - Ouvi a risada feliz dele e sorri, me sentindo na cama.

- Já vamos pra lá, se cuidem por favor. - Falei e ele concordou, em seguida desliguei.

- O que foi? - O Nicolas perguntou.

- Parece que tem uma garotinha querendo nascer. - Falei sorrindo e ele deu um pulo da cama correndo pro closet.

- Caralho. - Ele exclamou alto e eu ri, indo pro closet atrás dele.

Tirei meu shorts curto do pijama e coloquei um vestido midi na cor lilás, ele era colado no corpo e de alcinha.

Como era de madrugada, coloquei um casaco jeans claro por cima e meu Nike branco.

Arrumei meu cabelo rapidamente e escovei os dentes, lavei o rosto e peguei o celular na mesinha ao lado da cama.

- Menino, te acalma. Teu pai tava rindo tranquilo então tá tudo bem. Respira. - Falei vendo a afobação dele pra amarrar o tênis.

Ele respirou fundo e eu peguei minha bolsa, coloquei nossos celulares ali e entreguei a carteira dele pra ele.

Entrelaçamos nossos dedos e saímos do apartamento.

Fomos direto pra garagem e de lá ele saiu cantando pneu pra maternidade.

A mão dele veio pra minha coxa e coloquei a minha em sua nuca, fazendo um carinho ali pra ele se acalmar.

O trajeto não levou muito tempo e logo e estávamos andando pra dentro da maternidade, pegamos nossos crachás de visitantes e seguimos até onde minha sogra estaria.

Ouvi um gemido de dor e segui o Nicolas pra dentro do quarto.

Coloquei a bolsa no sofá e segui até minha sogra que agora tinha meu namorado a abraçando com força.

- Como você tá? - Ele perguntou e beijou a testa dela.

- Com dor mas bem, a neném tá encaixada e agora é só esperar a dilatação aumentar. - Ela disse sorrindo tranquila pra ele e estendeu a mão pra mim.

Me aproximei e abracei ela, antes de beijar sua barriga.

- Vai dar tudo certo. - Falei e ela sorriu assentindo, meu sogro se aproximou e abraçamos ele.

Logo uma enfermeira entrou e nos afastamos, sentei no sofá com o Nicolas ao meu lado e assisti a moça ajudar minha sogra e ir até uma banheira que estava cheia.

Deitei a cabeça no ombro do meu gato e ele entrelaçou nossos dedos no meu colo.

- Pelo visto vocês estão bem. - Minha sogra disse e eu sorri de lado.

- Estamos nos acertando, nada que um tempo pra pensar e uma boa conversa não ajude. - Falei e ela assentiu, relaxando dentro da banheira de hidromassagem.

- Eu falei pro Nicolas que tudo ia ficar bem, vocês se amam e só precisavam de um tempo. Ele também precisava de um choque de realidade pra parar de ser bobo ou ia te perder de vez. Aí eu deserdava ele e te adotava. - Ela disse e eu ri.

Olhei pro meu namorado que fazia careta.

- Devia ter socado a cara dele quando ele foi grosso contigo Isa. - Meu sogro disse e eu ri mais ainda, vendo a cara de indignado do Nicolas.

- Foi falta de respeito o que ele fez, mas você foi muito madura por não ter devolvido na mesma moeda. - Minha sogra falou e beliscou o marido que riu. - Só ganhou mais pontos comigo, sua mãe realmente te ensinou a ser uma mulher incrível.

Ela suspirou feliz e eu sorri pra ela, agradecida pelas palavras.

- Aí porra. - Ela exclamou e se contorceu dentro da banheira, fazendo careta de dor.

Voltei a deitar minha cabeça no ombro do Nicolas e ele levou minha mão aos lábios, beijando minha aliança.

- Se quiser entrar junto com ela papai, fique a vontade. Vou estar do lado de fora, qualquer coisa me chamem. - A enfermeira disse e meu sogro correu até a bolsa deles, pegando um shorts e indo pro banheiro.

Fiz carinho nas costas da mão do Nicolas com minha mão livre e ri vendo o pai dele sair rápido do banheiro e ir ficar com a Carol.

Ele se sentou ali dentro com ela e a puxou pra se deitar as costas em seu peito.

- Papai tá aqui. - Ouvi ele dizer e fazer carinho na barriga grande ela, enquanto ela voltava a relaxar.

Olhei pro Nicolas que tinha os olhos brilhando com a imagem dos pais em nossa frente e beijei seu rosto.

- Um dia vai ser a gente? - Perguntou do nada e eu me engasguei com o ar.

- Que isso menino? Do nada? - Passei a mão no meu peito enquanto ele ria de mim.

- Vai ou não vai? - Perguntou novamente e agora tinha os olhos brilhando em minha direção.

- Lembre-se que meu irmão vai ter três de uma vez, é isso mesmo que você quer? - Perguntei sorrindo de lado.

- Até cinco se der. - Falou bobo e eu dei risada.

- Nem a pau garoto, se liga. - Disse rindo e ele selou nossos lábios.

- Mas vai ou não vai? - Perguntou de novo e eu sorri.

- Vai sim. - Sussurrei e os olhos dele brilharam ainda mais.

Ele colocou a mão livre na minha nuca e me puxou pra um beijo.

...

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