• Isabella LeBlanc Sanchez •
Acordei com um toque de celular e olhei pro Nicolas que dormia com a cara enfiada nos meus peito que só eram cobertos pelo meu sutiã.
Passei a mão no cabelo dele e peguei o seu celular que tocava alto.
Ele se mexeu acordando e atendi assim que vi o nome do pai dele na tela.
- Filho? - Ele disse com a respiração rápida e franzi a testa.
- Sou eu, sogro. - Disse e ouvi um suspiro do outro lado do telefone, o Nicolas sentou rápido me olhando.
- Tô a caminho da maternidade com a Carol, a Helena tá querendo nascer. - Ouvi a risada feliz dele e sorri, me sentindo na cama.
- Já vamos pra lá, se cuidem por favor. - Falei e ele concordou, em seguida desliguei.
- O que foi? - O Nicolas perguntou.
- Parece que tem uma garotinha querendo nascer. - Falei sorrindo e ele deu um pulo da cama correndo pro closet.
- Caralho. - Ele exclamou alto e eu ri, indo pro closet atrás dele.
Tirei meu shorts curto do pijama e coloquei um vestido midi na cor lilás, ele era colado no corpo e de alcinha.
Como era de madrugada, coloquei um casaco jeans claro por cima e meu Nike branco.
Arrumei meu cabelo rapidamente e escovei os dentes, lavei o rosto e peguei o celular na mesinha ao lado da cama.
- Menino, te acalma. Teu pai tava rindo tranquilo então tá tudo bem. Respira. - Falei vendo a afobação dele pra amarrar o tênis.
Ele respirou fundo e eu peguei minha bolsa, coloquei nossos celulares ali e entreguei a carteira dele pra ele.
Entrelaçamos nossos dedos e saímos do apartamento.
Fomos direto pra garagem e de lá ele saiu cantando pneu pra maternidade.
A mão dele veio pra minha coxa e coloquei a minha em sua nuca, fazendo um carinho ali pra ele se acalmar.
O trajeto não levou muito tempo e logo e estávamos andando pra dentro da maternidade, pegamos nossos crachás de visitantes e seguimos até onde minha sogra estaria.
Ouvi um gemido de dor e segui o Nicolas pra dentro do quarto.
Coloquei a bolsa no sofá e segui até minha sogra que agora tinha meu namorado a abraçando com força.
- Como você tá? - Ele perguntou e beijou a testa dela.
- Com dor mas bem, a neném tá encaixada e agora é só esperar a dilatação aumentar. - Ela disse sorrindo tranquila pra ele e estendeu a mão pra mim.
Me aproximei e abracei ela, antes de beijar sua barriga.
- Vai dar tudo certo. - Falei e ela sorriu assentindo, meu sogro se aproximou e abraçamos ele.
Logo uma enfermeira entrou e nos afastamos, sentei no sofá com o Nicolas ao meu lado e assisti a moça ajudar minha sogra e ir até uma banheira que estava cheia.
Deitei a cabeça no ombro do meu gato e ele entrelaçou nossos dedos no meu colo.
- Pelo visto vocês estão bem. - Minha sogra disse e eu sorri de lado.
- Estamos nos acertando, nada que um tempo pra pensar e uma boa conversa não ajude. - Falei e ela assentiu, relaxando dentro da banheira de hidromassagem.
- Eu falei pro Nicolas que tudo ia ficar bem, vocês se amam e só precisavam de um tempo. Ele também precisava de um choque de realidade pra parar de ser bobo ou ia te perder de vez. Aí eu deserdava ele e te adotava. - Ela disse e eu ri.
Olhei pro meu namorado que fazia careta.
- Devia ter socado a cara dele quando ele foi grosso contigo Isa. - Meu sogro disse e eu ri mais ainda, vendo a cara de indignado do Nicolas.
- Foi falta de respeito o que ele fez, mas você foi muito madura por não ter devolvido na mesma moeda. - Minha sogra falou e beliscou o marido que riu. - Só ganhou mais pontos comigo, sua mãe realmente te ensinou a ser uma mulher incrível.
Ela suspirou feliz e eu sorri pra ela, agradecida pelas palavras.
- Aí porra. - Ela exclamou e se contorceu dentro da banheira, fazendo careta de dor.
Voltei a deitar minha cabeça no ombro do Nicolas e ele levou minha mão aos lábios, beijando minha aliança.
- Se quiser entrar junto com ela papai, fique a vontade. Vou estar do lado de fora, qualquer coisa me chamem. - A enfermeira disse e meu sogro correu até a bolsa deles, pegando um shorts e indo pro banheiro.
Fiz carinho nas costas da mão do Nicolas com minha mão livre e ri vendo o pai dele sair rápido do banheiro e ir ficar com a Carol.
Ele se sentou ali dentro com ela e a puxou pra se deitar as costas em seu peito.
- Papai tá aqui. - Ouvi ele dizer e fazer carinho na barriga grande ela, enquanto ela voltava a relaxar.
Olhei pro Nicolas que tinha os olhos brilhando com a imagem dos pais em nossa frente e beijei seu rosto.
- Um dia vai ser a gente? - Perguntou do nada e eu me engasguei com o ar.
- Que isso menino? Do nada? - Passei a mão no meu peito enquanto ele ria de mim.
- Vai ou não vai? - Perguntou novamente e agora tinha os olhos brilhando em minha direção.
- Lembre-se que meu irmão vai ter três de uma vez, é isso mesmo que você quer? - Perguntei sorrindo de lado.
- Até cinco se der. - Falou bobo e eu dei risada.
- Nem a pau garoto, se liga. - Disse rindo e ele selou nossos lábios.
- Mas vai ou não vai? - Perguntou de novo e eu sorri.
- Vai sim. - Sussurrei e os olhos dele brilharam ainda mais.
Ele colocou a mão livre na minha nuca e me puxou pra um beijo.
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...