Capítulo 48

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• Isabella LeBlanc Sanchez •

- Oi meu bem. - Minha sogra disse me abraçando.

- Como você tá? - Apertei ela em meus braços mais uma vez antes de me afastar.

- Tô bem, finalmente a fase dos enjoos passou. - Ela sorriu pra mim e me deu um beijo no rosto.

- Fico feliz em saber disso. - Sorri pra ela e cumprimentei meu sogro com um abraço também. - É um prazer receber vocês aqui.

- A gente que agradece pelo convite. - Ele disse e deixei que entrassem.

- Oi de novo, morena. - Meu gato enlaçou minha cintura com o braço e se curvou, juntando nossos lábios em um selinho longo.

- Oi neném. - Dei mais um selinho breve nele e me afastei, entrelacei nossos dedos e puxei ele pra dentro.

Fechei a porta e andei até a sala na frente.

- Esses são Miguel meu pai, Alice minha mãe, Henrique, Samuel e Felipe meus irmãos e essa é minha melhor amiga, cunhada e mãe do meu sobrinho a Luísa. - Apontei pra eles que se levantaram e vieram pra perto cumprimentar. Menos o Samuca que se escondeu nas pernas do meu pai.

Isso que preparamos o terreno antes e explicamos quem viria.

- Prazel, sou Carol mãe desse gato ali. - Minha sogra disse depois de abraçar minha mãe a apontou pro Nicolas que me abraçava de lado.

- Sou Ricardo e já soube que tu é flamenguista, então já gosto de ti. - Meu sogro falou e tirou uma risada sincera do meu pai.

- Então esse é o príncipe Samuel? Ouvi muito sobre você. - Minha sogra disse se abaixando e estendendo a mão pra ele. - É um imenso prazer conhecer um futuro médico tão lindo assim.

Devagar o Samuel saiu de trás da perna do meu pai e segurou a mão dela, balançando a mesma.

- É verdade que tem um bebê na sua barriguinha, igual tem na da tia Luísa? - Ele perguntou baixinho, torcendo os dedos na barra da camiseta.

- É sim, olha aqui. - Ela levantou e subiu a camiseta, mostrando o volume que tinha em sua barriga. - Ele ainda é do tamanho de uma maçã mas vai crescer até o tamanho de uma boneca de brinquedo e daí a barriga da tia vai ficar enorme. - Ela dizia mostrando os tamanhos e ele riu.

- A mamãe disse que eu vim da barriguinha dela também. - Ele pulou feliz e rimos juntos.

- Isso aí, as barriguinhas das mamães são iguais forninhos, os bebês ficam lá dentro crescendo igual um bolinho, aí quando da o tempo certo, o doutor tira o neném da barriguinha da mamãe. - Minha sogra disse e eu sorri de lado, abraçando meu namorado.

- A mamãe disse que cresce dedinho, orelhinha, pezinho mas também tem os bebês que não cresce essas coisas e está tudo bem, eles são lindos iguais. Tipo eu que cresci mas tenho autismo, sou diferente mas também sou igual a todos. - Falou todo homenzinho e eu não aguentei, escondendo meu rosto no peito do Nicolas pra não chorar.

- Você é um menino muito inteligente Samuel, está de parabéns. - Meu sogro disse e limpei meus olhos, antes de olhar pros meus pais que tinham um sorriso orgulhoso no rosto.

- Bom, vamos colocar a carne na brasa? A Isa já deixou tudo pronto. - Meu pai disse e o Nicolas beijou minha cabeça, antes de seguir com os homens pra área de trás.

Ri vendo o Samuel imitar o Felipe e colocar as mãos nos bolsos da calças, seguindo eles.

- Você realmente está fazendo um ótimo trabalho Alice. - Minha sogra disse e fomos pra cozinha juntas.

- Não é fácil, o Samuel é entre os quatro o que tem mais curiosidade sobre tudo. Então sempre estou com o celular por perto pra pesquisarmos juntos. - Minha mãe riu.

- Eu imagino, mas me conta, tá de quanto tempo de gestação? - Carol perguntou pra Luísa.

Lavei as mãos e sentei na bancada, começando a descascar a batata já cozida.

- Completo cinco semanas amanhã. - Minha amiga disse com um sorriso lindo.

- Qual a sensação de saber que vai ser avó? - Perguntou pra minha mãe dessa vez e levantou.

Vi que ela foi até a pia e lavou as mãos, antes de pegar uma faca e me ajudar com as batatas, sorri agradecida.

Logo todas estávamos no trabalho de descascar as benditas batatas.

- É um sentimento parecido com ter um filho, mas ao mesmo tempo completamente diferente. - Minha mãe disse com um sorriso bobo no rosto.

- Não vejo a hora de ter um. - Minha sogra disse e eu me afoguei com a saliva.

Elas começaram a rir e eu me levantei pra beber uma água, enquanto tossia.

- Meu Deus, aí minha barriga. - Luísa disse rindo alto e eu me servi com um pouco de água, tomando ela com rapidez.

- Vocês são malucas, só pode. - Ri de leve e voltei a me sentar com elas.

- Mas já imaginou amiga, eu e você grávidas juntas. - Minha amiga disse limpando as lágrimas e olhei pra porta ouvindo uma tosse.

Ri vendo o Nicolas de olhos arregalados e engasgado.

- Grávida? - Ele disse passando a mão no peito.

- Ouviu só o final da conversa, elas tavam falando que ia ser legal se ficássemos grávidas junto mas não quero não. - Disse pra ele e continuei descascando as batatas.

- Aleluia. - Ele disse e passou a mão na testa. - Só vim buscar cerveja e coca pros menores de idade e quase tenho um infarto.

Ele foi até a geladeira e primeiro serviu a coca pros menores, levou pra fora e voltou pra pegar as cervejas.

- O Nicolas disse que tu quer um espaço pra abrir o restaurante. - Minha sogra disse e voltei minha atenção pra ela, assentindo.

- Sim, quero algo amplo pra comprar e que seja por essa região. - Disse e ela mordeu o canto da boca pensando.

- Perto do nosso escritório de engenharia tem uma sala enorme, recém terminaram de fazer, mas é enorme mesmo, acho que ficaria perfeito pra um restaurante. - Ela disse e eu olhei pra Luísa rapidamente, que tinha os olhos nela também.

- É um edifício sozinho? - Perguntei e ela assentiu.

- Sim e de esquina. Antes era uma casa antiga e parece que compraram e destruíram pra fazer essa nova estrutura. É gigantesca, deve ser uma fortuna mas o ponto é perfeito. - Ela disse e eu sorri, olhando novamente pra Luísa que tinha um sorriso no rosto também.

- Me passa o endereço depois que vou dar uma olhada. - Minha mãe disse e sorri pra ela.

- Minha mãe que vai fazer o projeto todo, já sabe como queremos então ela sabe bem o tamanho do espaço necessário. - Falei e ela assentiu.

Será que meu sonho realmente vai se realizar?

...

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