Capítulo 51

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• Isabella LeBlanc Sanchez •

Beijei o rosto do meu namorado e levantei da cama, indo pro banheiro em seguida.

Suspirei e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, antes de começar a lavar meu rosto.

Escovei os dentes, passei meu serum e só então penteei meus fios longos.

Sai do banheiro depois de fazer xixi e fui pro closet, tirei a camiseta do Nicolas do corpo e vesti um shorts jeans clarinho com um cropped de alcinha azul claro.

Calcei meu chinelo e sai do quarto fechando a porta, fui até a cozinha e sorri vendo meu irmão fazendo café.

- Caiu da cama? - Ele me perguntou e sorriu.

- Que nada, nem dormi direito. - Fui até ele e peguei uma xícara de café, me escondeu na bancada e suspirei. - Só quero meu bebê em casa logo.

- Eu também mana, vou até dar um pulo lá na lojinha pra comprar um boneco pra dar pra ele. - Ele disse e eu ri.

- Coleção da vez é funkos né? - Perguntei e ele assentiu rindo.

- Sim, o pai vai até colocar mais uma prateleira lá no quarto dele. - Ele falou e rimos juntos.

- Você era viciado em bola, ainda não sei como escolheu Direito em vez de se dedicar pra virar jogar de futebol. - Disse e bebi um pouco do meu café.

- Sempre gostei de futebol mas meu sonho mesmo é ser delegado. - Deu de ombros e fiz careta.

- Já não basta o pai fazendo a gente passar nervoso com as operações e agora tu também. - Coloquei a xícara na bancada e fui até a geladeira.

- Tal pai tal filho e cuida que o Rique tá querendo virar juíz. - Ele disse e eu arregalei os olhos.

- A mamãe vai infartar assim. - Ri e peguei os ingredientes pra fazer pão de queijo.

- Vai ter que aguentar, logo tem o Samuca virando doutor pra acalmar o coração dela. - Ele disse e rimos alto. - Vou ver se minha mulher já acordou.

E saiu da cozinha.

Sorri de leve e comecei a preparar a massa do pão de queijo, com ela pronta eu só amassei em bolinhas e coloquei pra assar.

Limpei tudo e comecei a separar as coisas do almoço enquanto tomava meu café.

Sentei na bancada e fiquei olhando pra fora da janela, lembrando da época que o Bruce deixava minha mãe louca quando fazia buracos  no quintal.

Sorri sozinha e suspirei com saudade dele.

Nosso único cachorro, meu pai sofreu demais com a morte dele, foi a única vez que realmente vi meu pai chorar de desespero.

Ele morreu de idoso, meu pai acordou um dia e ele não conseguiu se levantar, ficou deitado lá vendo meu pai andar de um lado pro outro.

Quando meu pai notou que ele não estava bem,  o mesmo já estava respirando com dificuldade, então ele o segurou em seus braços e permitiu que ele fosse em paz. Só depois disso ele desabou.

Quando Você ChegouOnde histórias criam vida. Descubra agora