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-Millie-

Acordo sentindo vontade de dormir de novo, estou com sono, pelas horas gastas na noite passada, fomos dormir já passa vá das três da manhã. Me sento na cama sentindo um desconforto ao fazer isso, me fazendo voltar a deitar.

Há uma movimentação estranha lá embaixo, decido levantar, sem sentar dessa vez, saio do quarto ouvindo outras vozes além de Sadie, desço as escadas devagar, acostumando meu corpo a andar depois de acordar.

Ela está conversando com uma cara séria, ela está brava com a pessoa, uma garota, no entanto não sei quem é, mas mesmo de costas, parece ser bem bonita, quando Sadie me vê seus olhos suavizam, e logo ela fica agoniada.

-bom dia. -falei fazendo a moça se virar, me encarando com um leve desprezo, percebo.

-não por favor. -Sadie pede segurando o pulso da moça quando ela se aproxima de mim. -deixe ela em paz, tudo o que tínhamos já acabou, aceite. -a moça puxa o braço com raiva.

-olá Millie. -estende a mão. -sou Monica Belaz, é um prazer conhecê-la. -fala com desdém e eu puxo minha mão, a olhando indiferente.

-que é você? -levantei o pescoço, mantendo minha postura superior.

-oh não, calma. -deu uma risadinha. -sou uma amiga de Sadie, vamos conversar um pouco.

-Monica, não. -Sadie fala e ela fecha os olhos com força, como se isso tivesse a afetado. -saia agora de minha casa e deixe minha namorada em paz! -esbraveja em cima da garota.

-sabia que eu já estive com Sadie, na cama claro, ela é muito boa sabe? -começa a falar e eu arregalou os olhos não entendendo onde ela quer chegar. -fui eu quem a apresentei esse mundo do sadomasoquismo, e então você apareceu e tirou ela de mim, você atrapalho a nossa relação, nos tínhamos futuro e você estragou isso sua puta! -Sadie gritava com ela enquanto ela falava.

-chega! -manda e a mulher se cala. -isso é forma de falar com uma pessoa que já foi sua dona? -faz ela ficar em completo silêncio, e se virar para a Sadie, abaixando a cabeça. -saia da minha casa. -fala pausadamente, e a moça vai em direção à porta, e sai, Sadie corre fechando a porta e vindo para perto de mim. -meu amor está bem? -me analisou segurando em meus braços.

-me solte! -falei dispida fazendo ela me soltar sem entender. -que tipo de contato íntimo é esse? -gritei com ela.

-era a única maneira dela sair daqui, amor, eu jamais olharia para ela com outros olhos além de nojo. -se explicou, tocando em mim de novo e afastei. -por favor, Millie... não faça isso, está vendo que eu não tenho culpa...

-eu não sei de nada não. -cruzei os braços. -quem é ela?

-foi minha primeira submissa, ela não consegue aceitar que acabou e fica desse jeito, eu não seu como que ela sabe onde moro, mas ela é capaz de fazer qualquer coisa por um comando meu. -tentou me segurar de novo. -põe favor deixe-me te tocar... sabe que não é culpa minha, eu não tenho nada a ver com ela.

-não quero você dando ordens nela, para isso existem outras Domme por aí. -bati o pé.

-não vou, me desculpe. -ela me puxou pelo braço, me levando até a cozinha. -fiz para você, meu amor. -se referiu à salada de fruta e as torradas, passou a mão por minha trança. -adorei seu cabelo assim, fica muito bonito.

-eu também gostei. - comecei a comer.

-eu vou dar uma arrumadinha por aqui, rapidinho viu?

-eu paguei a Cleonice para limpar a sua casa e você está fazendo isso sozinha? -reclamei.

-ela não vai limpar a casa toda, de que adianta, preciso arrumar uma empregada mais mente aberta e extremamente profissional. -falou enquanto limpava o sofá.

-mas ela é muito profissional, vou mandar ela vir pra cá, deixe isso aí. -mandei.

-porra. -bufou largando as coisa e se jogando no sofa.

-aí! -reclamei baixo quando tentei sentar na cadeira.

-o que foi? -ela levantou sorrindo.

-vou ficar em pé mesmo. -falei apoiando minha perna na cadeira. -culpa sua. -cruzei os braços bebendo meu café. Ela deu risada.

[...]

-eu já vou, amor. -dei um beijinho nela antes de levantar da cama.

-fica aqui... -pediu tentando segurar minha mão enquanto eu me afastava, uma cena melancólica. Peguei um casaco em seu closet e vesti por cima do pijama.

-não dá, amor, eu tenho que falar fom a minha acessora e perguntar quantos trabalhos eu tenho essa semana, amanhã é segunda. -ela bez bico.

-tá passando muito tempo com essa acessora, não tô gostando dela. -me olhou torto.

-não vai adiantar nada fazer drama, eu tenho que ir. -arrumei o cabelo um pouco e peguei meu celular, indo até ela na beira da cama. -tchau meu amorzinho. -dei um beijo na testa dela.

-amanhã você vem me ver? -pergunta meio triste.

-se eu não estiver ocupada você vai lá em casa, apesar de que você tinha alguma coisa para fazer, se eu me lembro bem. -estreitei os olhos.

-que? Eu não tenho nada não.

-Sadie... -repreendo. -nem vou falar nada, tchau. -me afastei saindo do quarto e ouvindo ela reclamar.

Essa é a parte ruim de vir para cá, ela não quer que eu vá embora de jeito nenhum.

Amores de SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora