Capítulo 39

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• Felipe LeBlanc Sanchez •

Segurava a mão na minha namorada que agora estava acordada e numa cama da ala emergência do hospital.

Fiz um carinho no cabelo dela e beijei sua testa.

- Oi casal. - Uma médica entrou e sorriu pra gente, sorrimos de volta.

- Então doutora? - A Luísa perguntou.

- Então mocinha. - Ela abriu uma pasta e leu algo lá, antes de fechá-la e voltar a olhar pra Luísa. - Vi que consumiu bastante álcool nas últimas horas e foi por isso que passou mal.

- Como assim? Eu sempre bebo e nunca aconteceu isso doutora. - Ela disse com os olhos cheios de lágrimas e apertei sua mão.

- Mas agora a situação é outra, você tem um bebezinho aí dentro e álcool é extremamente proibido. - Ela disse e eu travei.

- Bebê? - Sussurrei e ela virou a atenção pra mim.

- Sim, não sei exatamente de quanto tempo é a gestação, só um ultrassom pode dizer. Mas no seu exame de sangue apontou uma gravidez. - Ela disse e olhei pra Luísa, que tinha os olhos arregalados. - Bom, vou deixar vocês conversarem e deixarei sua alta aqui.

Ela deixou um papel na mesa e saiu, continuei olhando pra Luísa.

- Amor. - Ela choramingou e eu me abaixei, abraçando ela. - Meu Deus, como a gente se descuidou assim?

Ela chorava no meu pescoço e eu fazia um carinho no cabelo dela.

- Se for parar pra pensar, nunca usamos camisinha. - Disse baixo em seu ouvido e me afastei pra limpar seu rosto. - Fomos irresponsáveis, não vou negar mas é errado eu estar um pouco feliz?

Ela riu de mim e passou a mão na minha bochecha.

- Não, mas você sabe que nossos pais vão nos matar. - Ela disse e eu assenti, rindo.

- Faz só um mês que estamos juntos e já vamos ter um filho, caralho meu pai vai me matar. - Apoiei minha festa na dela e rimos mais.

- Te amo Felipe. - Ela disse olhando nos meus olhos.

- Te amo muito mais Luísa. - Sorri e juntei nossas bocas em um beijo leve.

- Me ajuda a sair daqui, quero ver a cara dos nossos amigos quando souberem. - Ela falou e eu ri, ajudando a mesma a sair da cama.

Ajudei ela com a saia e a colocar o salto, só então saímos da sala com o papel da alta nas mãos.

Apresentei o mesmo pro segurança que nos liberou.

Foi só colocarmos o pé na recepção que os malucos vieram pra cima da gente.

- Meu Deus amiga, você tá bem? O que aconteceu? - A Isabella apertou ela em um abraço e rimos.

- Calma, vamos explicar. - Eu disse e nós fomos até o lado de fora, onde estavam nossos carros.

- Então? - A Sarah perguntou nervosa já.

- Eu tô grávida. - A Luísa falou direta e ficou só um silêncio.

Todos olhavam pra nós chocados, até virem pra cima da gente.

- Caralho irmão, parabéns. - O Pedro disse me abraçando.

- Valeu cara. - Ri batendo nas costas dele.

Depois veio o Davi e o Nicolas, me parabenizar também.

- Meu deus eu vou ser tia. - Minha irmã pulou em mim e me abraçou forte.

- Eu vou ser pai porra. - Falei alto e ela riu comigo.

Ela beijou meu rosto e se afastou, puxei a Luísa pros meus braços.

- Sei que fomos irresponsáveis pra caralho, mas não vejo mais minha vida sem essa mulher aqui, então fodase. Se Deus quis assim, que assim seja. - Dei de ombros e beijei a cabeça da minha gata.

- Aí fofinho, te amo tanto. - Ela disse toda dengosa me apertando.

- Meu Deus eu vou ser titia. - A Isabella disse chorando contra o peito do Nicolas que tinha a cara de assustado. - Vamos fazer um também neném, pra eles serem priminhos.

Rimos alto da cara de pavor dele enquanto tentava acalmar ela.

...

- Vó? - Minha mãe gritou assim que contei.

Já era almoço de domingo, Luísa dormiu aqui e decidimos contar logo de uma vez.

- Puta merda Felipe, o pai não te ensinou a usar camisinha não? - O Henrique falou de olhos arregalados de susto.

- Meu deus eu vou ser vovó. - Minha mãe disse chorando e puxou a Luísa pra um abraço. - Oh minha filha fico tão feliz em saber disso.

- Foram irresponsáveis mas não mais crianças, vamos desenrolar isso aí melhor depois com os pais da Luísa mas por agora vem dar um abraço no teu velho. - Meu pai disse e me puxou pra um abraço.

Ri de lado e apertei ele, que beijou minha cabeça.

Logo minha mãe veio me abraçar e beijou todo o meu rosto.

- Aí meu Deus, agora meu menino vai sair de casa e ter a própria família dele. - Minha mãe dizia chorando já no peito do meu pai.

- Essa semana ainda conto pros meus pais e vou marcar a primeira ultra, aí fazemos uma janta pra conversarmos melhor. - A Luísa disse e me abraçou de lado. Beijei a cabeça dela.

- Vamos sim meu amor, aí que felicidade. - Minha mãe disse toda boba e eu ri, abraçando o corpo pequeno da minha gata contra o meu.

...

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