• Isabella LeBlanc Sanchez •
Peguei minha coxinha vegetariana, um brigadeirão e meu suco de laranja com acerola.
Me sentei na mesa com as meninas e peguei meu celular.
12:15 Nicolas: Já tá na lanchonete?
12:17 Isabella: Sim.
12:17 Nicolas: Já tô chegando aí, guarda meu lugar.
12:18 Isabella: Tô esperando um gatinho já, foi mal
12:18 Nicolas: Meu pau no teu cu otaria.Ri e ignorei e mensagem dele, sabendo que ele ia ficar puto.
Comecei a comer minha coxinha e um tempinho depois vi ele entrando com o Davi na lanchonete.
Ele olhou pra mesa que sempre ficávamos e estreitou os olhos pra mim.
Me engasguei com meu suco, dando risada e ele foi pra fila pegar o que ia comer.
Vi meu irmão chegar na mesa com a Manu e o Pedro e se sentaram por ali.
- Não vai mesmo pro bloquinho hoje? - A Manu fez bico pra mim.
- Vou não gata. - Sorri pra ela e limpei a boca.
- E vai fazer o que então? - Meu irmão perguntou e olhei pro lado, onde o Nicolas sentava, colocando a mochila no chão.
- Vai lá pra casa comigo. - Ele disse e piscou pro meu irmão.
- Não deveria ter perguntado. - Meu irmão disse e fez careta, me fazendo rir.
Olhei pro Nicolas que agora me olhava sério.
- Que foi garoto? - Peguei meu brigadeiro e dei uma mordida, segurando a risada.
- Esperando um gatinho é? - Tentou meter marra pra cima de mim.
- Um gostoso na verdade. - Me aproximei dele e beijei sua bochecha, antes de voltar a comer meu brigadeiro.
- Continua provocando, mais tarde vou descontar tudo em ti mesmo. - Ele disse mais baixo e me arrepiei inteira.
Aí que delícia.
Olhei pra ele e lambi os lábios, sentindo minha calcinha ficar encharcada.
- Mal posso esperar. - Disse mordendo o lábio e ele respirou fundo, olhando pra minha boca.
...
Mordi a tampa da caneta, prestando atenção na aula, senti alguém me cutucando e olhei pra trás.
- Posso falar contigo depois da aula? - Perguntou um menino que acho que era um tal de Gabriel.
Apenas assenti e voltei a prestar atenção na aula, fazendo minhas anotações na apostila e caderno de vez em quando.
Assim que a professora deu a aula por encerrada, levantei arrumando minha mochila e peguei e outra bolsa que tinham apenas minhas roupas dentro.
Ia deixar no carro do meu irmão, mas ele tinha aula só até as 14h e eu tive até as 17h hoje.
Sai da sala e senti puxarem meu braço com cuidado.
- Aí perdão, tinha esquecido. O que você queria falar? - Perguntei pro tal do Gabriel, parando em sua frente.
- Então, queria saber se tu não me passava teu número. Faz um tempo que tô tomando coragem pra chegar em ti. - Ele passou a mão na nuca e sorriu de lado.
Engoli em seco e sorri sem graça.
- Olha, se fosse um tempo atrás até te passaria, mas no momento já tô conhecendo alguém. - Falei pra ele que suspirou pesado.
- Tá saindo com aquele cara que vive pra cima e pra baixo contigo? - Cruzou os braços no peito, me olhando sério enquanto falava com deboche.
- Sim, por que a pergunta? - Perguntei, estranhando o jeito que ele falou do Nicolas.
- Aquele cara tem uma namorada lá na antiga faculdade dele, uma tal de Vanessa. - Ele disse olhando nos meus olhos e eu assenti.
- Okay mas ainda sim não vou te passar meu numero, tenha um ótimo dia. - Sorri fraco pra ele e caminhei pra fora do prédio.
Namorada? Que merda é essa?
Respirei fundo tentando manter a calma e não socar a cara do Nicolas, até ele me explicar essa merda direito.
Caminhei até o estacionamento e vi ele encostado no carro, mexendo no celular, cheguei perto e cruzei os braços.
- Vamos? Quero conversar contigo mas não aqui. - Disse seria pra ele, que guardou o celular no bolso.
- Ih lá vem bomba, bora lá morena. - Ele se afastou do carro e entramos juntos, coloquei minhas mochilas no banco de trás e passei o cinto no meu corpo.
Fiquei olhando pra fora da janela o tempo todo, sentindo a mão dele fazer carinho na minha coxa.
Cabeça tava a mil com essa merda.
Assim que ele estacionou na garagem, descemos e ele pegou as mochilas no banco de trás.
Segui ele pra dentro da casa e subimos juntos pro seu quarto.
Sentei na cama e olhei pra ele, que tinha uma sobrancelha arqueada.
- Agora fala. - Ele disse sentando na minha frente, tirando os tênis.
- Um garoto da minha sala veio pedir meu número e quando disse pra ele que não passaria por já estar conhecendo alguém, ele me falou que você tem uma namorada na sua antiga faculdade. Que história é essa? - Perguntei direta e ele respirou fundo.
- Quando eu ainda tava lá, eu ficava com uma menina, nada sério que nem a gente. Só transávamos as vezes e nos esbarrávamos em festas, onde ficávamos. Ficamos nisso alguns meses, até um dia eu chegar em casa e ela estar sentada no meu sofá com minha mãe, na hora não entendi nada mas minha mãe disse que ela foi se apresentar como minha namorada. Na mesma hora desmenti ela e mandei sair da minha casa. - Ele respirou fundo e passou a mão nos cabelos. - No outro dia quando cheguei na faculdade, meu melhor amigo da época chegou em mim contando que ela tava falando pra todo mundo que eu tinha pedido ela em namoro. Quando a encontrei, ela usava até uma aliança como se eu tivesse dado aquilo pra ela. Terminei tudo com ela, mandei parar com aquilo e nunca mais me procurar. - Ele deitou na cama a pegou o celular, mexendo em algo antes de me entregar. - Aqui, as milhares de solicitações de contas fakes no insta, tudo dela. Eu sei que ela continua falando merda de mim lá, como se namorássemos a distância ou como se eu tivesse largado ela sozinha, mas nem dou bola, deixo ela surtar sozinha.
Rolei pra baixo naquelas solicitações e suspirei, aliviada.
- Por isso quis te perguntar antes, te dar o direito de se explicar. - Coloquei o celular na cama e tirei meus tênis, antes de engatinhar pra cima dele.
- E agradeço por isso morena, de verdade. - Ele colocou as mãos nas minhas coxas, quando sentei em seu quadril.
- Vamos pedir um japa hoje? - Me inclinei sob seu corpo e rocei nossos lábios.
- Vamos. - Sorriu contra minha boca e juntei nossos lábios em um beijo lento.
...
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Quando Você Chegou
RomanceEspecial de "Destino Traçado". Não é preciso ler a outra história pra entender essa, mas a experiência fica melhor se o fizer. Eu não sei o que deu na gente, um lance quente Vamo sem medo de se apegar Agora tá na minha mente, seu jeito carente (...)...