• Felipe LeBlanc Sanchez •
Segurava a mão na minha namorada que agora estava acordada e numa cama da ala emergência do hospital.
Fiz um carinho no cabelo dela e beijei sua testa.
- Oi casal. - Uma médica entrou e sorriu pra gente, sorrimos de volta.
- Então doutora? - A Luísa perguntou.
- Então mocinha. - Ela abriu uma pasta e leu algo lá, antes de fechá-la e voltar a olhar pra Luísa. - Vi que consumiu bastante álcool nas últimas horas e foi por isso que passou mal.
- Como assim? Eu sempre bebo e nunca aconteceu isso doutora. - Ela disse com os olhos cheios de lágrimas e apertei sua mão.
- Mas agora a situação é outra, você tem um bebezinho aí dentro e álcool é extremamente proibido. - Ela disse e eu travei.
- Bebê? - Sussurrei e ela virou a atenção pra mim.
- Sim, não sei exatamente de quanto tempo é a gestação, só um ultrassom pode dizer. Mas no seu exame de sangue apontou uma gravidez. - Ela disse e olhei pra Luísa, que tinha os olhos arregalados. - Bom, vou deixar vocês conversarem e deixarei sua alta aqui.
Ela deixou um papel na mesa e saiu, continuei olhando pra Luísa.
- Amor. - Ela choramingou e eu me abaixei, abraçando ela. - Meu Deus, como a gente se descuidou assim?
Ela chorava no meu pescoço e eu fazia um carinho no cabelo dela.
- Se for parar pra pensar, nunca usamos camisinha. - Disse baixo em seu ouvido e me afastei pra limpar seu rosto. - Fomos irresponsáveis, não vou negar mas é errado eu estar um pouco feliz?
Ela riu de mim e passou a mão na minha bochecha.
- Não, mas você sabe que nossos pais vão nos matar. - Ela disse e eu assenti, rindo.
- Faz só um mês que estamos juntos e já vamos ter um filho, caralho meu pai vai me matar. - Apoiei minha festa na dela e rimos mais.
- Te amo Felipe. - Ela disse olhando nos meus olhos.
- Te amo muito mais Luísa. - Sorri e juntei nossas bocas em um beijo leve.
- Me ajuda a sair daqui, quero ver a cara dos nossos amigos quando souberem. - Ela falou e eu ri, ajudando a mesma a sair da cama.
Ajudei ela com a saia e a colocar o salto, só então saímos da sala com o papel da alta nas mãos.
Apresentei o mesmo pro segurança que nos liberou.
Foi só colocarmos o pé na recepção que os malucos vieram pra cima da gente.
- Meu Deus amiga, você tá bem? O que aconteceu? - A Isabella apertou ela em um abraço e rimos.
- Calma, vamos explicar. - Eu disse e nós fomos até o lado de fora, onde estavam nossos carros.
- Então? - A Sarah perguntou nervosa já.
- Eu tô grávida. - A Luísa falou direta e ficou só um silêncio.
Todos olhavam pra nós chocados, até virem pra cima da gente.
- Caralho irmão, parabéns. - O Pedro disse me abraçando.
- Valeu cara. - Ri batendo nas costas dele.
Depois veio o Davi e o Nicolas, me parabenizar também.
- Meu deus eu vou ser tia. - Minha irmã pulou em mim e me abraçou forte.
- Eu vou ser pai porra. - Falei alto e ela riu comigo.
Ela beijou meu rosto e se afastou, puxei a Luísa pros meus braços.
- Sei que fomos irresponsáveis pra caralho, mas não vejo mais minha vida sem essa mulher aqui, então fodase. Se Deus quis assim, que assim seja. - Dei de ombros e beijei a cabeça da minha gata.
- Aí fofinho, te amo tanto. - Ela disse toda dengosa me apertando.
- Meu Deus eu vou ser titia. - A Isabella disse chorando contra o peito do Nicolas que tinha a cara de assustado. - Vamos fazer um também neném, pra eles serem priminhos.
Rimos alto da cara de pavor dele enquanto tentava acalmar ela.
...
- Vó? - Minha mãe gritou assim que contei.
Já era almoço de domingo, Luísa dormiu aqui e decidimos contar logo de uma vez.
- Puta merda Felipe, o pai não te ensinou a usar camisinha não? - O Henrique falou de olhos arregalados de susto.
- Meu deus eu vou ser vovó. - Minha mãe disse chorando e puxou a Luísa pra um abraço. - Oh minha filha fico tão feliz em saber disso.
- Foram irresponsáveis mas não mais crianças, vamos desenrolar isso aí melhor depois com os pais da Luísa mas por agora vem dar um abraço no teu velho. - Meu pai disse e me puxou pra um abraço.
Ri de lado e apertei ele, que beijou minha cabeça.
Logo minha mãe veio me abraçar e beijou todo o meu rosto.
- Aí meu Deus, agora meu menino vai sair de casa e ter a própria família dele. - Minha mãe dizia chorando já no peito do meu pai.
- Essa semana ainda conto pros meus pais e vou marcar a primeira ultra, aí fazemos uma janta pra conversarmos melhor. - A Luísa disse e me abraçou de lado. Beijei a cabeça dela.
- Vamos sim meu amor, aí que felicidade. - Minha mãe disse toda boba e eu ri, abraçando o corpo pequeno da minha gata contra o meu.
...
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Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...